Entrevista com Ricardo
 
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Entrevista com Ricardo

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altRicardo Ferreira já é uma referência nos Campos MVP.

Conhecendo o projecto como ninguém devido ao facto de ser apenas uma de duas pessoas que passou pelos campos como atleta (2008 e 2009) e como parte do staff (2010).

Neste sentido, colocamos 10 perguntas sobre os mais diversos aspectos dos Campos MVP, de modo a sabermos o que pensa.


Como tomaste conhecimento dos Campos MVP?
Tomei conhecimento do Campos MVP através de um poster colocado no meu clube e posteriormente visitei o site e informei-me melhor sobre condições, funcionamento e objectivos.

Quando participaste em 2008, nos Campos MVP em Esposende, quais eram as tuas expectativas antes de participares?    
Visto que seria o meu primeiro campos de férias de basquetebol não sabia bem o que esperar mas tinha uma grande expectativa visto que o Campos oferecia um programa muito bom. Treinar 6h por dia, alimentação equilibrada, trabalho com vários treinadores com grande experiencia nacional e internacional, fisioterapeuta sempre presente durante todo o dia, todo o equipamento necessário para a prática do basquetebol, entre outras coisas, fazia com que as minhas expectativas fossem as melhores.

Durante a tua participação em Esposende, quais foram os factores que mais agradaram-te neste campo?      
No Campos em Esposende agradou-me muito o facto de, sempre que entravamos em campo deixava-mos tudo lá dentro, fosse um treino fosse um concurso, e isso era uma característica que envolvia treinadores e atletas. Em qualquer situação privilegiava-se uma atitude de trabalho.

Todas as tardes tínhamos concursos e isso agradou-me bastante porque podíamos por em prática tudo o que tínhamos aprendido até aquele dia no campos mas numa situação de jogo.

Naquele Campos criaram-se duas equipas que se defrontaram nos dois fins-de-semana em que decorreu o Campos e isso motivou uma grande competitividade, levando cada jogador a superar-se a cada treino, o que implicitamente nos ajudava na nossa evolução.

Apesar da enorme competitividade, o ambiente entre todos era de grande união, tendo-se fomentado grandes amizades que ainda hoje perduram e acredito, irão continuar por muitos anos.

Em 2009, repetiste a experiência, quais foram as grandes diferenças de um ano para o outro?       
Na minha opinião, a vinda de mais dois treinadores veio ajudar muito, pois deste modo cada atleta estava sempre a ser observado e corrigido e assim mais facilmente os exercícios eram feitos por todos os atletas da forma mais correcta possível, o que levava a uma maior evolução de cada um.

A presença de um treinador americano, o Lionel Billingy foi uma mais-valia, pois, sem querer menosprezar os treinadores portugueses, a realidade do basquetebol vivida nos Estados Unidos é bastante diferente da vivida em Portugal e assim aquele treinador deu-nos uma ideia de como se trabalha nos EUA.

Neste Campos, no fim de cada treino passamos a fazer “estações de lançamento”. Achei isto bastante importante, pois deste modo pudemos realizar bastantes lançamentos diários, algo que a maioria dos atletas não consegue fazer nos seus clubes, com idêntica dimensão. Desta forma pudemos observar a evolução do lançamento ao longo das duas semanas com as percentagens a melhorarem muito positivamente.

Naquele ano também tivemos mais uma ou outra actividade fora do campo como foi o caso do golfe, da canoagem, o que permitiu descontrair da intensidade dos treinos e deu para experimentar desportos novos como foi o caso do golfe.

O Campos evoluiu muito também em pequenos pormenores, como por exemplo, a distribuição de uma pequena refeição ao gosto do atleta, uma hora antes de deitar o que ajudou a “recarregar energias” para o dia seguinte, assim como algumas alterações na quantidade e tipo de equipamentos, o que ajudou muito na sua organização.

Depois de 2 anos como atleta, a participação no Campos MVP melhoraram o teu jogo em que aspectos?      
Após a participação no Campos nestes 2 anos como atleta, o meu jogo melhorou muito em todos os aspectos, na minha opinião. Mas se tivesse que enumerar 3 deles, seriam o drible, visto que jogo na posição de base é bastante importante, o lançamento, também igualmente importante, e a defesa, todos estes aspectos bastante relevantes e muito trabalhados em ambos os Campos.

Em 2010, foste convidado pela organização para pertenceres ao staff, como recebeste esse convite?       
Com grande pena minha, neste ano não me foi possível inscrever no Campos em tempo útil suficiente, devido à minha situação académica, mas o convite da organização para fazer parte do staff do campos, veio atenuar este meu lamento.

