Qlímpio Coelho nasceu em Torres Vedras, em 1945. Hoje, mais de sessenta anos passados, é um daqueles nomes incontornáveis do basquetebol. E é-o não porque o seu nome figure em múltiplas parangonas de jornais, mas porque à nossa modalidade vem dedicando,. quase sempre por detrás da cortina, anos sobre anos de muito compete intervenção.
Ao basquetebol deu muito e dele, penso que recebeu tudo o que procurou,: o prazer de nele trabalhar e de ter contrubuído para o seu progresso.
Começou a apaixonar-se pela nossa modalidade jogando-a no Sporting de Torres Vedras e mais tarde fez-se treinador:
Como tal teve uma carreira sóbria, uma entrega persistente ao trabalho continuado: 10 anos no CDUL (onde foi um exemplar coordenador técnico, promovendo reuniões de treinadores aos sábados de manhã, anos a fio) e 15 no Benfica.
Foi com ele, no Cdul, que eu, e vários outros treinadores, aprendemos o ofício.
A sua perspectiva do treino com jovens, eivada de preocupações pedagógicas, não o impediu de obter vários títulos nacionais.
Ele defende, aliás, que uma atitude pedagógica correcta, respeitando os interesses e necessidades do praticante nas suas várias dimensões, é condição necessária ao êxito desportivo.
È cimentado nesta lona experiência de terreno, argamassada em muito estudo e aturada reflexao, que se constrói o Pedagogo.
Que já o era como treinador, mas que se transmuta para uma intensa actividade de ensino:
- Como Professor do Curso de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona (começou como docente na Escola de Instrutores de Educação Física de Lisboa);
- Como Formador de treinadores na FPB desde 1974; sendo ultimamente membro do Conselho Nacional de Formação de Treinadores da E.N.B.e Director do Curso de Nível III.
- Como autor de extensa obra bibliográfica, onde se destaca (em parceria com António Barata) “Hoje há Educação Física”, manual que atravessa todo o Ensino Preparatório e Secundário.
- Como autor do excelente “Dossier do Professor”, orientador do projecto “3x3 nas Escolas” da Federação Portuguesa de Basquetebol.
- Como membro da equipa (com Jorge Adelino e Jorge Vieira) que concebeu e levou à prática o projecto “Desporto Jovem Um Pódio para Todos”, do IDP, marco essencial da reflexão e intervenção sobre o Desporto Juvenil, em Portugal.
De toda a sua actividade sobreleva-se ainda o caracter voluntário de activista.
Dezoito anos foi o tempo que dedicou à A.N.T.B., integrando várias direcções.
Também aí marcando a actividade pela descrição mas sendo sempre pedra fundamental no funcionamente daquele que foi o mais importante organismo congregador da vontade dos treinadores portugueses.
Isto e muito mais (porque nem tudo sei e tudo o que sei não caberia no espaço deste escrito) é Olímpio Coelho: Uma voz que se não ouve muito mas que muito teria a dizer.
Fica o desafio para que o ouçam!
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