No sábado passado depois de dar com a Rita Oliveira o treino matinal aos minis-10 e minis-8 do Belenenses passei por Odivelas onde estava a decorrer no pavilhão multiusos do município

um excelente torneio de minibásquete organizado pelo Odivelas Basket, com a participação entre outros de um clube espanhol vindo de Sevilha.

Na nave principal do formidável complexo decorria um jogo de Sub-14, e na nave anexa englobado na apresentação das equipas do Odivelas fluía em bom ritmo e boa organização o torneio de minibásquete. Associada ao evento estava uma campanha de angariação de fundos para os Bombeiros Voluntários de Odivelas, que simpaticamente mostravam as viaturas aos minis e davam todas as explicações por estes solicitadas.

Saí de Odivelas feliz e dei por mim a pensar que tal actividade para minibásquete há dezasseis anos atrás seria perfeitamente impossível. Há dezasseis anos nesta altura da época os clubes não tinham capacidade de resposta para apresentar equipas de mini, pois a atenção estava normalmente, exclusivamente virada para os escalões prestes a começar os seus campeonatos regionais. As actividades do mini surgiam, e de uma forma muito incipiente e organizada por muito poucos clubes, por volta do Natal. O dia-a-dia não nos permite, por vezes, ter consciência das diferenças que vão acontecendo. O dia-a-dia funciona como um espelho.

O espelho engana-nos, pois como olhamos para ele todos os dias não notamos grandes diferenças e consideramos que estamos mais ou menos sempre iguais. Contudo, quando pego numa fotografia minha de 2000 verifico que tinha menos uns quilos, mais cabelo e os cabelos brancos eram raros ou inexistentes. Embora não se note no dia-a-dia, e como não são actividades que sejam capa dos jornais, muitas das vezes não tomamos consciência das transformações ocorridas no minibásquete. Aos poucos e serenamente farei um balanço das transformações que foram acontecendo durante estes últimos dezasseis anos no universo do minibásquete.