O convite teve um grande significado para mim, pois é bom sentir que a organização percebeu o envolvimento que já tenho com este projecto e aquilo que sinto por ele. Fazer parte deste projecto, seja em que circunstância seja, é sempre uma satisfação e orgulho. Se por um lado, sinto que posso ajudar, pois estarei muito próximo dos atletas, tentado acompanhá-los nas suas experiências, necessidades ou problemas, por outro, como no futuro gostaria de tirar o curso de treinador, estar presente e aprender com treinadores de tanta qualidade, portugueses e americanos, é algo que me ajuda, pois posso aprender muito com todos eles.

Estando do outro lado, agora como organização, quais são as mais valias que apontas para um atleta jovem, em participar neste tipo de evento?
Um atleta que participe no Campos vai ter a oportunidade de trabalhar com alguns dos melhores treinadores a nível nacional e também poder trabalhar com treinadores americanos sendo eles convidados especiais ou treinadores para as 2 semanas.

Cada atleta irá estar a fazer uma “pré pré-época”, em ambiente bastante salutar mas responsável, visto que o Campos é realizado nas duas semanas anteriores ao normal inicio de época dos clubes, proporcionando-lhes uma preparação física e técnica bastante avançada.

Para além dos aspectos relacionados com o treino e com o jogo, existem ainda algumas tarefas que implicam e trabalham a organização pessoal de cada atleta, pois cada um terá de gerir muito bem todo o seu equipamento, lavando-o e secando-o em tempo e condições para o ter pronto para os treinos. Para a maioria dos jovens esta é uma preocupação que em suas casas não têm, e portanto, estarão a ganhar alguma independência e de alguma forma, a crescer um pouco.

No que se refere aos aspectos mais relacionados com o treino, cada atleta sairá do Campos com 1000 lançamentos de campo e 400 lances livres efectuados, e com a sua estatística registada, tratando-se de um excelente documento com evidência da evolução de cada um. Trata-se de mais um aspecto distintivo do Campos, pois mesmo em muitos clubes não existe esta prática de acompanhar a evolução do atleta.

Um outro aspecto bastante importante com que os atletas irão ser confrontados, é com a iniciativa MVP solidário, pois esta permite uma interacção entre o desporto e a sociedade, nomeadamente com crianças carenciadas. Trata-se de uma experiência bastante enriquecedora para todos, incutindo nos atletas valores que os dignificam também como pessoas.

2010 foi considerado, na opinião de pais e atletas no qual já entrevistamos, como a melhor edição até hoje dos Campos MVP. Qual a tua opinião e porquê?
Na minha opinião todos os Campos realizados até agora foram muito bons, como é natural e sendo este um projecto muito recente há sempre coisas a melhorar, o que se vai conseguindo de ano para ano.

No Campos 2009 melhorou-se tudo o que se achava que se tinha que melhorar em relação ao campos 2008 e em 2010 melhorou-se face ao Campos 2009, deste modo posso considerar-se que este campos foi melhor que os anteriores no sentido em que se está a aproximar de um campos à imagem do que se queria quando se criou este projecto. Obviamente tal só é possível com a determinação dos organizadores e com o seu compromisso com essa melhoria.

No ponto de vista dos pais, porque razão é que pensas que eles devem apostar neste projecto?      
Tratando-se de uma forma diferente de ver os seus filhos passarem alguns dias, num ambiente diferente, fazendo algo que todos gostarão bastante, é com certeza uma oportunidade que entenderão como benéfica para o crescimento dos seus filhos.

Neste sentido, é importante que os pais tenham total confiança, nas pessoas, na estrutura e na organização do Campos, o que em meu entender pode acontecer perfeitamente pois, baseado na minha experiência de 3 Campos (2 como atleta e 1 como staff), nas duas semanas em que estiverem no Campos, eles estarão sempre seguros e a treinar com treinadores muito experientes e sempre supervisionados por fisioterapeutas que estarão sempre presentes durante todo o Campos.

Um aspecto essencial, ao qual a organização do Campos dá imensa importância e é indiciador da atitude e responsabilidade existentes, é o facto de os pais, sempre que quiserem, poderem visitar os seus filhos, almoçando com eles ou indo vendo os seus treinos.

Resumidamente, os atletas irão estar a divertir-se e sempre estarão bem entregues.

Finalmente, um comentário final a todo este projecto, sendo tu uma das poucas pessoas que esteve desde o inicio, primeiro como jogador e agora como staff.
Em 2008 tivemos 2 treinadores e 1 fisioterapeuta a fazerem um grande trabalho e a proporcionarem duas semanas de basquetebol bastante intensas e onde se evoluiu muito. Em 2009 o número de treinadores aumentou, passando para 4, sendo que um deles era americano. Em 2010 o Campos passou a ter 5 treinadores e 2 fisioterapeutas, e criou-se o MVP Solidário. Isto diz algo acerca da evolução positiva do projecto, mas mais relevante é o facto de os atletas concluírem a sua participação sempre com grande satisfação, alegria e novas amizades ou antigas fortalecidas. Diria para finalizar que, para mim, pertencer à família MVP é crescer como jogador e como pessoa.

 

 


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