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Perder amigos é perder oportunidades

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João GualdinoHoje interrompo a série de artigos que tenho vindo a escrever sobre o MCBA, para falar do amigo João Gualdino.

Não sei bem porquê mas pensamos sempre, que as pessoas que nos marcaram e de quem gostamos estarão sempre à nossa espera e vamos adiando conversas que gostaríamos de ter tido. A correria do dia-a-dia às vezes turva-nos as prioridades e vontades, que depois se ficam apenas pelas intenções.

Já como colaborador do Planeta Basket, cruzei-me um dia destes  em Carnide com o João e transmiti-lhe que gostaria muito de ter uma conversa para falarmos sobre o passado do Carnide Clube, nomeadamente sobre duas figuras, lendas esquecidas do basquetebol nacional,  o treinador Fernando Amaral e o jogador Rui Ferreira, uma das maiores promessas do basquetebol, falecido extemporaneamente num acidente de automóvel. A conversa por culpa minha, pois a Patrícia Fernandes bem me alertou que o João não estava bem, ficou-se apenas pela intensão e perdi uma grande oportunidade ter o seu testemunho para ser publicado na rubrica das lendas do Planeta Basket.

Conheci inicialmente a figura do João, apenas de vista, nas sextas-feiras à noite, no início da década de 70, quando a claque do Carnide Clube, a mais barulhenta e animada, enchia o pavilhão da Ajuda para as jornadas da Divisão de Honra do Campeonato Regional de Seniores de Lisboa.

Só o conheci pessoalmente, ao ser recebido pelo João, então presidente do Carnide, de braços abertos, quando fui treinar os juniores do Carnide na época de 1981/82. Marcou-me de sobremaneira a sua forma de estar e o seu envolvimento e sentido humano na resolução do problema administrativo dum jovem angolano o Rui Osvaldo Nascimento. O João pessoa calma e apesar da sua grande sabedoria, também, como todos nós, se enganava. Nessa altura disse-me tu vens para o Carnide, mas não acredito que fiques por cá muito tempo. Enganou-se, fiquei praticamente uma década inteira no Carnide e este tornou-se no meu clube. Quando me perguntam, de que clube és, respondo sempre do Carnide.

João descansa em paz e espero conseguir cumprir, através do teu irmão que reencontrei ao fim de muitos anos no teu velório a promessa de relembrar o Fernando Amaral e o Rui Ferreira.

Contudo o basquetebol não é só feito de lendas e pessoas célebres. Tenho o privilégio de me ter cruzado contigo e ter feito muitas amizades com gente bem formada como tu, muitas pessoas com profundo sentido humano. Esse continua a ser o maior legado que recebo do basquetebol.

 

 


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