Quantos estrangeiros na Liga?
 
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Quantos estrangeiros na Liga?

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altA formação de um jogador, deverá ser feita por diferentes canais, através dos seus treinadores, da estrutura do clube, do contexto do desporto na sociedade em que está inserido mas também das referências que tem, assiste e compete.

Esta semana tive o privilégio de assistir aos dois jogos das meias finais da Final Eight da Copa de Itália da Serie A. Os dois encontros tinham como adversários o EA7 Milano (que compete também na euroliga), Diamo Sassari,  Reggio Emília e Basket Brescia.

Olhando para o programa dos jogos, das composições das suas equipas, não deixei de notar que cada uma possuía 7 estrangeiros e, durante o evento, tive a oportunidade de questionar qual a regra sobre os não italianos no principal campeonato italiano.

A regra é a seguinte: cada equipa pode escolher uma das seguintes formulas, 5 jogadores fora da comunidade europeia e 5 jogadores italianos ou 3 jogadores fora da comunidade europeia e 4 jogadores da comunidade europeia (incluindo também jogadores do Acordo Cotonou) e 5 italianos.

Num plantel de 12 jogadores,  podemos ter apenas 5 italianos, mas a regra vai ainda mais longe. Se um jogador não nascido em Itália, seja qual for a nacionalidade, fizer 4 épocas de formação num clube italiano (4 épocas dos sub13 aos sub20), tem direito ao estatuto de jogador italiano. Isto significa que um clube da Serie A poderá ter 12 jogadores não nascidos em Itália (facto que nunca aconteceu mas é possível).

Para o basquetebol português, esta regra é “estranha” pois existe uma restrição grande sobre o uso de jogadores estrangeiros, para o basquetebol italiano é algo que existe e é bem-vinda por todos os interveniente.

Depois de falar com várias pessoas e reflectir sobre o assunto, tirei conclusões que estão ligadas ao artigo da semana passada, Projecto “Clube”.

O basquetebol em Itália é uma industria que procura constantemente criar valor de modo que torne o seu produto o mais vendível possível. Esse produto, nas sua grande maioria, passa pelos jogos. Os jogos são consumidos pelos adeptos dos clubes, os amantes da modalidade e todos os intervenientes da mesma. Sendo assim este produto, o jogo de basquetebol, tem que ter a maior qualidade possível, aí entram os jogadores que o tornam como tal.

O uso de vários estrangeiro permite que o produto tenha mais qualidade, visto que abre as portas aos clubes procurarem talentos fora do seu próprio pais.

E o jogador italiano? Não joga? Não tem espaço com tantos estrangeiros? Estas perguntas têm uma resposta clara. O tal desenvolvimento do jogador de formação/sénior só tem a ganhar treinando ao lado de jogadores estrangeiros, jogadores que trazem outro basquetebol, outra cultura, que colocam outros desafios. Sendo assim, o jovem jogador italiano vai crescendo neste ambiente, desenvolvendo as suas capacidades e, como em tudo na vida, os melhores irão ficar.

O basquetebol profissional de competição (tal como os outros desportos profissionais) não é para todos jogadores, o basquetebol profissional de competição é um produto que tem que fazer com que os seus “clientes” (adeptos/patrocinadores/parceiros/agentes) o consumam, criando valor e riqueza.

O basquetebol italiano, nos escalões de formação (masculino/feminino), está sempre presente nas divisões A, estando quase sempre no top5 e muito deve-se a esta politica usada na Seria A.

Olhamos para a realidade do nosso pais e vemos que não é a mesma. É uma discussão recorrente o numero de estrangeiros na nossa liga, continuando a desviar do padrão das principais ligas europeias. Muitos apontam esta restrição ao facto de podermos ter melhor formação, dar mais oportunidades aos jogadores portugueses, mas o que é certo é que quando existia mais estrangeiros, os jogadores portugueses eram de maior qualidade, sendo que podiam ter uma evolução muito maior treinando diariamente ao lado de mais e melhor qualidade.

Se tivermos que medir a qualidade da nossa formação através dos campeonatos europeus dos diferentes escalões nos últimos 10 anos, podemos dizer que estamos muito longe de estarmos com regularidade entre os melhores, mas no entanto continuamos a fugir das evidências que trazem mais valias para os nossos atletas.

O basquetebol português precisa de se adaptar aos tempos modernos, criar um modelo profissional sustentado que faça desenvolver as estruturas dos clubes e por suas vez os seus interveniente.  

O jogador jovem português cada vez mais deixa a modalidade mais cedo, percebendo que o investimento que tem que fazer para se tornar profissional é quase “impossível”, muito deve-se às estruturas que o “afastam” desse caminho.

Esta regra dos número de estrangeiros não resolve todos os problemas todos  mas certamente que ajuda e muito o jovem jogador português.

Acrescentar o facto que na Seria A2 é permitido 2 não comunitários e 1 comunitário, na Serie B só pode ter jogadores nascidos em Itália ou com os tais 4 anos de formação italiana e na Serie C só se pode ter 2 jogadores não nascidos em Itália.

O que dizer, ao F. C. Porto e o S. L. Benfica, quando competem nas competições europeias e lutam com armas bem diferentes na questão dos estrangeiros em relação às outras equipas?

Nuno Tavares
+39 347 339 8969
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