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altA vida tem destas coisas, muitas vezes guardamos boas recordações de momentos menos felizes. Prometi na semana passada que iria contar mais uma estória, passada com o amigo Jorge Adelino, da qual guardo gratas recordações.

Na época de 1996/97 o Jorge Adelino prontificou-se a colaborar com a Associação de Basquetebol de Lisboa, (ABL) através de acções de formação e acompanhamento, em jogos e treinos a treinadores de equipas de cadetes (SUB-16). Este programa de acompanhamento destinava-se aos treinadores, que solicitassem essa ajuda do Jorge Adelino.

Apesar de já ser treinador há mais de 20 anos e de já ter treinado equipas seniores, como nesse ano estava a treinar os cadetes do Clube Atlético de Queluz, logo me inscrevi ao contrário de treinadores bem mais jovens do que eu, nesse programa organizado pela ABL. Após ter assistido a uma acção de formação do Jorge Adelino, logo no início da época que dava início a esse programa, combinei datas para que ele viesse assistir aos meus treinos. À sua chegada ao pavilhão, um dos jovens treinadores do clube, referiu-se ao Jorge não como um apoio, mas como o fiscal. A falta de humildade ou receio, que alguns jovens treinadores manifestam em serem observados, mesmo que seja, para os ajudar não é de hoje. Mas não é desse facto que eu hoje quero falar.

Nessa época o Jorge Adelino assistiu a vários treinos e jogos da minha equipa, no fim dos quais reuníamos. Foram sempre momentos muito enriquecedores. No final da época fomos apurados para a final four nacional na cidade de Viseu. Apesar de só poder utilizar 12 jogadores eu decidi, que todos os que tinham trabalhado para estarmos naquele momento iriam a Viseu. Entre os jogadores que não iriam jogar estava o Fulgêncio (o Fuji), que por ter acompanhado a minha equipa durante a época, o Jorge conhecia.

O Jorge Adelino também foi a Viseu para assistir à final four. Quando perdemos o jogo que deu o título de campeão nacional à equipa do Sangalhos, o Fuji que não tinha jogado nenhum jogo, chorava desesperadamente, nas bancadas. Foi então que o Jorge se dirigiu ao Fuji e tentou sem êxito consolá-lo. Face à sua falta de reacção, lembrou-se com enorme sensibilidade pedagógica, de lhe dizer:  - Porque é que não vais chorar para o pé dos teus companheiros.

Esta sugestão fez, para o Fuji, todo o sentido e sem olhar para o Jorge, continuando na sua enorme tristeza, levantou-se e veio chorar para o pé dos seus companheiros.

A frase não é minha, mas as mentes são como os para-quedas funcionam bem quando se abrem. Ter a abertura de aceitar a ajuda de pessoas com uma enorme experiência e sabedoria, mais do que um acto de humildade é um acto de inteligência. Obrigado Jorge teres ajudado o Fugi, obrigado por me teres ajudado.

 

 


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