Timeout com Pedro Melro
 
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Timeout com Pedro Melro

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altPedro Melro, um jovem árbitro de 17 anos, natural da simpática cidade da Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo.

Começou a jogar Basquetebol em tenra idade, com apenas 7 anos no Clube Desportivo da Gafanha, tendo representado as suas cores até há um ano atrás. Está ligado à arbitragem há 3 temporadas. O Planeta Basket deseja ao Pedro as maiores felicidades para a sua promissora carreira.

Estiveste ligado de alguma outra forma à modalidade antes de te dedicares à arbitragem? Jogaste basquetebol e onde?
Fui jogador no Grupo Desportivo da Gafanha durante dez épocas. Tive de abandonar este meu gosto pois é bastante complicado conciliar os estudos, os jogos e a arbitragem.

Porque te decidiste tornar arbitro? Quais foram os principais motivos?
Quando jogava, a arbitragem nos meus jogos era sempre um dos meus focos de atenção, comecei a despertar logo de início o interesse pelos desafios que a arbitragem acarreta, toda aquela responsabilidade na toma de decisões dentro de um campo e as exigências que um cargo como este, árbitro de basquetebol, nos oferece, e que no futuro nos ajudam tanto a nível pessoal como profíssional.  

Alguém te influenciou a enfrentares este desafio da arbitragem?
Tive uma grande influencia do professor Carlos Vaqueiro do GDG para enfrentar o desafio da arbitragem.

Para ti, quais são as qualidades que um jovem arbitro deve ter para ser bem sucedido?
Um árbitro jovem terá que estar preparado a nível psicológico. Se o árbitro não possuir uma estrutura psicológica muito forte, os aspectos técnicos, teóricos e físicos são postos em causa negativamente. Os melhores são aqueles que pensam que são capazes e que, quando as oportunidades surgem, respondem afirmativo. Os pontos fundamentais de um bom jovem árbitro são: consistência; comunicação (verbal e gestual); capacidade de decisão; controlo emocional; confiança, motivação e prazer; e sem dúvida que o mais importande é ter humildade.

Quais são os teus objectivos para esta “profissão” a longo prazo?
Espero conseguir levar esta “profissão” o mais longe possível por forma a alcançar todos os objectivos que são definidos época a época. É de todo o meu interesse continuar a trabalhar, não só em técnicas e potencialidades individuais como também, em prol da arbitragem e do desporto que é o basquetebol.

Fazes algum tipo de análise após os jogos que apitas?
Após o jogo, os árbitros deverão fazer uma reflexão crítica sobre o jogo (“pós-game”), mais propriamente sobre as situações que correm menos bem e tentar encontrar soluções para melhorar esses aspectos. Só conseguimos ser melhores se aprendermos com os erros!

As tuas simpatias ou antipatias com pessoas que estão em campo, influenciam o teu trabalho?
Arbitrar de forma imparcial e honesta demonstra e potencía a nossa integridade. Devemos protege-la dentro e fora do terreno de jogo. A imagem que passamos fora do campo é tão ou mais importante do que a imagem que temos dentro deste.

O momento da tomada de decisão é instantâneo. Alguma vez sentiste que erraste, logo após ter apitado?
O erro é inevitável e por vezes temos no próprio momento a consciência que errámos. Os árbitros devem ter confiança neles próprios e nas suas capacidades. O fundamental é, no fim, identificar onde errámos e tentar corrigir, não fazer de conta que não se passou nada, que foi apenas um percalço.

Como se sente um árbitro perante uma situação de dúvida, sobre um eventual erro que tenha cometido?
Perante uma situação de dúvida sobre um eventual erro é natural que o árbitro se sinta menos confiante. É importante manter sempre uma atitude positiva, independentemente das circunstâncias que possam ocorrer durante o jogo. Qualquer árbitro atravessa momentos de insegurança e tem jogos que preferia esquecer. A diferenta entre um bom árbitro e um menos bom não está naquele que cai, mas sim naquele que mais rápido se levanta e segue o seu caminho. Como tudo na vida, temos de gostar e disfrutar daquilo que fazemos. Temos de procurar encontrar motivação extra, para trabalhar aspectos físicos e técnicos de forma a melhorar a nossa prestação nos jogos. Uma atitude positiva e confiante ajuda na concentração.

Como lidas com situações de pais ou adeptos malcriados?
Como um mínimo erro de concentração pode levar a uma má decisão, o árbitro deve manter-se tranquilo às adversidades do jogo. Para isso, ter capacidade de abstracção é fundamental para conseguirmos focar as nossas atenções no que realmente interessa num jogo. Uma técnica que uso muitas vezes é tirar o máximo partido da “revolta” dos adeptos, transformar aquele protesto todo em motivação extra.

Qual foi o jogo mais difícil que apitaste?
Lembro-me de um jogo díficil esta época, um derbi: BeiraMar X Galitos, II Divisão feminina.

Qual foi até hoje, o momento mais feliz da tua carreira, enquanto arbitro? E o mais infeliz?
Penso que o momento mais feliz na minha carreira foi a participação como árbitro na Festa de Basquetebol 2010 em Portimão. Sinceramente, não tenho nenhum momento infeliz de carácter relevante.

Para ti onde está o potencial de um árbitro?
O potencial de um árbitro está na capacidade de este contribuir, para um jogo mais limpo, com menos paragens, para um jogo mais espectacular, evoluído e técnico; na capacidade de prever o que vai acontecer e praticar uma boa comunicação verbal e gestual. Ter a humildade de assumir os erros, até porque, os intervenientes de um jogo desculpam mais a incompetência do que a prepotência.

Na tua opinião, qual é o nível do arbitragem portuguesa?
A arbitragem portuguesa está a surpreender! Cada vez mais é reconhecida a nível mundial, temos excelentes árbitros.

Os árbitros também "jogam" em equipa. Há algum colega com quem tenhas particular apreço em fazer dupla?
Sim, tenho particular apreço em fazer jogos com o árbitro Jorge Marques também da Associação de Basquetebol de Aveiro, é digamos que, o meu “professor”.

Quais são os teus ídolos portugueses?
Fernando Rocha e Luís Lopes.

Tens alguma referência a nível da arbitragem estrangeira?
Sem dúvida que o melhor árbitro é o Luigi Lamonica.

O que é que pensas do site Planeta Basket?
É optimo para divulgar esta grande modalidade. Está muito bem estruturado e apresentado, os meus parabéns!

O que pode ser melhorado na página dos árbitros?
Uma secção para vídeos.

 

Comentários 

 
+2 #5 André Henriques 24-04-2011 05:20
Gostei imenso das palavras, e tenho a certeza que me vão ajudar daqui para a frente.
E com experiência própria é um gosto enorme de arbitrar contigo.
Parabéns Pedro.
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+7 #4 Monica 15-10-2010 20:42
parabéns por esta entrevista, mais uma vez surpreendeste-me pela positiva, continua a seres quem és.
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+9 #3 Sofia 21-08-2010 19:22
É para mim um dos melhores árbitros. Força Pedro!
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+13 #2 Afonso Cruz 11-07-2010 13:35
Força ai Melro!
Ainda vais chegar longe nesta função que tanta importâcia tem num jogo de basquetebol.
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+12 #1 Anti-desportiva 11-07-2010 11:11
É bom saber que árbitros promissores como este são reconhecidos desta maneira. O futuro da arbitragem nacional está, claramente, na camada jovem e o Pedro Melro tem, sem dúvida, um grande potencial.
Grande entrevista, parabéns Pedro.
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