O sonho e ilusão de um jovem
 
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O sonho e ilusão de um jovem

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altComo agentes da modalidade, temos a obrigação de construir um caminho correto no desenvolvimento de um jovem, enquanto praticante da modalidade. O sonho...o sonho de todo o jogador em Portugal,

quando faz o seu trajeto enquanto praticante, tem só 3 letras: NBA!

Esse sonho, que para a historia do basquetebol nacional e para 100% dos jogadores portugueses que alguma vez praticaram a modalidade, nunca foi atingido logo não deixa de ser um sonho, tem vindo a ser cada vez mais difícil de atingir.

Nós, enquanto treinadores de escalões de formação, temos a obrigação de fazê-los sonhar, de deixar a ilusão na mente deles, de os deixar pensar que podem chegar a patamares mais altos, sempre com a responsabilidade de perceber que não podemos/devemos queimar etapas. Mas o que é certo é que a principal liga de basquetebol mundial tem um efeito mais que mediático na vida dos jovens, é quase como se eles a vivessem dentro dela mas à distancia, muito por culpa das redes sociais que detalham passo a passo a vida dos seus atletas, dos seus clubes e da própria marca.

Pessoalmente acho bom que isso aconteça, acho bom que os nossos atletas percebam e sintam esta proximidade de forma a que tenham mais uma motivação para continuar a trabalhar, dentro de uma direção correta e sem fazer deles estrelas prematuras, não as criando onde elas não existem.

Então como é que um país como Portugal pode combater esta forma de sentir uma estrela prematura onde não existe caso para?

Começamos pela nossa situação geográfica que joga muito contra nós. Perceber que existem outros tipos de basquete, outras culturas, outros atletas com outros sonhos é fundamental. Estamos no inicio (ou fim) da Europa em termos geográficos e é imperativo que encurtemos estas distâncias o mais rápido possível.

Temos a sorte (mas penso que por vezes não é claro) de sermos “vizinhos” da maior potência de basquetebol no mundo, a seguir aos Estados Unidos. De termos ao nosso lado a terceira maior liga do planeta (a seguir à NBA e à Euroliga) mas mesmo assim sentimos resistência em passar para o outro lado da fronteira.

Devemos aproximar relações, perceber como se faz, o que se faz e porque se faz no basquetebol espanhol, estabelecer parcerias entre associações de ambos os países de modo a que possamos começar a ter alguma competições, taças e/ou torneios de formação ao mesmo tempo.

Criar uma ligação forte, muito forte entre treinadores, diretores, árbitros e clubes de modo a que ambos possam beneficiar com tais parcerias.

Com isto não digo que devemos copiar, até porque temos realidade geográficas, populacionais, financeiras e culturais muito distintas, mas devemos claramente perceber o que se faz e como se faz, de modo a que possamos ver se existe alguma transferência (compatibilidade) para a nossa realidade.

Existe outro fator positivo desta aproximação da Espanha: é que por uma questão geográfica, construir uma ligação forte ao nosso “vizinho” faria com que pudesse haver um desenvolvimento da modalidade no interior do nosso país, zona que com algumas exceções, está completamente “abandonada” por culpa de todos.

Este trabalho de desenvolvimento da zona interior deveria ser uma das prioridades das instituições que gerem o nosso basquetebol, sendo que se devia dar uma especial atenção às escolas e a um trabalho de fundo que não está a ser feito e tem que ser feito, obrigatoriamente.

A construção da ilusão do jovem atleta não passa só por olhar para fora do nosso país, mas também olhar para o nosso país.

É preciso um projeto de modo que leve o basquetebol aos jovens. Não se pode esperar que os jovens vão para o basquetebol sem fazer nada.

Continuamos a “viver” o basquetebol com regras que não fazem sentido e travam o seu desenvolvimento e, algumas delas contraditórias, até por parte das instituições que gerem a modalidade.

É preciso criar muita competição informal para os atletas, sejam elas nas escolas ou apenas fora dos clubes. Os torneios de 3x3, que será modalidade olímpica, desapareceram do panorama do basquetebol nacional, por culpa de quem gere. É verdade que tem aparecido aqui e ali clubes a promover este tipo de competição, mas eu ainda sou da altura que haviam duas competições de 3x3 que corriam o país e era uma das melhores partes do ano, quem não se lembra do Sumol 3x3 ou do Adidas 3x3.

A razão porque digo que quem gere a modalidade devia intervir a fundo é devido aos clubes serem dos seus sócios, a federação ser de todos nós, logo têm obrigação de chegar a todos nós, norte a sul e de este a oeste.

As escolas, tema que já mencionei muito durante estes anos por muitas ocasiões, são a base do desenvolvimento do nosso basquetebol. Devemos começar a tornar o basquetebol uma prioridade nas escolas primárias, através de um programa nacional inovador, onde o basquetebol deverá liderar à frente de todas as modalidades.

Este plano deve ser em sintonia com as associações que, por sua vez, faz a sua sintonia com os clubes, pois só o minibasquete não chega, a nossa base terá que obrigatoriamente aumentar se queremos começar a formar mais e melhores jogadores.

Por último, e não menos importante nesta construção do sonho e da ilusão de um jovem atleta, estão os escalões seniores.

O basquetebol nacional não atravessa uma boa fase em termos da sua liga principal, esta não é atrativa para patrocinadores, logo não é atrativa para jogadores de qualidade superior.

É preciso perceber a razão pela qual existem tantas desistências na entrada do 1º ano do escalão de sub18/19?

Deveria ser feito um estudo detalhado de quantos jogadores, que após participarem nas festas do basquetebol, ficam ligados à modalidade passados 4 anos (altura que completam o suposto último ano do escalão de sub20)?

E, finalmente, quantos jogadores que fazem parte das seleções nacionais de formação, desistem da modalidade quando chegam ao escalão sénior e o seu porquê?

Se percebermos a resposta a estas perguntas, talvez consigamos entender porque é que aquele atleta que era sub12 e tinha o sonho de subir deixou de o ter e, por consequência, deixou a modalidade. Ou seja, percebemos coisas como o motivo do sonho, o motivo da sua perda (ou não) e o motivo da continuidade ou descontinuidade na modalidade.

Nuno Tavares
+351 968 341 414
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