A viagem é curta, mas a mudança pode significar muito. Mafalda Santos deixou a APD Sintra e rumou à equipa do GDD Alcoitão.
O pouco tempo de jogo nos campeões nacionais foi determinante na decisão da atleta, assim como a admiração, que deixa bem expressa, pelo treinador de Alcoitão, Pedro Costa. “É um treinador de quem eu gosto muito e que me motiva para ser mais e melhor, até para não desistir do basquete, como já pensei em fazê-lo.”
A sintonia dentro e fora de campo com o internacional português Hugo Maia, jogador de Alcoitão e também ex-Sintra, foi outro factor que pesou nesta transferência, que pelas suas palavras se depreende não ter nascido de uma atitude repentina. “Talvez me tenha dado o «empurrão» que precisava para mudar de equipa.”
Nesta nova etapa da carreira, a jovem jogadora parte com o astral em alta e deseja ver a actual equipa, que alcançou as meias finais do play-off na época passada, projectar o seu jogo para outro patamar, como atesta o discurso confiante. “Não sairia de Sintra não acreditando que Alcoitão não seria capaz de chegar mais alto. Espero que de alguma maneira Alcoitão fique a ganhar com a minha chegada”, afirma.
A nível pessoal, Mafalda manifesta a vontade de “voltar a crescer como jogadora”, algo que, em função dos minutos de competição cada vez mais escassos, não aconteceu nos últimos tempos. “Quero amar o basquete como já amei”, rematou.
Questionada sobre a postura que as equipas devem adoptar face à difícil conjuntura económica, a atleta de 23 anos apela ao dinamismo dos dirigentes, nem que para isso seja necessário “entupir as empresas de pedidos de patrocínios”, ou não estivesse em causa a saúde do basquetebol em cadeira de rodas nacional.