Números reais, números fictícios

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San Payo AraújoNem tudo está pior no nosso basquetebol. Depois da entrevista com Mário Henriques termino este conjunto de artigos

com a infografia do MCBA e a falar sobre números reais e números fictícios.

O basquetebol é o que é. Mas continuo a pensar que vale a pena sonhar por dias melhores. Talvez seja um sonhador incorrigível. Vem estas considerações a propósito do último artigo, que vou escrever sobre o MCBA, pois continuo a pensar que deveremos estar muito atentos a este projeto.

Há 16 anos, quando assumi as funções de diretor técnico do minibásquete na Federação tratei de saber quantos minis estavam inscritos. Talvez um dia conte, como eram feitas as inscrições dos minis e como os números apresentados eram altamente empolados com praticantes fictícios que nunca pegaram numa bola de minibásquete ou pior ainda nem sequer existiam. Algumas coisas, que não são visíveis ao grande público, foi-se conseguindo mudar para bem melhor, outras nem por isso. Ao nível da veracidade do número de inscrições estamos hoje em dia, muito melhor que há 16 anos.

Enquanto há 16 anos o número de inscrições fictícias era muito elevado, um profundo conhecimento do universo do minibásquete no país, permite-me dizer que as inscrições fictícias já praticamente não existem e que temos o fenómeno inverso. Hoje há muitas crianças a praticar minibásquete e que não estão inscritas na federação. Muitos são os clubes, que por um conjunto alargado de situações que não vou agora aprofundar, não inscrevem ou não conseguem inscrever todos os seus minis.

Por outro lado, há muitas outras situações, em Lisboa por exemplo, com a abertura, e bem, dos convívios de minis às escolas públicas e privadas, muitos são os minis que estão a praticar mas não estão inscritos na Associação. Em Beja o Basket Clube de Beja, comprou tabelas que colocou em várias escolas primárias nas aldeias do seu concelho e vai dar minibásquete a essas escolas e estas crianças também não estão inscritas. Estes exemplos são a prova da vitalidade que o minibásquete tem em diversas regiões do país. Como já referi “Ça va seul.”

Para finalizar vou vos apresentar mais um caso concreto com números exatos de mais uma situação em que há crianças a praticar minibásquete, que não estão federadas. Apresento a infografia do MCBA, que ajuda a caracterizar este projeto que tenho vindo a apresentar nos meus últimos artigos.

Dados e números primeiro ano do MCBA:

(Houve duas escolas que participaram com 2 equipas)

(Acompanhadas de ações de formação contínua durante o ano letivo inteiro)

Como gosto de sonhar espero que no final da época 2016/17, poder estar a escrever que o número de praticantes deste projeto duplicou, que o número de aulas/treinos aumentou, que as crianças conhecem melhor a modalidade, que joguem com "fairplay" e tenham um comportamento exemplar dentro e fora do campo. Estar atento a este projeto é uma obrigação do universo do basquetebol.

 

Comentários 

 
0 #1 Nuno Sousa 05-07-2016 18:56
Caro San Payo Araujo,

Mais uma vez queria dar-lhe os parabéns por mais um excelente artigo, e fazer alguns reparos ao que publicou para que os dados estejam correctos.

Escolas Básicas 1º ciclo participantes: 14 sendo uma do ensino privado
Número de equipas envolvidas: 17 sendo que 3 escolas participaram com 2 equipas.
Professores participantes como treinadores: 14
Acções de formação para professores: 2
Crianças participantes: 220
Crianças envolvidas no projecto federadas em basquetebol: 13
Total de encontros mensais de dezembro 2015 a maio 2016: 8 (6 encontros, all-star game e encontro final) divididos por 12 dias
Número aulas/treinos minibásquete: 40
Número médio de jogos por equipa: 17/18 jogos
Número de elementos da equipa coordenadora: 03
Número de voluntários para arbitragens: 26
Número de ações de sensibilização com os pais: 09

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