ENTRETENIMENTO 
O site Planeta Basket vai lançar aos nossos leitores um novo tema para discussão incidindo agora no desenvolvimento do Basquetebol feminino.
Depois de termos lançado a discussão sobre os jovens rapazes e o desenvolvimento basquetebol masculino, decidimos lançar a discussão focada agora no sexo feminino. “O que falta” afinal ao basquetebol feminino português, para subir o seu Nível e permitir à Selecção Nacional sair da Divisão “B”.
E reparem que algumas das críticas e desculpas que serviram para o sector masculino, perdem aqui o seu valor.
Em primeiro lugar, o peso do desporto-rei em Portugal. Ao contrário do que se passa no sector masculino, em que muitos dos possíveis talentos do basquetebol são atraídos para o futebol, no feminino tal não se verifica.
Outro dos condicionantes apontados para o desenvolvimento do sector masculino é a falta de competição dos jovens com 16 e 17 anos. No feminino, são várias as jovens desta idade que integram plantéis da liga feminina. E, mais importante ainda, algumas delas jogam vários minutos.
Alem destes factores, temos tido nos últimos anos, 3 ou 4 equipas a participar sistematicamente, nas provas europeias de clubes. Também as selecções jovens têm vindo a ter bons desempenhos nos campeonatos europeus da divisão B.
E por fim, temos no basquetebol feminino uma figura forte, carismática e de referência, Ticha Penicheiro. Uma atleta de eleição, que foi capaz de singrar entre as melhores atletas do mundo e de levar a bandeira de Portugal a todo o lado.
Então porque não está a nossa selecção mais à frente no ranking europeu? E porque compete apenas na divisão B?
O que estamos a propor é uma discussão séria e profunda. Não pretendemos, de forma alguma, ofender, criticar ou atacar o trabalho de pessoas ou de instituições. Participem, digam o que pensam e ajudem-nos a encontrar algumas das soluções que permitam às nossas raparigas encontrar o caminho para atingir o Seu lugar na Europa.
Para a discussão ser mais enriquecida, entrevistamos algumas figuras que estão por dentro dos problemas do sector.
Vamos começar com Agostinho Pinto do CPN, uma das escolas com mais títulos ao nível da formação. Viajamos depois até à Madeira, um autêntico paraíso do basquetebol feminino em Portugal, para falar com a treinadora Luísa Montes. Em seguida, fomos falar com o responsável da FPB para o basquetebol feminino, José Tolentino. E por fim fomos ouvir o treinador da Quinta dos Lombos, José Leite e o coordenador e treinador nacional Ricardo Vasconcelos.
Mais uma vez, chegamos ao essencial, para vos envolver!
Comentários
acho que na maioria dos clubes que têm feminino e masculino, o feminino tem sempre menos condições de treino, menos condições de trabalho, piores horários para treinar. é um assunto na maioria dos clubes "tabu", mas na generalidade o masculino é sempre prioridade.
em relação á nossa selecção senior feminina, a resposta do Agostinho diz quase tudo, nunca tivemos as melhores jogadoras ao serviço da selecção em simultâneo, podemos acrescentar a diferenças de condições do masculino para o feminino e inevitavelmente o que podem pagar ás nossas atletas femininas para deixarem os trabalhos,a família e prescindir das férias para estar ao serviço da selecção. será que são recompensadas da mesma forma que os atletas masculinos?
ainda bem que estamos a falar sobre o feminino e espero que com todas estas opiniões façam que o basket feminino continue a ser falado e discutido.
eu concordo totalmente com o Agostinho e acho que as mulheres em termos desportivos são relegadas para um 2ºplano, por uma questão cultural, pela sociedade em que vivemos e por uma visão completamente redutora no que diz respeito ás mulheres praticarem desporto.