Valorizemos o praticante, na via do dirigente
 
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Valorizemos o praticante, na via do dirigente

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Humberto GomesNa sequência do artigo anterior, em que nos referimos à via dos pais, que sempre terão o direito de esperar, ou até mesmo de exigir,

que para orientar os seus filhos o treinador possa corresponder, a todo o momento e em qualquer circunstância, a que tenha sólido conhecimento do jogo, com perfil adequado e possuidor de conduta pedagógica exemplar, articulemos agora a figura do dirigente, na área do clube.

Dirigente que, vezes quantas, assumindo o papel de decisor na escolha dos treinadores, porque na grande maioria das situações essa tarefa, como seria desejável, não é entregue a um efetivo, competente e qualificado coordenador técnico - ou porque não existe, de facto, ou, noutros casos, existindo não lhes é dada essa autonomia e responsabilização -.

Depois, bem depois, surgem as habituais lamúrias e descontentamentos, face aos resultados desportivos; fruto, afinal, de não se ter planeado ou de se ter planeado mal, que terá como resultante ter-se planeado inevitavelmente o ... fracasso!

Porque, a propósito, formulemos uma pergunta, realmente comprida e de resposta não muito fácil, pelo cenário que o "teatro de operações" nos apresenta: Quem, como, quando e onde vai contratar que treinador (es), durante quanto tempo e com que objetivos?

É que para se poder corresponder ao legítimo direito dos pais, como acima referimos, o dirigente deverá "retirar-se" (!) da área técnica, em respeito pelo desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem que contempla ensinar primeiro e só depois treinar.

E só depois treinar, com as indispensáveis repetições, as intensidades adequadas e as rotinas a estabelecer, tendo presente que, sem alterar uma partícula: iremos jogar conforme treinarmos!

E ao treinador, se com os requisitos acima identificados, competirá ensinar, trilhando o caminho que a agulha da "bússola" indicar e tendo verdadeira consciência de saber que sabe, o que sabe e de como - com que referências - adquiriu o saber, sendo de importância decisiva saber como fazer e não apenas de saber o que fazer.

Razão pela qual, na simbiose de ensinar/aprender, treinador e jogador, poderão encontrar duas vias : a via o treino gratificante, se cumpridos os requisitos pré-estabelecidos - do ponto de vista físico, psicológico, social e moral -, como resultante da aplicação de uma ideia, suportada pela formulação, experimentação e reflexão; ou a via do treino chato, aborrecido, que em nada favorece o bem-estar, nem ajuda a formar o carácter do jovem praticante, porque tenderá a ter como denominador comum a crispação (depois, mandar o atleta para a pesca, vai um pequeno passo...), o estar-se tenso, sendo, inclusive, demasiado fatigante física e emocionalmente.

Relacionado com este "ensaio", que vimos produzindo há já algum tempo, deparou-se-nos há dias, muito agradavelmente, na sua página do facebook, um escrito do nosso companheiro José Almeida - ali para os lados de Alfena, concretamente a trabalhar no Atlético Clube Alfenense -, e a integrar - qual lugar-tenente - a equipa técnica liderada pelo nosso querido companheiro e amigo de há mais de quatro décadas, Mário Barros.

Pois bem, José Almeida, intitula o seu escrito: "O "nabo" e o "craque" ou a nova história do Patinho Feio". Pela maneira inteligente, sagaz e competente como é desdramatizado o "nabo" e desmitificado o "craque", recomendamos vivamente a sua leitura.

Permitimo-nos sublinhar, quando se dirige, em jeito de conclusão, aos treinadores de formação: "O basquetebol pode ser muito mais do que um jogo. Pode ser um palco onde se ensaiam e estreiam variadas facetas da vida. Pode ser uma ferramenta poderosa no desenvolvimento integral (educativo, lúdico, formativo e social) de crianças e jovens".

Um abraço e um aplauso para ambos: ao José Almeida, que saudável e bem-vindo "atrevimento" (só para espicaçar...); ao Mário Barros, pela sua inigualável qualidade em orientar e oferecer continuidade aos mais novos.

Pois é, de facto, o Desporto - o basquetebol em particular - é jogo e o jogo anuncia o Desporto. O jogo é necessário como promoção de uma vida saudável - já esse ícone Jacques Personne nos legava, a propósito da especialização precoce. "Nenhuma medalha vale a saúde de uma criança".

Socorremo-nos, uma vez mais, desse "monstro" - porque carinhosamente! - que foi mestre prof. Teotónio Lima . "Ensinar primeiro e treinar depois deverá ser, necessariamente, a prática que os treinadores responsáveis pela formação desportiva dos jovens têm de seguir como opção pedagógica, resultante de uma metodologia de ensino dos jogos desportivos coletivos que defenda em primeiro lugar os interesses e as necessidades das crianças e dos mais jovens".

O tempo urge, realmente. Será tempo para um tempo novo. Com um planeamento exigente e responsável e responsabilizante, ajustado às nossas capacidades, fazendo o que tem de ser feito, invertendo algumas "rotinas" - algumas delas bafientas - e algumas "tretas" que, por vezes, até poderão ter ocorrido por não se ter de prestar contas e em estilo "roda livre", defender-se "zomem"... ou atuando com "ponta de lança"..., vitimando quem deveria, acima de tudo, ser salvaguardado : O jogador!

Continuamos a aguardar que, por falta de regulador e de quem ponha ordem na casa, se instituam medidas legislativas para aplicar as justificadas "coimas".

Tempo, ainda, para, em tempo de prolongamento, e em jeito de time-out nos despedirmos: ganhar e perder relacionam-se apenas com o resultado de uma competição, enquanto sucesso e/ou fracasso não dependem disso!

Voltaremos a 19 de Maio, com o tema: "O Jogo anuncia o Desporto, sem batota!"

Até lá, e bom Basket!

 

 


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