O título da crónica da jornada 4 da Zona Sul do CNB1 “A duas velocidades?” levantava a hipótese de a competição se vir a desenrolar esta época num quadro de dois grupos de equipas com níveis competitivos diferentes.
Após 9 jornadas a hegemonia de Benfica, Imortal, Academia e Atlético não parece poder ser posta em causa pelos outros concorrentes, a menos que mudanças na estrutura de alguma(s) equipa(s) possam alterar este estado de coisas. E não é só a classificação, onde estes 4 mosqueteiros ocupam destacados os 4 primeiros lugares, que alicerça esta conclusão. Nos 27 encontros em que uma destas 4 equipas defrontou uma das outras, só uma vez o favorito saiu derrotado. Foi o caso do Atlético, que foi perder ao Seixal na 6ª jornada. Por outro lado o equilíbrio dentro deste grupo está patente no facto de nos 4 encontros já realizados entre si, os visitados terem vencido sempre, e por diferenças inferiores a 10 pontos, com a única excepção do Academia-Atlético onde a equipa do Lumiar conseguiu 17 de vantagem. Claro que a competição seria mais interessante com maior nivelamento, e portanto maior equilíbrio entre os concorrentes, mas também é verdade que o nível médio subiu, à custa da melhoria que qualquer destes 4 evidencia face à época anterior.
Os resultados da jornada 9 mantiveram a lógica das jornadas anteriores, sem surpresas quanto aos vencedores, com as imprevisibilidades a manifestarem-se só nas diferenças pontuais. O Seixal voltou a vencer em casa, desta vez face ao Micaelense (64-56) e o Olhanense bateu por larga margem o recorde de pontuação do campeonato ao vencer o Estoril (97-80). O Benfica obteve a única vitória fora da jornada, levando de vencida o Basket Queluz (57-68). No Lumiar a Academia esteve à altura das expectativas e deixou o Montijo a 15 pontos de diferença (64-49).
Surpreendente foi o que aconteceu em Albufeira onde esteve para acontecer escândalo. O Tramagal, com apenas uma vitória até agora, marcou uns impensáveis 29 pontos no 1º período e deixou o invicto Imortal a correr atrás do prejuízo durante todo o encontro. Só no último minuto os algarvios passaram para a frente e conseguiram manter a invencibilidade (74-72). Apesar das dificuldades sentidas, o facto é que o Imortal continua sem conhecer a derrota dentro de campo.
Mais exuberante esteve o Atlético na vitória caseira sobre o Moscavide (82-57) num jogo que se pode qualificar de esquizofrénico. No 1º e no 3º períodos só existiu Atlético, com parciais demolidores (25-12) e (28-9). No 2º só existiu Moscavide (14-23), e no 4º, com o resultado decidido, não existiu nenhum dos dois (15-13). Ao contrário do que é habitual, os visitantes incorreram em mais turnover’s (30 contra 16) o que, a juntar à vantagem nos ressaltos ofensivos, deu aos alcantarenses 77 situações de lançamento contra apenas 59 da equipa da zona oriental. Juntando a este facto a melhor percentagem de lançamentos de campo e os 23 pontos conseguidos da linha de lance livre, estão encontradas as razões estatísticas para a supremacia do conjunto de Alcântara. Nos períodos em que se aplicou, o Atlético asfixiou completamente o ataque visitante, cujo único ponto positivo esteve na percentagem de triplos (36%).
Na parte superior da classificação, nada de novo aconteceu, com Benfica, Academia, Imortal e Atlético mais distantes de Montijo e Moscavide que partilham o 5º lugar. De registar a progressão do Seixal, que igualou o Micaelense no 7º lugar e do Ginásio Olhanense (9º), que tem agora 2 pontos de vantagem sobre os 3 últimos, Basket Queluz, Tramagal e Estoril.
Os encontros da 10ª jornada disputam-se todos no próximo sábado, destacando-se a visita do Benfica à Tapadinha.
Sábado, 17 de Dezembro
Estoril-Seixal às 16:30h no Pav Manique-Salesianos
Atlético-Benfica às 16:45h na Tapadinha
Tramagal-Academia às 17:00h no Pav. do Tramagal
Moscavide-Imortal às 18:00h no Pav. Moscavide
Montijo-Ginásio Olhanense às 18:15h no Pav. Mun. nº 1 do Montijo
Micaelense-Basket Queluz às 21:00h na EBI Canto da Maia
