Desde que chegamos à secção na época de 2008-2009, traçamos dois vectores essenciais para o desenvolvimento e crescimento da secção.

Eles  passavam pela manifesta aposta na dinamização dos escalões de minibasquete (obter a certificação de qualidade era prioritário) e a criação de uma comissão de pais activa no normal funcionamento das actividades da secção, tudo isto incluído num projecto moroso e sustentado a médio e longo prazo.

Relativamente à aposta do minibasquete, foi essencial a escolha de um coordenador que conhecesse bem de perto a história do clube e encarnasse a filosofia que nós pretendíamos, e ao mesmo tempo trouxesse ideias e projectos ambiciosos para a secção.

Pela frente tínhamos um árduo e longo caminho, pois para quem possuía à data (08-09) somente 9 minis, que tem na mesma cidade e arredores clubes com grande dinamismo na formação de jovens atletas (Esgueira, Galitos, Gafanha e Illiabum) e possui um pavilhão antigo sem muitas das comodidades que nossos “concorrentes”, a tarefa não se adivinhava nada fácil.

A adaptação dos treinos aos horários escolares e a divulgação (através de flyers e cartazes de captação) nas escolas da região e na imprensa regional foram decisivos para fosse possível um aumento exponencial de atletas de minibasquete nos últimos anos, ultrapassando todos os cenários mais optimistas. Conseguimos logo no primeiro ano do projecto a certificação de qualidade da escola de minibasquete: 45 atletas em 2008-2009 e 65 atletas em 2009-2010.

Todo este dinamismo não poderia ser tão sustentável se não houvesse uma participação activa dos pais dos atletas, tendo surgido a necessidade da criação de uma comissão de pais.

A comissão de pais é agora parte integrante e essencial da organização da secção. Em reuniões regulares ao longo da época, vão sendo criadas novas formas de dinamização dos torneios realizados no nosso pavilhão, criando estes, por sua iniciativa, várias valências de qualidade e comodidade para aqueles que marcam presença (dinamização de um bar de apoio aos eventos, reportagem fotográfica, logística necessária, entre outras). Participam também na venda e elaboração de merchandising, angariação de patrocínios, organização de deslocações, etc…

Uma das preocupações que a secção teve, como forma de motivação e esclarecimento, foi o de atempadamente clarificar que o destino dos lucros, obtidos pela comissão ao longo da época, era definido pelos próprios e tinha como único destinatário os escalões de formação. Por exemplo, na época passada os pais ofereceram, de encontro a uma necessidade premente, um par de tabelas novas e diverso material de apoio aos treinos.

É uma parceria que sido reforçada ao longo desta época, com o aparecimento de novos elementos e novos projectos a desenvolver em conjunto por ambas as partes. Uma caderneta de cromos, contendo todos os nossos atletas, treinadores e colaboradores, é a mais recente iniciativa.

Tenho a clara noção que o crescimento de uma secção é directamente proporcional ao envolvimento dos pais dos atletas, pois eles terão sempre de fazer parte da equipa!

Hugo Reis - Director da Secção de Basquetebol do Beira-Mar