A cultura da assistência
 
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A cultura da assistência

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Nuno TavaresQue melhor motivação um atleta, treinador, dirigente, jovem praticante ou um espectador pode ter quando ao entrar num pavilhão, este estar cheio de adeptos apaixonados pela modalidade.

Na semana que o F. C. Porto e S. L. Benfica jogaram para as competições europeias, com a primeira mão em casa, reparei que em ambos os jogos o número de espectadores foi muito reduzido. Falando com algumas pessoas que tiverem nos 2 pavilhões e lendo alguns comentários nas redes sociais, em comum havia uma queixa geral da falta de participação de pessoas aos pavilhões.

Como sabemos, não é desta semana que a falta de espectadores existe, provavelmente com o passar dos anos a modalidade tem perdido centenas de adeptos que em, outra hora, compunham e até enchiam os mesmos pavilhões que agora estão vazios.

Janus Fabriano

Este facto fez-me reflectir e olhar para a situação profissional que me encontro e o contexto que estou inserido. Para contextualizar o resto do artigo, começo por dizer que na última semana a equipa do Janus Fabriano fez 3 jogos, 2 jogos oficiais e 1 jogo amigável. No 1º jogo oficial em casa (o mesmo da foto) estiveram mais de 1500 pessoas a assistir, o jogo amigável a meio da semana fora estavam cerca de 50 pessoas e finalmente no 2º jogo oficial fora estavam mais de 400 pessoas a ver.

Perguntei qual a razão que, numa serie C, existem tantas pessoas a assistir jogos? A resposta foi simples: existe uma grande tradição em apoiar a equipa local e uma cultura desportiva que passa de geração para geração em fazer perceber a importância desse mesmo apoio.

Mais, na serie C todas as pessoas tem que pagar bilhete, que custa uma média de 5 euros ou então comprar o bilhete de época e mesmo assim os pavilhões estão cheios.

Claro que existe uma estrutura competitiva e organizativa que facilita toda essa cultura se desenvolva mas acima de tudo a ligação do desporto no geral, da sua importância e dos seus benefícios, ligado aos horários escolares e à perspectiva de se poder fazer uma carreira como outra qualquer profissão são factores fundamentais.

A minha pergunta então será a seguinte: o que será preciso para voltar a ter os pavilhões cheios em Portugal? Será que o pagar bilhete é um impedimento ou apenas uma desculpa?

Pessoalmente, penso que está relacionado com uma problema de sistema, que começa com a pouca importância do desporto nas escolas, desinvestimento na formação das estruturas desportivas e pessoas e, acima de tudo, falta de cultura desportiva de um povo.

Portugal é um país de futebol!!! Não se aproxima nem de perto aos país de futebol que é Itália. Portugal teve uma grande crise e não existe investimento!!! Itália faz parte desse grupo de países que passou o mesmo que Portugal passou.

Um dia gostava de ver os nossos pavilhões, de norte a sul, este a oeste como os que vejo aqui, cheios de adeptos apaixonados pela modalidade.

Entretanto, por estas bandas o desporto não são uns a bater umas bolas ou a dar uns chutos, são estruturas bem construídas com visões a médio longo prazo que, acima de tudo, apenas tem como objectivo de servir o interveniente mais importante: o atleta! 

Nuno Tavares
+39 347 339 8969
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ISY

 

Comentários 

 
+1 #2 BasketballOutsider 03-10-2016 11:49
Bom dia,

Se permitem gostaria de realçar a parte final da frase do Nuno, "Objetivo de servir o interveniente mais importante: o atleta".

Este será porventura o primeiro e o principal aspeto a modificar na modalidade em Portugal, e que está totalmente esquecido pela maioria dos agentes.

Naturalmente os restantes aspetos mencionados no artigo também o são, no entanto enquanto não se centrarem no atleta, para que se volte a criar com o tempo uma comunidade, que quando "deixam" o jogo efetivo, mantêm e transmitem o gosto e a valores da modalidade as seus descendentes, nunca conseguirão atingir os restantes objetivos (i.e. + assistência; + jogadores; +e equipas;+ financiamento; entre outros).

Fica uma opinião.
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+1 #1 Inês Silvério 03-10-2016 11:02
Penso que o que tenho a acrescentar, será que em Portugal para irem mais adeptos ao basket e termos mais atletas,temos que chatear a comunicação social,como as outras modalidades o fazem,para os jogos darem na televisão em canal aberto!!! Mais vezes,mais jogos,mais situações,mais adeptos a ver,a gostar...e de certeza,que mais atletas virão,mais paixão virá,e maior ligação haverá!
ISYTOO
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