Alinhar os astros
 
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Alinhar os astros - San Payo AraújoUm dos motivos que me levou a optar deixar o meu trabalho na federação, foi o facto de sentir, que após ter conseguido, entre 2000 e 2016, transformar a realidade do minibásquete em Portugal, já estava, por um conjunto de circunstâncias que agora não vem ao caso, apenas a cumprir calendário.

Como não sei qual é a quantidade de areia que existe na parte de cima da minha ampulheta, mas indubitavelmente há mais areia em baixo do que em cima, limitar-me a cumprir calendário, não me dava gozo nenhum.

Viver e conhecer realidades diferentes é sempre muito enriquecedor. Essa é sem dúvida uma das coisas que me atrai nesta nova vivência. Após dois anos em que estive no Belenenses e na Oeiras International School, tenho que agradecer à Associação de Basquetebol da Madeira ter reiterado o convite que já me tinha feito em Junho de 2017 e à Federação Portuguesa de Basquetebol, por ter apoiado a minha vinda para o Funchal e ficar de novo ligado às estruturas do basquetebol associativo/federativo.

Aqui na Madeira tenho o desafio de tentar transformar algumas realidades e espaço para conceber novos projectos, como por exemplo o da “Magia do 1º Cesto”, que quem sabe se no futuro não será uma forma de atracção à modalidade, que se irá espalhar por todo o país. Quando vamos para uma realidade diferente, porque ainda temos sonhos, somos obrigados a sair da nossa área de acomodação e conforto. Não tenho em mim, como disse Fernando Pessoa, todos os sonhos do mundo, mas continuo a ter sonhos. Quando vamos para outra realidade há uma tendência natural de centrarmo-nos nas diferenças e não reparamos tanto no que é igual ou muito semelhante.

A mim mais do que as diferenças, o que me assusta são as semelhanças. É impressionante como num meio mais pequeno conseguimos replicar todos os problemas do continente. Aqui como no continente os astros raramente estão alinhados. Três factores são decisivos para o crescimento e desenvolvimento duma modalidade, a existência de crianças, a existência de instalações e a existência de treinadores. Aqui como no continente onde há crianças, há falta de instalações, ou de treinadores. Onde há instalações e treinadores não há crianças. Onde há instalações e crianças não há treinadores, etc, etc. Raramente e salvo algumas excepções os “astros” estão alinhados. Para completar este cenário idêntico ao continente, também aqui os horários escolares são o maior inimigo à organização do desporto federativo.

Poderemos sempre alertar e tentar influenciar para que haja um alinhamento destes astros, mas não passa pelas mãos do universo do basquetebol decidir alinhar esses astros. Contudo penso que aqui na Madeira há outros astros, que talvez esteja nas nossas mãos a possibilidade de alinhar pelo menos no universo do minibásquete, que são os “astros” da boa vontade, do empenho, do compromisso e cooperação, para que o futuro das crianças possa ser mais risonho. Não apenas as crianças, mas que todos tenham um futuro mais risonho, são os meus sinceros votos para 2019.

 

Comentários 

 
+2 #1 Inês Silvério 04-01-2019 23:46
San Payo, será sempre um prazer aprender ctg, e lê estas tuas vivências. Sinto-me mais perto de ti.
Como nos anos que trabalhamos juntos no Belenenses.
E que belo trabalho que fizemos, o manos Reino na selecção. Escalões femininos e masculinos com qualidade na formação do Belenenses.
Espero e acredito que irás criar mais uma ‘casa’ aí na Madeira. Grande beijinho Inês
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