Terminou no sábado mais um jamboree, que decorreu em Vendas Novas com excelente apoio da câmara. Muitas são as estórias que acontecem no universo da nossa modalidade,
que depois são desmistificadas durante o jamboree, quando os intervenientes se passam a conhecer melhor.
Estou-me a lembrar do penúltimo jamboree em Esposende e da “animosidade” que existia entre a Aline e a Filipa, fruto das confusões entre pais num torneio, e que depois se tornaram amigas, numa amizade que eu espero que perdure por muito tempo.
Muitas são as estórias que eu posso contar, mas não resisto a contar mais uma que se passou recentemente entre a Maria atleta do CB Queluz e o João Saraiva, um dos monitores deste último jamboree. A determinada altura do evento a Maria apercebeu-se que tinha sido o João a arbitrar o jogo final do campeonato regional de Lisboa em Sub-16 femininos. Nesse momento a nossa “doce-refilona” deste jamboree encheu-se de coragem e foi ter com o João Saraiva e perguntou-lhe ainda desconfiada: “Foste tu que arbitraste o jogo da final do campeonato de Sub-16 femininos?” Perante a resposta afirmativa do João, a Maria respondeu-lhe: “Então eu tenho que te pedir desculpa, chamei-te tantos nomes.”
Esta pequena estória fez-me lembrar outra que, não sei se era por estar a meu lado e eu estar com a dirigente de um clube da qual a senhora era fevrosa adepta, que ela se conteve das suas habituais atitudes, mas sei o que ela comentou durante o jogo a que assistiamos, ao ver pais aos berros indecorosos. A determinada altura do jogo, perante insultos ao árbitro que se ouviam bem alto, comentou a senhora, de forma, a que eu a ouvisse: “As figuras ridículas que eu às vezes faço.”
Principalmente quando se tratam de jogos de crianças, ter consciência que insultos, gritos e ofensas aos árbitros não são atitudes educativas é meio caminho andado para se poder corrigir comportamentos. O pior são os pais que consideram que esses comportamentos aceitáveis e importantes na tentativa de influenciarem a arbitragem.
Espero sinceramente que esta lição de humildade da Maria sirva de exemplo a muitos adultos e que a Maria da próxima vez, já não tenha, nem vontade, nem coragem de chamar nomes ao João Saraiva.
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