Estagiário, principal, tutor e ... algo mais
 
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Estagiário, principal, tutor e ... algo mais

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Humberto GomesFoi o tema que anunciámos para hoje, no anterior artigo, de 08 de Outubro. Enquanto formador da ENB, desde que, em 1999, primeiro integrando a Rede Nacional de Coordenadores Zonais de Formação,

depois como coordenador de estágio - cursos de grau I e II -, numa área que me é muito querida e com a qual nos temos procurado identificar cada vez mais, considerando a importância da mesma, enquanto contributo para a valorização do praticante e do nível da prática do jogo.

Partindo do elementar princípio de que a relação a estabelecer e a exigência a aplicar, se deverá pautar por uma boa comunicação, não descurando em nenhum momento um único pormenor sobre a validação do PIE (Plano Individual de Estágio) e respetivo acompanhamento, em 1ª instância pelo treinador principal (quando o estagiário na condição de adjunto), depois pelo tutor - de importância decisiva no processo de formação do potencial treinador -, o facto é que depois, bem depois com a CF Prática (Estágio) concluída, carteira na "unha", salvo uma pequena percentagem dos formandos com o 1º grau de treinador, o que foi a prática no anterior processo de formação cai no esquecimento, porque mais fácil será funcionar a "olhómetro", e como não há a quem prestar contas.

Daí que "pernas para que te quero" para a feitura do dossiê de treinador, plano anual e mensal de atividades (jogos, treinos...), planeamento de mesociclo(s) e microciclo(s), planos de treino, bateria de exercícios, registo de assiduidades, definição tanto quanto possível objetiva dos conteúdos técnico-táticos, ofensivos e defensivos, a implementar e correspondente modelo de jogo : um conjunto de princípios que proporcionem organização a uma qualquer equipa.

Mas é esse procedimento quase generalizado, salvo honrosas exceções? É, infelizmente! Em muitos e muitos casos. Sabemos do que estamos a falar e em discurso direto.

Razão pela qual, enquanto na função de coordenador técnico de seleções regionais, sempre optámos por indicar, para adjuntos, treinadores de grau I, melhor classificados no curso, como prémio pela forma competente, interessada e determinada como se assumiram ao longo do processo de formação.

Em várias situações, constata-se que é mais fácil, mais apetecível o "fast food" dá menos trabalho; ataca-se em "FLEX" dos iniciados aos seniores, com uns bloqueios diretos - um de cada lado - para jogar "PICK AND ROLL"; como alternativa à defesa HxH mete-se uma zona 2x3, com braços bem levantados; se a equipa adversária incomodar um pouco, joga-se com um ou dois pontas de lança - há miúdos que não precisam de defender.

E quanto ao modelo de jogo, bem isso é uma "treta"..., reza a douta ignorância, como se a relação que o jogador estabelece com o modelo de jogo e as situações que ocorrem no jogo, não o orientasse para uma variedade de opções e que determinam a tomada da melhor decisão, momento a momento.

Será, então, preciso dar um murro na mesa e dizer basta?!

É, será, há que se fazer o que tem de ser feito.

Acreditamos que só encontraremos algum caminho se, em uníssono e em voz alta, estabelecermos um compromisso sério e mobilizador. Virá, a propósito, recordar uma passagem de um escrito nosso, em 19 de Fevereiro de 2015, a quando das visitas que o DTN, Mário Gomes, fez às diversas Associações deste País: Se é bem verdade que as barreiras mentais são as mais difíceis de combater, a circunstância do DTN ter anunciado, como forma de estar, a necessidade de estabelecermos uma cultura de trabalho assente na "franqueza" e não num clima de "cortar à faca", constitui como que um acenar à importância de todos nos envolvermos e comprometermos para o desenvolvimento do basquetebol que, reconheçamos, atravessa um período particularmente difícil.

Saudemos, agora, o aparecimento do Plano de Trabalho do DTN com os DTR,S e selecionadores regionais; dando, afinal, expressão à anunciada "conceção do que deverá ser o papel do diretor técnico regional" e de que "o propósito da DT Nacional é o do que não deve situar-se nos gabinetes e estar envolvida em papeis, mas antes interessada e empenhada em chegar ao treino e ao jogo".

E fazer o que tem de ser feito, na linha programática da "melhoria da qualidade do jogo" - a que mais diretamente está relacionada com a intervenção dos treinadores -, muito terá a ver com o ... algo mais.

Algo mais, corresponderá a instituir-se, de uma vez por todas, em cada um dos clubes, um competente e qualificado coordenador técnico, que respeite e faça respeitar o modelo de desenvolvimento do praticante e da consequente melhoria da qualidade da prática do jogo.

Atentemos neste pormenor, na defesa da nossa "dama" - instituir-se a função e o cabal desempenho de um coordenador técnico -. Das muitas subidas de escalão que se verificam - de sub-12 a sub-14, de sub-14 a Sub-16, e por aí adiante...-, quem regula esse processo? O treinador do escalão abaixo, do escalão acima? Ou, perante a indefinição, talvez com moeda ao ar?

Levando em consideração que um atleta necessita de 9/10 anos para se formar - enquanto na área da formação, já que é formado continuamente até...deixar de jogar -, a quem compete estabelecer, acompanhar e otimizar o desenvolvimento dos conteúdos técnico-táticos-pedagógicos em cada um dos diferentes escalões etários?

Sejamos suficientemente claros sobre o que deverá ser o modelo de jogo: Acima de tudo, deverá assentar no desenvolvimento e aplicação de conceitos, mais do que em sistemas táticos - do estilo, como atrás referimos, atacar em "FLEX", do nascer ao pôr do sol ...

Como resultante de um determinado modelo de jogo, que o coordenador técnico deverá fazer respeitar, competindo a cada um dos treinadores dos diferentes escalões etários subordinar-se a essa orientação, visando o objetivo maior: a construção do "edifício-atleta", com base no ensino e no treino do jogo onde a grande prioridade a ser incentivada deverá ser a criatividade, a autonomia dos jogadores e a alegria em desfrutar o jogo.

Deixemo-nos, por fim, de fantasias e daquela inoperância que advirá de brincadeiras de mau gosto, a funcionar em estilo "roda livre", só possível porque se desfocadamente se afirma:  "Não temos coordenador técnico, mas há coordenação técnica", assim a modos de que não temos azeitonas mas temos...azeite.

Estamos em crer que, para ajudar a resolver este "estado de coisas", o papel dos encarregados de educação/pais, se com uma intervenção pedagógica e questionando a oferta para os seus filhos, poderá fazer toda a diferença, a justificar, se for caso disso, o contributo que mensalmente entregam para o desenvolvimento das capacidades dos jovens praticantes.

É tempo, porque ainda a tempo, de se fazer o que tem de ser feito, o que tem de ser corrigido, porque, como nos legava esse grande mestre que dava pelo nome de John Wooden: "Um treinador é alguém que pode corrigir sem causar ressentimento".

Se a isto acrescentarmos um milenar e célebre pensamento chinês: "Podemos escolher o que semear, mas iremos certamente colher o que plantarmos", talvez que um compromisso sério e responsável nos conduza a um verdadeiro entendimento.

Voltaremos em 05 de Novembro, com o tema: "Ofereço-me, como voluntário".

Até lá, e bom Basket!

 

 


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