A nova equipa do CNMB conta com alguém que já muito deu ao basquetebol em geral e nos últimos dez anos ao minibásquete em particular.
Estamos a falar de alguém que discretamente, mas com enorme aceitação entre os monitores dos jamborees, tem sido decisiva no enquadramento dos jamborees e no desenvolvimento do minibásquete. Estamos a falar da dirigente, que há mais anos acompanha o minibásquete, estamos a falar de alguém no mundo dos monitores é carinhosamente tratada pela Tia Ana, estamos a falar da Vice-Presidente do CNMB Ana Maria Freire.
Antes de falarmos de minibásquete queres nos contar como nasceu a tua ligação ao basquetebol e qual foi o teu percurso até entrares no universo o minibásquete?
Sem falar em datas, já foi há muito tempo. Tenho uma irmã que foi a 1ª mulher árbitro em Portugal. Lá em casa o basquete era uma realidade. Entrei para a modalidade, como oficial de mesa, no ano em que arrancou a LCB, em Portugal. Estive alguns anos como oficial de mesa na ABL e LCB. Depois, cruzo-me em 1999 com o San Payo Araújo na ABL. Nesse ano trabalhámos muito próximo pois, trabalhando com 200 voluntários fizemos o Campeonato Mundial de Juniores. Foi sem dúvida uma experiência inesquecível. Depois disso, a convite do San Payo faço parte do Comitée Nacional Minibásquete da FPB, onde é muito gratificante colaborar/estar.
O que é que te seduziu no universo do minibásquete e o que é que te prende à tantos anos a esta actividade?
Como Vice Presidente do CNMB a minha vertente é diferente. Eu estou na retaguarda e por isso responde que, o que me prende em primeiro lugar são as crianças e sempre as crianças. O que eu aprendo com elas! Em segundo lugar os voluntários que trabalham no minibásquete. Desde o primeiro dia, temos tido voluntários (de norte a sul e ilhas), pessoas que connosco têm estado de forma dedicada empenhada. Deixam de ter as suas férias e guardam-nas para vestir a camisola do Rato Queru, a troco de “tudo” e de “nada”. Tiro-lhes, aqui, publicamente, o meu boné (risos), e envio-lhes a todos (as) o meu ENORME OBRIGADA.
Na tua perspectiva o que é que falta para um maior desenvolvimento do minibásquete?
Essa é uma boa pergunta, mas falta talvez mais empenho e sensibilidade na procura de patrocínios que ajudem a sustentar a dinâmica do minibásquete. Temos , felizmente muita gente cheia de vontade de participar/trabalhar voluntária e benevolamente. Temos encontrado de Norte a Sul e Ilhas imensa gente fantástica que se entrega a 100%. Temos funcionários de Câmaras Municipais, de pavilhões gimnodesportivos e de escolas, que ao verem o nosso trabalho nos apoiam. Mas íamos muito mais longe se tivéssemos 2 ou 3 patrocínios (quando se pede, pede-se grande, dizem) (risos). Outro aspecto é que os Açores e a Madeira, como gente tão boa e cheia de vontade, podiam estar tão mais perto, veja-se os excelentes resultados conseguidos na formação, há uns anos atrás, quando participava mais nas actividades nacionais do minibásquete. Neste trajecto claro que não podemos esquecer o QUERU, que dentro das suas possibilidades, tem sido incansável. Desde o primeiro dia ao nosso lado, mas precisamos de mais. Fica o repto. Estamos receptivos aos que perceberam a nossa dinâmica nos quiserem apoiar, pois estamos certos que também retirarão daí benefícios.
Falando de apoios, sabemos que vivemos tempos difíceis, mas não consideras que uma actividade que envolve mais de 40% dos praticantes da modalidade, para cima de 9.000 minis e as suas famílias, pois nestas idades as crianças ainda estão muito dependentes dos pais, e que gera actividades em dezenas de fins-de-semana em todos os distritos e muitos pontos do país, não devia ser olhada de outra maneira na procura de patrocínios?
A minha tarefa é sensibilizar quem decide para a importância destes apoios, mas Já agora aproveito, aqui, para dizer que também temos tido muitos pais empenhados e atentos ao nosso trabalho. O minibásquete é um universo de muita miudagem e muita gente crescida, pelo que aproveito para lançar um apelo: Será que os pais, que por esse país fora que conhecem o nosso trabalho, a nossa forma de estar e filosofia nos podem tentar ajudar nos tais patrocínios que nos faltam? Mais do que dinheiro estamos interessados em grandes quantidade de materiais, como bolas, t´shirts, coletes, etc que nos possibilitem passar a nossa mensagem/imagem.
O CNMB tem uma filosofia e uma mensagem clara em que o fundamental é o desenvolvimento da criança. Qual a tua opinião sobre esta perspectiva de abordagem desta actividade?
Realmente esse é um dos nossos pontos fortes. É que para nós, o minibasquete não é só pegar na bola, correr com ela e meter cestos. Ser criativo, aprender músicas, criar uma atmosfera positiva e criar actividades de interacção social é muito importante para os agentes do minibásquete. Os valores, as regras, a formação moral, cívica e emocional são a base da nossa forma de estar. Como vem no decálogo do minibásquete: Antes de apreenderes a dominar a bola tens de saber dominar-te a ti próprio.
Como encaras o futuro do minibásquete em Portugal?
Penso muito nisso. Temo que, por cansaço e falta de compreensão da importância deste movimento o minibáquete esmoreça. Temos que fazer tudo para que isso não aconteça.
Ao fim de 10 anos em muitas selecções nacionais e nas equipas de 1ª linha, temos hoje muitos jogadores que passaram por nós, e que certamente se lembram das vivências do minibásquete, nomeadamente dos jamborees.
Qual a tua opinião sobre a forma como o Planeta Basket divulga o minibásquete?
Têm sido fantásticos, incasáveis e pacientes.
Para terminar que pergunta é gostaria que lhe fizessem e que resposta daria?
O que faria para não deixar “cair” o Minibásquete? TUDO INCOMODAR /MASSACRAR todos os agentes ligados ao basquetebol para que isso nunca aconteça. O minibásquete mais que importante é decisivo no crescimento e desenvolvimento da modalidade. CONTAMOS COM TODOS! Até Sempre!
Comentários
Beijo e já sabes, comigo podes contar sempre.
Felicidades!! e que o reencontro da família do jamboree seja para breve =D
Obrigada por todos os vossos comentários e no que depende de mim continuaremos a INCOMODAR /MASSACRAR para que o mini não acabe.
Até breve
"Tia ANA"
Parabéns pela entrevista fantástica, e muitissimo obrigada pelos "valores, as regras, a formação moral, cívica e emocional " que transmitiu ás minhas filhas, e a mim também.
Um grande Beijinho e um xi
Qual "Grande Entrevista" da RTP... eh eh eh... Fantástica, como sempre!
Já vão uns anitos... bons momentos partilhados, histórias que ficam e que recordadas trazem nostálgicos sorrisos... MUITO BOM!!! Que saudades! (",)
Beijo enorme Tia!!! Continue fazendo sorrir o mundo! (",)
Poderia dizer mil coisas mas como diz o anúncio não seria a mesma coisa...
A Titi só vivendo e convivendo com ela num destes eventos mágicos se pode dar o real valor...
Como em tempos recebi um smile assinado...
JUIZO!!!! Gosto de si Titi
Beijinho
Grosas