Apesar da crise o minibásquete tem condições para crescer. Ao fim de 10 anos a colaborar com o Comité Nacional de Minibásquete, Sérgio Rosmaninho é um técnico conhecido por milhares de praticantes com quem durante este largo período de tempo já interagiu.

Figura sobejamente conhecida no universo do minibásquete em Portugal, Sérgio Rosmaninho é a aposta da Federação para reforçar o Comité Nacional de Minibásquete. Nova época, a mesma vontade de sempre de fazer evoluir a nossa modalidade, levou à constituição de uma nova equipa de trabalho do CNMB que a partir de hoje iremos apresentar. Vamos ouvir o que o Sérgio Rosmaninho pensa e tem para nos dizer.

Para nos situarmos no contexto desta entrevista faz-nos um breve curriculum da tua ligação ao minibásquete e ao CNMB?
A minha ligação ao CNMB começou no 1º Jamboree de Minibasquete em que fui convidado pela A.B.Alentejo para ser monitor. Depois dessa actividade participei em quase todas as actividades do CNMB das quais destaco a participação em todos os Jamborees Nacionais à excepção do 14º que decorreu em Olhão. Uns na qualidade de monitor e outros na qualidade de responsável técnico e no último já na qualidade de director do jamboree. Também participei como monitor do 17º Jamboree Europeu de minibásquete organizado na Madeira em 2002 e em vários Memoriais Prof. Mário Lemos e outros eventos, como por exemplo actividades de divulgação. organizadas por ocasião do Dia Mundial da Criança.

Na tua larga experiência de colaborar com o CNMB e na organização de eventos para o minibásquete no Alentejo quais foram aqueles que mais te marcaram e em que mais aprendeste?
Sem dúvida que o 1º jamboree me marcou muito, principalmente pela filosofia que me foi dada a conhecer e com a qual me identifiquei de imediato.

Quais vão ser fundamentalmente as tuas funções no CNMB?
Apesar de não se esgotarem nestas tarefas, o meu trabalho fundamental passa por idealizar, programar e realizar as actividades mais longas do plano de actividades da FPB/CNMB, como sejam o Jamborees, o Memorial Mário Lemos e a interacção do minibásquete na Festa do Basquetebol em Portimão.

Com uma experiência de dez anos ligado ao minibásquete na tua opinião o que é que se pode fazer para melhorar a dinâmica do movimento do minibásquete?
O CNMB tem feito um esforço grande numa das apostas que me parece essencial, que é reconhecer quem trabalha com qualidade neste universo. Na minha opinião é importante uma mudança de mentalidade dos dirigentes que devem ter uma compreensão mais profunda sobre o papel e a importância deste escalão no desenvolvimento do basquetebol.

Como falamos na nova equipa do CNMB. Podes satisfazer a curiosidade dos leitores do Planetabasket e dizer-nos quem são os elementos da nova equipa e quais as suas funções?
A semana passada à excepção da Ana Maria Freire, que já está no CNMB há muitos anos, estivemos todos reunidos durante um fim de semana e a proposta que apresentamos à FPB é de uma equipa coesa que se foi conhecendo nos jamborees e que é constituída pelos seguintes elementos:

Presidente do CNMB: Mário Batista
Vice Presidente do CNMB: Ana Maria Freire
Director Técnico: San Payo Araújo
Director Técnico adjunto: Sérgio Rosmaninho
Comunicação e imagem: Ana Pinto e Andreia Carriço

Qual a importância da divulgação do que se passa no universo do minibasket num site como o Planeta Basket?
A internet é de facto o meio de divulgação de informação favorito dos jovens, que pouco hábito têm de ler jornais, por isso o Planeta Basket vai ao encontro desta nova geração. Aliando a esta visão uma grande capacidade na selecção nos artigos e conteúdos que apresenta, este site reúne condições para ser um espaço privilegiado de divulgação e promoção do minibásquete e das suas actividades.

Em termos do desenvolvimento do minibásquete, terminamos como habitualmente, que pergunta é gostarias que te fizessem e que resposta darias?
Gostaria que me perguntassem se no panorama actual, de crise, económica social e desportiva em que vivemos o minibásquete tem condições de crescer. A minha resposta é obviamente positiva, caso contrário não faria sentido aceitar o convite da FPB para assumir responsabilidades neste crescimento. Apesar de todas as crises que enfrentamos, o sucesso e o insucesso distingue-se não pelos projectos ou pelas vontades, mas sim pela capacidade e empenho das pessoas. A minha confiança nas pessoas que trabalham em Portugal no minibásquete é hoje tão grande, como era há alguns anos atrás.