Para além da ambição desportiva
 
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Para além da ambição desportiva

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Mário HenriquesAtento à inovação o Planeta Basket tem vindo a divulgar numa série de artigos, não apenas as actividades do MCBA, mas todos os princípios e filosofia deste projecto.

Para finalizarmos este conjunto de artigos nada melhor do que entrevistarmos Mário Henriques da Associação Highplay.


Muito obrigado por ter aceite o desafio desta entrevista, mas antes de tudo gostaríamos de ter alguma informação sobre o Associação Highplay e se tem ou teve alguma ligação ao basquetebol?
Fui jogador desde os 7 anos de idade e treinador durante 8 anos. Nasci num país onde o basquetebol era uma das modalidades mais populares e ainda enchia pavilhões – Moçambique. Vivi numa família de jogadores e treinadores de basquetebol, e de Pais que eram fãs da modalidade. Acarinhavam e suportavam os seus filhos enquanto estes se divertiam a jogar. Hoje trabalho 98% no mundo das empresas, mas o basquetebol para mim foi uma escola para a vida. Por isso estou eternamente grato à modalidade.

Como surgiu a ideia do projecto do MCBA, e quais os seus objectivos?
Surgiu do Rui Dias Presidente do BCG (Basket Clube de Gaia), que me convidou a trazer a NBA JR para Portugal. Tentámos, mas era muito caro. Por isso criámos nós uma marca e com a Câmara Municipal de Gaia colocámos este mini campeonato de basquetebol de pé com 17 equipas neste primeiro ano. Conseguimos envolver cerca de 220 jovens jogadores entre os 8 e os 10 anos de idade. O objetivo? Crescer num projeto que para nós vai para além da ambição desportiva. Queremos fazer do MCBA um projeto de responsabilidade social onde jovens, pais e treinadores são agentes positivos na prática do desporto, reconhecendo que o basquetebol traz lições de vida que vão muito para além de ganhar ou perder um jogo. Para o ano vamos ter mais de 400 jovens praticantes, mais de 25 treinadores, e mais de 800 pais a colaborar neste projeto. E o futuro dirá onde vamos conseguir parar…

Quem foram os parceiros da Associação Highplay neste projecto?
Pequenas e médias empresas da região, a Associação de Basquetebol do Porto, o IPDJ, o BCG como referi atrás, a Câmara Municipal de Gaia que confiou em nós, e o jornal local Gaiense que é essencial para que os miúdos leiam notícias suas e vejam fotos da equipa nos dias seguintes aos jogos. Não posso esquecer a Gloper, parceiro de comunicação que produz todos os vídeos, retira fotografias e partilha com os pais, bem como anima o site e redes sociais, para além de ter tido um papel essencial de criação dos logotipos de mais de 20 equipas que hoje são uma ligação emocional entre o jovem jogador e a equipa da sua escola. Seja um Touro, um Jaguar ou um Elefante, estas imagens hoje trazem sentimentos positivos nas crianças das escolas que estão nesta pequena competição saudável.

Que dificuldades defrontou pelo caminho e quais foram as soluções encontradas?
Seria mais fácil enumerar as facilidades. Porque são em menor número…. Foram e são muitas as dificuldades, mas deixava esse assunto para trás, porque embora sejamos o País do fado não me identifico com esse discurso. Faz parte da vida enfrentar dificuldades. Vamos antes falar das soluções que se resumem a um objetivo bem claro. No nosso caso  – as crianças que jogam. O nosso objetivo é somente esse. Queremos o melhor para as crianças, e acreditamos que experiências positivas, divertidas e suportadas pela organização do MCBA, treinadores, escolas e pais ganham ainda mais significado no crescimento delas. É para elas que fazemos este trabalho.

Que actividades foram promovidas para que as pessoas envolvidas no projecto compreendessem o alcance e importância do MCBA?
As pessoas envolvidas são muitas. Destaque para a equipa do MCBA, a equipa da consultora High Play que olha para este projeto como uma ação de responsabilidade social na comunidade local, e os voluntários (jovens do basquetebol que adoram este projeto e vivem de forma positiva cada momento apoiando os mais pequenos) que apitam, organizam, fazem funções de mesa e ajudam os treinadores a enquadrar as equipas. Isto tudo em troca de uma T-shirt e um pequeno lanche durante uma tarde de trabalho. E todo este envolvimento acontece por aquilo que lhe respondi atrás. Todos eles sentem que o projeto é feito de forma genuína para as crianças. E quando os princípios são bons os resultados, são, igualmente, bons.

Além disso uma palavra para os professores que são os treinadores das equipas, que estiveram desde Setembro em formação connosco, que foram individualmente observados, e que mensalmente trabalharam connosco na tentativa de destacar as atitudes mais positivas, que procuraram envolver os pais neste espírito, gostava de lhes deixar uma palavra de apreço porque estiveram ao nosso lado neste objetivo comum - procurar o melhor para os seus alunos.

Que balanço faz do projecto e quais a perspectivas de futuro?
Positivo. Futuro? Vamos continuar a trabalhar até onde conseguirmos ir. Vamos trabalhar sempre numa base realista, só falamos o que podemos concretizar, só fazemos o que podemos replicar mais tarde. De outra forma não tem sentido continuar.

Finalizo com uma pergunta que gosto muito de fazer? Relativamente a este projecto que pergunta gostaria que lhe fizessem e que resposta daria?
Uma pergunta que vai para além do MCBA e que gostaria de ver respondida, não só por mim mas por todos o que amam a modalidade. Que basquetebol é este que estamos a construir no nosso Pais? Do meu lado respondo – eu faço a minha parte e o melhor que posso. E vocês?

 

Comentários 

 
+3 #1 Filipe Lopes 30-06-2016 09:13
Parabéns Mário e a todos aqueles que estão envolvidos neste projeto.
Grande iniciativa em prole da modalidade e na formação de jovens.
Um grande abraço e os desejos que o MCBA voe ainda mais alto e que seja um exemplo a copiar por outras regiões para bem da modalidade.
O Basquetebol precisa e os jovens e pais agradecem.
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