Diogo Brito, bem poderia ser anunciado como protagonista de eleição, dando corpo e alma a este título.
Ex-jogador do CD Póvoa e Dragon Force e que, na próxima temporada irá representar, por opção sua, a Universidade de Utah State, hoje por hoje, é já um talento na via da excelência, transmitindo-nos um belo exemplo de maturidade.
Para ele, apontá-lo como exemplo e dar-lhe os merecidos parabéns.
Mas, deixemos essa outra galáxia que os EUA constituem, e situemo-nos na nossa realidade concreta.
O Jogo anuncia o Desporto, nomeadamente o basquetebol, enquanto escola de coragem e de virilidade, mas também, e sobretudo, de valências pedagógicas e éticas, que deverão proporcionar o desenvolvimento e a formação do carácter, a aquisição de princípios e de valores, em primeira análise aos mais jovens praticantes, não deixando de inculcar a vontade de vencer.
A vontade de vencer, sim - não constitui, desde muita tenra idade, a vida uma competição? -, mas obedecendo às regras, com atitudes de fair-play, não procurando ganhar a qualquer preço; até porque ganhar e perder está relacionado com o resultado de um jogo, de uma competição, e êxito e fracasso não dependem disso.
Comecemos pelo princípio - caminho que se fará caminhando -, pela iniciação dos mais jovens praticantes.
Porque, a propósito, importará recordar o artigo do San Payo Araújo; "Acreditar em pessoas", quando, relacionado com a alusão feita ao projeto de minibasquete do MCBA, para os lados de Gaia - descentralização com competência, de que se precisa e se aplaude! -, o companheiro Mário Henriques comentava : "...interessa salvaguardar são as crianças e a oportunidade de criarmos experiências positivas onde o desporto e o baskete estejam presentes" e "ajudá-las a crescer para além da necessidade de saberem fazer contas, conhecerem os verbos ou as estações do ano".
Talvez, afinal, com o espírito subjacente a essa sublime mensagem, a propósito da especialização precoce, que o ícone Jacques Personne nos transmitiu na sua obra de grande referência, intitulada: "Nenhuma medalha vale a saúde de uma criança".
Fácil, assim, de entender que o Jogo anuncia o Desporto, enquanto fenómeno de grande impacto e magia no mundo contemporâneo.
Já a batota, bem a batota é "coisa" sumamente mais complicada. E a batota, não precisando de descer tanto, no sentido literal do termo - ainda que, infelizmente, também se dê conta da sua existência... -, mas batota enquanto no início do percurso - no minibasquete -, quando, não se cumprindo o que está devidamente regulamentado, surgem técnicos, sem qualificação a treinar ou até mesmo a coordenar, dando em alguns casos apenas o ...nome.
E as Associações Regionais, particularmente os dtregionais, não têm disto conhecimento? A quem compete, então, fazer cumprir o que está regulamentado? E, de qualquer jeito, em estilo "roda livre", mesmo assim, justificam a atribuição do diploma: "Escolas portuguesas de minibasquete"?
A manter-se este estado de "coisas", talvez que, um destes dias, voltemos a esta questão: moral e a exigir completo esclarecimento.
Mas, sem batota, situemo-nos com dimensão e espírito positivo: Num processo ensino-aprendizagem bem construído, deverá ser identificado com segurança o que o jogador já é capaz de fazer (exigindo sempre, não permitindo regressão) e o que se quer que aprenda em seguida (reforços positivos), tendo como objetivo maior que o ciclo de formação de um jogador se situa no espaço temporal de 9/10 anos, tendo presente que se forma até... deixar de jogar!
Tudo isto numa relação direta com um procedimento de importância decisiva, tomando em consideração que primeiro haverá que ensinar e só depois virá treinar, com as indispensáveis repetições, as intensidades adequadas e as rotinas a estabelecer.
Não constituindo qualquer receita, importará adequar o início do caminho, alicerçado nestas premissas:
- Promover o bem-estar do jovem;
- Promover o desenvolvimento psicossomático;
- Divertimento-conhecimento dele próprio;
- Criar, estimular e premiar o espírito de grupo.
Depois, bem depois, treinador que se preze e atletas - nem todos aprendem ao mesmo tempo, nem com a mesma rapidez - percorrerão um caminho na via do sucesso, projetando-se ambos na prática do mais completo desporto de equipa: o basquetebol!
Deixo-vos, em jeito de despedida, e enquanto discípulo de mestre - porque sábio - Manuel Sérgio, esta sublime mensagem: "Mais do que nos referirmos aos generalistas "bem falantes", hoje, conhecimento é informação com eficácia, é teoria de que a prática confirma a sua utilidade. Estaremos entre os melhores do mundo, no que ao futebol (e ao desporto) diz respeito, no dia em que assumirmos a revolução do conhecimento"
Porque em Julho e Agosto iremos de férias e para a pesca - e quanto mais pesca (desportiva e com anzol), menos basket... -, regressaremos a 15 de Setembro, não sem que antes : a 2, 16 e 30 de Junho, procuremos abordar a temática: "Desenvolvimento do praticante e do nível do Jogo".
Com a esperança - enquanto houver vida... - de que, como referiu a dado momento o nosso companheiro José Almeida : em qualquer hora, em qualquer lugar, o nosso modesto contributo puder encontrar "eco" no "palco da pré-disposição" para irmos "a jogo", não deixaremos de pugnar por dar o nosso melhor em prol da nossa modalidade.
Então, até 2 de Junho com : "Desenvolvimento do praticante e do nível do Jogo".
Até lá, e bom Basket!