Conceitos simples - Parte II
 
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Conceitos simples - Parte II

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João RibeiroRetomando a abordagem de conceitos simples de ataque que privilegiem decisões e favoreçam a aprendizagem do jogo, tratemos então daquilo que se poderá passar no lado contrário da bola,

num ataque assimétrico em que o lado da bola é impar (fig. 1).

João Ribeiro

A ideia central que gostaria de partilhar prende-se com o fomento da intencionalidade ofensiva que o atacante do lado contrário da bola devera expressar permanentemente. Por muito que a bola esteja longe, o trabalho coletivo de atacantes afastados da bola é importante para contrariar a ideia de que os 5 defensores poderão pressionar a bola.

O que pode explorar do lado contrário da bola?

  • Retirar o defensor de posições em que interfira com a linha de passe;
  • Contrariar a ajuda às ações que vêm do lado contrário da bola;
  • Criar linhas de passe que facilitem a mudança do lado da bola;
  • Manter e repor o equilíbrio ofensivo;
  • Participar no ressalto ofensivo, na medida em que grande parte dos lançamentos não convertidos levam a que a bola ressalte para o lado contrário da bola.

A ideia que se pretende passar nos primeiros tópicos (retirar o defensor de posições que interfiram na linha de passe e contrariar a ajuda), visa estimular o jogador atacante do lado contrário da bola a estar permanentemente em movimento intencional, obrigando o defensor a ter de ajustar frequentemente a sua posição defensiva. Se pensarmos na dificuldade que é, para um jogador sub14 e sub 16, manter uma posição de ajuda e não perder o contato visual sobre o seu adversário direto, constatamos que estes comportamentos sem bola do atacante são de grande ofensividade (Fig 2).

João Ribeiro

Jogar sem bola do lado contrário da mesma é igualmente oportunidade para criar linhas de passe que tornem oportuna a mudança do lado da bola e o aparecimento de situações de 1x1 com vantagem para o atacante. Assim, o corte e o bloqueio indireto vertical poderão constituir duas opções técnico-táticas. Sendo uma das regras a introduzir o dar prioridade para decidir entre o corte e o bloqueio indireto ao atacante que se encontra acima do prolongamento dolance livre.

Quando cortar? Quando bloquear?

Numa perspetiva de progressão didática,parece-nos consensual que o corte (pela frente se o defensor virar as costas ao seu atacante direto, ou se mantiver muito perto dele; nas costas como reação à sobremarcação) aparece como primeira opção introduzir. Na sua sequência surge a oportunidade do jogador mais longe da bola dar continuidade às ações que desenvolveu, cortando para a bola.

João Ribeiro

Com a evolução da defesa, os cortes do lado contrário perderão a sua ofensividade na medida em que os defensores, saltando para bola, acompanhando o corte e aprendendo os fundamentos técnicos de defender cortes que se aproximem da bola, limitarão as possibilidades de receção. O bloqueio indireto vertical constituirá uma segunda opção, constituindo a mesma forma de envolver os defensores na defesa do bloqueio em detrimento da ajuda defensiva.

João Ribeiro

A continuidade das ações sem bola realizadas do lado contrário da mesma, poderão igualmente passar por uma simples troca de posicionamento realizada entre os dois jogadores que jogam nas posições exteriores, obrigando os defensores a ajustarem a sua posição de ajuda. (fig.5)

João Ribeiro

A opção tomada de partilha destes conceitos não pretendem, de forma alguma mostrar receitas vitoriosas sobre como atacar em 5x5. Pretende-se sim partilhar a ideia de que o ensino e a aprendizagem destes simples conceitos poderão constituir a base para que cada um dos jogadores que se encontram a aprender o jogo faça bem e explore oportunamente coisas simples mas oportunas. A construção de conceitos ofensivos mecanizados e centrados numa coreografia de movimentos, guiados pelo treinador, será certamente uma muleta que atrasará o futuro processo de compreensão de um jogo mais elaborado e evoluído.

Creio que um treinador de formação, dispondo de um conjunto  de jogadores que revelem talento para rapidamente aprederem a ler e aplicar em jogo conceitos ténico-táticos simples, facilmente se poderá evoluir para outros conceitos que complexifiquem o ataque. Porém, complexificar terá de ser igualmente uma resposta a um ambiente de jogo que assim o exija. Nem sempre as equipas com quem competimos se encontram no mesmo estádio de formação, nem defendem uma filosofia de construção do ensino do jogo parecida. Nessa altura o processo de ensino e aprendizagem do jogo sofre interferências e ajustamentos, só minimizados pelo facto, de em treino, não desistirmos de continuar a dotar os nossos jogadores de “ferramentas” tecnico táticas individuais que ajudem a resolver os problemas que as equipas adversárias vão provovando.

No próximo artigo focarei a atenção na partilha de conceitos simpes para dar continuidade ao jogo sem bola após um passe penetrante para um jogador em posições próximas do cesto.

 

 


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