Emoção, equilíbrio, espectacularidade e surpresas foram alguns dos condimentos da 1ª fase de grupos da Divisão B do Campeonato da Europa de Sub-18 Masculinos que terminou 3ª feira.

Se acrescentarmos que das vinte selecções presentes apenas duas (Irlanda e Noruega) não venceram, dá para perceber um pouco daquilo que tem sido esta competição: imprevisível!

O grupo C, o de Portugal, foi completamente dominado pela Polónia que é neste campeonato a única equipa que conta só por vitórias todos os jogos disputados. Aos já conhecidos Pamula, Mokros e Wojciechowski juntou-se o base atirador Szymanski que tem feito miséria às defesas contrárias. Em 2º lugar do grupo e assegurando a possibilidade de lutar pelos lugar cimeiros ficou Portugal. Numa prestação algo irregular, os portugueses beneficiaram do “estouro” da Inglaterra e da sua referência até então, o surpreendente extremo Neighbour que nos últimos dois jogos que perdeu com as equipas mais frágeis deste agrupamento: Bielorrússia e Roménia, quedando-se assim pelo último lugar. Por Portugal, o poste André Pereira tem sido o elemento mais regular ajudado pelo melhor marcador nacional João Soares e pontualmente por Diogo Correia e Filipe Pinheiro que confirma assim o seu bom momento.

O grupo A foi ganho pela Rep. Checa que se confirma assim como uma das candidatas ao título. Os checos com uma equipa bastante sólida têm no seu extremo/poste Jan Vesely (melhor marcador do campeonato para já) e no magnífico base Tomás Saturansky (líder destacado em assistências por jogo) os expoentes máximos do seu forte colectivo. A Áustria é a outra equipa que consegue o apuramento surpreendendo assim a forte selecção de Montenegro. Os austríacos confirmam assim a boa evolução do basquetebol do seu país, tendo valores seguros para o seu futuro como o “all-around “ Lanegger ou os jogadores interiores Schranz e Mahalbasic.

No grupo B o destaque vai para a eliminação da Bósnia mesmo depois de vulgarizarem a super-favorita Eslovénia. Os eslovenos que tinham deixado claro o seu favoritismo nos três primeiros jogos onde “destruíram” por completo os seus adversários, foram derrotados por uma diferença de 24 pontos frente aos bósnios mas que não os tirou de 1º lugar do agrupamento. Com um plantel equilibrado de onde se destacam os postes Vranjkovic e Dimec, o duríssimo Muric e o magnífico atirador Sarajlija, os eslovenos são ainda os principais candidatos à vitória final. A surpresa neste grupo chama-se Suécia. Os escadinavos conseguiram um apuramento justo numa equipa que tem na defesa a sua grande arma. Sendo uma equipa que tem no colectivo a sua arma mais forte, tem no poste Omar Zaghden como o seu elemento mais importante.

Por fim, o grupo D que foi ganho pela Eslováquia. A equipa eslovaca no inicio da prova não era tida do que mais do que um “outsider” mas os jogos provaram que esta equipa pode atingir um patamar mais elevado. Com a melhor dupla exterior da prova até ao momento, Marchyn e o espectacular Grznár, venceram um dos grupos mais equilibrados perdendo apenas com uma das decepções da prova: a Geórgia. Em 2º lugar ficou a Dinamarca que mesmo empatados com os vizinhos finlandeses e com a Geórgia, conseguiu vencer ambos e assim qualificar-se neste desempate a três. A ligação interior-exterior formada pelo líder e poste da equipa Mads Frandsen e o base Nicolas Christensen tem criado para já algumas dificuldades que os seus adversários não esperavam.

Na próxima fase os qualificados do grupo A e B juntam-se no designado grupo E e as equipas apuradas nos grupos C e D juntam-se no grupo F, numa fase classificatória em que os resultados da fase anterior já estão contabilizados.

Assim, no grupo E temos Rep. Checa, Áustria, Eslovénia e Suécia em que checos e eslovenos são os favoritos para passar às meias-finais, e no grupo F juntam-se Polónia, Portugal, Eslováquia e Dinamarca disputando assim os dois primeiros lugares em encontros que se avizinham equilibrados e emocionantes.

Será que Portugal ainda tem uma palavra a dizer? Esperemos que sim…

Pedro Oliveira