ENTRETENIMENTO 
A Federação Portuguesa de Basquetebol anunciou alterações no regulamento de inscrição de atletas estrangeiros.
Segundo o comunicado 206, datado de 18 de Março de 2011, a FPB aprovou alterações quanto à elegibilidade de jogadores não portugueses. Assim, no artigo 184 do Regulamento de Provas, passam a ser considerados jogadores nacionais, “aqueles que tenham a nacionalidade de um país da União Europeia ou de países com os quais o Estado Português ou a União Europeia tenham acordo de cooperação ou reciprocidade.”
Com esta alteração, ficam abertas as portas para que jogadores comunitários possam ser inscritos nas várias provas nacionais, facto que vinha a ser reclamado por diversos clubes (veja-se o caso da atleta espanhola Beatriz Gonzalez, residente em Portugal e impedida de jogar no Carnide Clube desde 2008:).
Para além do mais, o anterior regulamento entrava em conflito com as leis da União Europeia, sendo que a mesma vinha procedendo ao envio de avisos para as Federações que mantêm limitações para atletas comunitários, facto que tem originado muita discussão no país vizinho.
Restará agora saber quais as consequências, a nível competitivo, da alteração do regulamento, ainda que seja pouco expectável assistir a grandes alterações até ao final da presente temporada. No entanto, no momento de começar a construir plantéis para a nova época, voltará a ganhar importância deter um profundo conhecimento de jogadores europeus que possam vir a jogar em Portugal.
Comentários
compreenderá que lhe respondi do ponto de vista legal. não estava, com a minha resposta ao seu comentário, a avaliar a moralidade da anterior legislação.
quanto a isso, remeto-o uma vez mais para o artigo que escrevi sobre a Beatriz González. Em anos, a única vez que alguém fez alguma coisa para denunciar a situação que se vivia.
Julgo que agora é tempo de olhar para o futuro. Pensar, dentro da modalidade, o que é possível fazer para continuar a valorizar o basquetebol em Portugal. Esquecer, também, o climazinho de guerra inútil que só tem prejudicado este desporto.
O passo legal está dado. chegou a vez de cada um de nós pensar no que pode fazer para dar visibilidade positiva ao que se faz por cá.
Muito obrigado pelos esclarecimentos .
A minha sugestão é que sejam punidos os responsáveis xenófobos e compensados os clubes e todos atletas que foram alvo desta discriminação ilegal.
E será que um clube que tenha cidadãos europeus não portugueses a treinar achará o mesmo dessa "verdade desportiva" que outro só com atletas portugueses a treinar?
Houve um tempo em que só quem tivesse a pele branca podia jogar basquetebol num determinado campeonato. As condições aí também eram iguais para todos. É sua opinião que a verdade desportiva era também intocável nesses tempos?
tentando esclarecer, como posso, às suas dúvidas. Os campeonatos não podem ser alvo de impugnação porque a verdade desportiva nunca esteve em causa: as condições de participação sempre foram iguais para todos os clubes. O que estava ilegal era o direito comunitário e, nessa linha, poderia ter havido queixas de cidadãos europeus que se viram impossibilitado s de jogar.
Quanto à questão das incompatibilida des, não só na alínea c) como nas outras duas do mesmo artigo poderá haver casos para aprofundar. Alguma sugestão?
a) qual a tomada de posição dos titulares de orgãos federativos, à luz da alínea "c" do artigo 16.º dos Estatutos da FPB?
b) se agora está legal, então estava ilegal; quais as consequências para os últimos anos de falta de verdade desportiva e de cumprimento da lei? Poderão os diversos campeonatos vir a ser alvo de impugnação?
Obrigado pelos esclarecimentos .