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altEle entra em sua casa todos os dias através da TVI, mas são poucos os que sabem que ele é detentor do recorde de pontos marcados num só jogo de basquetebol em Portugal.

O Planeta Basket tem a honra de vos apresentar Júlio Magalhães!

Foi jogador e treinador de basquetebol durante muitos anos da sua vida. Hoje em dia é responsável pela TVI Porto. A sua passagem pelo basket ajudou-o de alguma forma para o sucesso profissional enquanto jornalista?
Claro que sim....No basquetebol apreendem-se todas as formas de liderança, convívio e trabalho em equipa. É um jogo completo que nos briga a decisões rápidas e eficazes. Julgo mesmo que não haverá desporto mais completo que o basquetebol.

É mais fácil dirigir uma estação de televisão ou uma equipa?
É muito semelhante. É sempre um trabalho que exige espírito de grupo, colaboração, empenho de todos e onde o individualismo não tem espaço nem sucesso Por isso é que digo na primeira resposta que o basquetebol é nesse aspecto a modalidade mais completa.

É detentor de um fantástico recorde de pontos marcados num só jogo - 122! Lembra-se desse jogo? Pode-nos contar como tudo aconteceu?
Foi na categoria de iniciados. Nos treinos tínhamos treinado uma forma de um outro jogador, no caso um primo meu, que jogava na minha equipa, bater esse recorde porque ele era o que tinha o lançamento mais rápido de toda a equipa, Na hora do jogo o treinador decidiu que não valia a pena aplicar no jogo o que tínhamos treinado. Concluíram que não fazia sentido aproveitarmo-nos de uma equipa frágil para ter um jogador que ficasse com um recorde de pontos. Assim encarámos o jogo como outro qualquer, jogando em equipa e como era o mais alto e estava mais próximo do cesto fui marcando pontos. Ao intervalo já tinha mais de 70 pontos concretizados. E no terceiro período acabei mesmo por bater o recorde. Saí ainda no inicio do quarto período já com 122  pontos concretizados. É justo dizer que foi um momento marcante é certo mas o adversário era demasiado frágil.

Qual foi o treinador que mais o marcou?
Não tive muitos e todos foram importantes porque fui tendo em cada escalão um diferente. José Cerqueira, Veludo, Zulmiro Matos, Mário Pina e Mário Barros foram os meus treinadores e formadores de grandes jogadores.

Quais eram as grandes referências do seu tempo. Qual era o jogador em Portugal, que mais admirava?
Na altura havia dois portugueses que marcavam claramente a diferença, Carlos Lisboa e um pouco mais tarde o Tó Fereira. Mas o jogador que mais me marcou foi sem dúvida Henry Crowford, um norte-americano que passou pelo FC Porto.

Qual era a posição em que jogava? E quais eram as suas características como jogador?
Joguei nas posições todas. Comecei nos minis e iniciados a poste, nos juvenis já era extremo e nos juniores acabei a base. Modéstia à parte, acho que fazia bem um pouco de tudo. Tinha bom drible, lançava bem e era bom ressaltador.  Apesar de ser alto não tinha um bom porte atlético. Faltava-me massa muscular.

Porque decidiu enveredar por uma carreira dedicada ao jornalismo em detrimento do basquetebol?
Eu quando jogava basquetebol já era jornalista. Comecei a trabalhar aos 16 anos no jornal O Comércio do Porto. Foi sempre o meu sonho. Nunca me passou pela cabeça ser profissional de basquetebol. O desporto era apenas um complemento. A determinada altura, com o profissionalismo instalado os mais jovens, sobretudo no FC Porto, tinham pouco espaço nas equipas sénior. Éramos campeões em todos os escalões mas a verdade é que os treinadores das equipas seniores optavam por americanos e brasileiros que se dedicavam a tempo inteiro ao basquetebol. Penderem-se grandes talentos nacionais por causa dessa opção competitiva.

O que pode aconselhar aos jovens jogadores de basquetebol?
Pelo que vejo hoje deve-se é aconselhar melhor os jovens treinadores de basquetebol. São demasiado agressivos, não têm paciência e não respeitam os jogadores todos. Acompanho as camadas jovens e vejo que muitos jovens desmobilizam do basquetebol porque os treinadores só pensam em ganhar, ganhar  ganhar e não dispensam a mesma atenção a todos os jogadores. A par disso têm comportamentos irresponsáveis e deploráveis no banco. Hoje os jovens jogadores, com o acesso que têm às novas tecnologias e informação, estão mais bem preparados e mais cientes do que é ser jogador do que os treinadores de orientarem uma equipa.

A TVI dá pouca atenção ao basquetebol. Por que motivo?
Os canais generalistas, sobretudo os privados, como é o caso da TVI trabalham para as grandes massas, ou seja para ter audiências. O basquetebol é um desporto, como todos os outros, com excepção do futebol, muito dirigido. Um canal generalista não pode dar espaço ao basquetebol como não dá a outras modalidades. Os canais de cabo vão, no futuro, inverter essa tendência.

Qual é a basquetebol que mais gosta de ver?
A NBA continua a ser o mais apelativo dos campeonatos. Mas aprecio muito o basquetebol espanhol. Alias, aprecio a forma como o desporto em geral e o basquetebol em particular, são tratados no país vizinho. Não é por acaso que têm campeões em todas as modalidades.

 

 
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