Tudo mais claro

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Luis ModestoA última jornada da 1ª volta da 2ª fase do Nacional da 1ª divisão clarificou muita coisa. O sorteio colocou frente a frente os dois primeiros de cada um dos grupos,

num caso Física e Atlético ambos invictos, e no outro o também invicto Imortal face ao Belenenses que registava uma única derrota. No magnífico Pavilhão Desportivo de Albufeira, que ainda há pouco tempo foi palco da grande manifestação de vitalidade da modalidade que é a Festa Nacional do Basquetebol, o Imortal recebeu o Belenenses num encontro onde os locais tinham tudo a ganhar e os visitantes tudo a perder. Na realidade os azuis precisavam de vencer para poderem continuar a depender apenas de si próprios. Do outro lado a equipa de Albufeira estava à partida numa posição mais cómoda, menos dependente do resultado deste encontro. Juntando a estes ingredientes o facto de o Imortal se ter reforçado nesta fase do campeonato e de o Belenenses vir de uma derrota em casa, não pode considerar-se surpresa o resultado favorável ao conjunto algarvio (74-59). A equipa do Restelo vê assim confirmado o seu momento negativo da época, depois de ter passado durante a 1ª fase por um período completamente dominador. No dia anterior tinha sido a vez do Algés “B” viajar ao Sul para vencer com naturalidade o Ferragudo (64-90). Bastante mais disputado foi o Moscavide-Barreirense, onde os 40 minutos não chegaram para encontrar o vencedor. Após o empate a 74, os donos da casa superiorizaram-se no prolongamento e asseguraram a sua 3ª vitória (88-87). Estes resultados deixam o Imortal numa posição privilegiada (5v/0d), a duas vitórias de diferença do trio Moscavide, Belenenses, Algés todos com (3v/2d). Faltam 5 jornadas e não é impossível que um destes 3 perseguidores ainda consiga chegar à posição cimeira do grupo. Combatividade não lhes tem faltado, mas lá que não vai ser fácil não vai. O Imortal é a única equipa que ainda não perdeu no Nacional da 1ª Divisão e tem um conjunto experiente e com poder atlético acima da média  para este nível de competição, o que faz dele o principal favorito do grupo à presença na final da Zona Sul. A classificação completa-se com o Barreirense na 5ª posição (1v/4d) e o Ferragudo em 6º (0v/5d).

O Física-Atlético disputado em Torres Vedras tinha um carácter diferente, quase como a 1ª mão de uma eliminatória. Na realidade as outras 4 equipas neste grupo não conseguiram ao longo da 1ª volta afirmar-se como opositores credíveis e, a continuarem assim, o finalista da Zona Sul será decidido na última jornada quando a Física visitar o Atlético. Para já é o conjunto de Alcântara que lidera graças à vitória conseguida no campo do adversário, num encontro com muita energia libertada mas em que o jogo colectivo nem sempre esteve presente. Foram os donos da casa que começaram melhor e dominaram o 1º período (25-17), mas uma série de perdas de bola no início dos segundos 10 minutos fê-los desbaratar a vantagem. Dois triplos colocaram o Atlético na frente e apesar do mau período de jogo até ao intervalo, com turnover’s de ambos os lados, os visitantes mantinham a liderança no final da 1ª parte (38-43). O início do 3º quarto do jogo foi marcado por acções individuais e defesas pouco aplicadas de parte a parte, e neste ambiente de basquetebol de rua a velocidade dos executantes da Física fez a diferença. O conjunto de Torres Vedras fez um parcial de (13-5) em 4 minutos e voltou a liderar o marcador, mas os veteranos do Atlético assumiram as suas responsabilidades e reconduziram o marcador ao empate no final do 3º período (56-56). O último quarto do encontro trouxe a novidade da concentração defensiva do Atlético, e o investimento na defesa mostrou rapidamente a sua rentabilidade levando os alcantarenses de novo para a frente. Os visitantes acabaram por selar a vitória a partir da linha de lance livre (69-73), mostrando neste aspecto no último minuto do jogo uma segurança que até aí tinha estado ausente.

A importância do encontro pareceu retirar algum discernimento às equipas, principalmente à Física, que se perdeu demasiadas vezes em “heróicas” iniciativas individuais, na maior parte das vezes condenadas ao fracasso. A vitória pendeu por isso naturalmente para o Atlético, que soube manter a cabeça fria quando mais era preciso. Nos outros dois encontros do grupo, o Seixal recebeu e venceu o Reguengos (83-71), e o Estoril Basket bateu fora o Ginásio Olhanense (63-70). O Atlético passou a ser líder isolado do grupo (5v/0d) seguido pela Física (4v/1d), Seixal (3v/2d), Estoril Basket (2v/3d), Reguengos de Monsaraz (1v/4d) e Ginásio Olhanense (0v/5d). Se a falta de combatividade da 1ª volta se mantiver, as próximas 4 jornadas deste grupo correm o risco de se limitarem ao cumprimento do calendário, a menos que algum inconformado surja a intrometer-se no duelo entre Atlético e Física.

No próximo fim de semana disputam-se a 6ª e a 7ª jornadas dos dois grupos:

25 de Abril

26 de Abril

27 de Abril

 

 
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