A dimensão humana do Treinador
 
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A dimensão humana do Treinador

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Mário Barros e Vicente CostaO Clinic Internacional de Formação é, definitivamente, um momento imperdível no que à formação contínua de Treinadores diz respeito.

Cantanhede é um ponto alto da época desportiva de um treinador de Basquetebol e por isso devemos marcar presença.

A escolha criteriosa dos temas a abordar e dos preletores a convidar é algo que importa enaltecer, valorizando desta forma o papel que o Diretor da Escola Nacional de Basquetebol – Jorge Fernandes – assume a este nível. Em Cantanhede ouvimos palavras e propostas de treinadores estrangeiros sensíveis às necessidades dos nossos jogadores em formação, bem como são criados momentos de reconhecimento do treinador de formação português, quer através dos preletores presentes (este ano através do João Tiago, Agostinho Pinto e Teresa Barata), quer através da homenagem a duas referências do nosso Basquetebol – Mário Barros e Vicente Costa.

É na referida homenagem que centro a minha atenção para o artigo desta semana. Ao ouvir as palavras de duas referências do nosso Basquetebol destaco algo, para mim muito valioso, quando nestes momentos somos convidados a assistir a este ponto alto do Clinic de Cantanhede: a dimensão humana da figura do Treinador e as referências sobre as quais vamos construindo a nossa filosofia de treinador.

Neste sentido, com alguma emoção apreciei o facto do Prof. Mário Barros ter valorizado, por um lado, os seus feitos desportivos enquanto treinador de formação e de rendimento, por outro, a sensação gratificante de ter contribuído para a valorização de atletas, enquanto desportistas e cidadãos, valorizando o desporto numa vertente que vai muito para lá da mais sofrida vitória. O Prof. Mário Barros certamente nunca deixou, de querer ganhar, de querer ser campeão, mas certamente terá ganho outros títulos, muito para além de medalhas e afins, que nunca estarão numa sala de troféus mas antes na memória de quem deles desfrutou. Viverão para sempre como uma energia que puxa a emoção, a saudade e a sensação de coerência entre a sua filosofia e os actos praticados. Temperada com alguma emoção aqui vai o meu enorme apreço pelas suas palavras e pelo seu trabalho.
Também o Prof. Vicente Costa valorizou a dimensão humana da sua vida dedicada ao Basquetebol, bem patente na elegância das suas palavras e na saudade de quem para ele foi um mestre (Prof. Teotónio Lima) que o ajudou a viver a paixão pelo Basquetebol com princípios, com ética e com competência.

Estando presentes neste clinic cerca de quatrocentos treinadores, destaca-se deste número a presença de muitos candidatos a treinadores, que pelo estágio terminam agora a sua formação inicial. Para eles e certamente para os seus tutores, terá esta homenagem sido um momento importante enquanto sinalizadores da dimensão humana da sua missão. Se ouviram e entenderam bem as palavras de Mário Barros e Vicente Costa, terão sentido entrar na sua circulação sanguínea a sensação da enorme responsabilidade que é ser treinador de formação no nosso país, mesmo num contexto onde parece não ser reconhecido o seu papel enquanto agentes educadores.

Perante toda a informação ouvida neste clinic, ficará certamente nas suas memórias (e porque não na dos seus tutores) a convicção de que para ser treinador não basta saber e conhecer os conteúdos específicos da modalidade; assim como não será apenas com vitórias ou derrotas desportivas que se avaliará um treinador de formação. Essa valorização terá certamente melhor classificação se transformar, pela positiva, o contexto onde irá atuar. Todos queremos vitórias, títulos e mais cestos marcados. Mas os nossos atos, o nosso exemplo e os nossos princípios irão ter muito mais impacto (positivo ou não) naquilo que serão os nossos atletas enquanto cidadão ativos e participativos na transformação da nossa sociedade.

Mário Barros e Vicente Costa procuraram de forma humilde e sentida enaltecer a dimensão humana da participação desportiva. Se não formos todos capazes de preservar esta dimensão humana, todos os cestos marcados e as vitórias alcançadas vão simplesmente desaparecer e perder o seu real significado.

 

 


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