Há jogadores no Atlético com idade para serem pais de qualquer dos jovens do Benfica, e estes mostraram o seu respeito pelos mais velhos ao estenderam a passadeira vermelha à experiente equipa de Alcântara.
A equipa da Luz possui jovens com enorme potencial atlético e grande margem de progressão, mas com a inexperiência normal na sua idade. Quando há coincidência com um jogo da Liga esta falta de experiência torna-se mais flagrante, e o Atlético soube tirar todo o partido possível do facto, para infligir aos benfiquistas uma pesada derrota.
“Não se dão saltos na frente do atacante” é uma frase milhares de vezes repetida por treinadores, mas os jovens encarnados não conseguem ainda controlar a sua impulsividade e tornaram-se presa fácil das fintas de lançamento dos atacantes da casa, sempre que a bola entrou em posições interiores. Esta situação, repetida ao longo de todo o encontro, permitiu ao Atlético cestos fáceis em posições próximas do cesto, de forma que a sua percentagem de lançamentos duplos se cifrou nuns excelentes 65%, que comparam com os 46% do Benfica. E foi este o indicador estatístico que ditou o desequilíbrio a favor dos alcantarenses, já que nos ressaltos, turnover’s e na baixíssima percentagem de triplos as equipas se equivaleram.
Não se registaram oscilações ao longo do encontro, com o Atlético a ganhar vantagem desde o 1º período, (22-12), diferença que se mantinha ao intervalo (37-27). Na 2ª parte mais 5 pontos de vantagem em cada quarto levaram o resultado para (56-41) no final do 3º período, e para (73-53) no fim do encontro. O confronto entre duas das equipas da frente da classificação confirmou a boa forma e a profundidade da equipa da casa, ao passo que os visitantes evidenciaram bem a diferença de argumentos entre as duas versões com que se têm apresentado esta época.
A classificação de encontro da jornada tem no entanto que ser atribuída não a este, mas antes ao Moscavide-Imortal em que, pela 2ª vez na prova, uma das 4 equipas da frente saiu derrotada frente a uma das restantes. Apesar de os visitantes terem conseguido limitar o lançamento exterior da equipa da casa, estes trabalharam pacientemente o ataque e descobriram soluções alternativas para atirar ao cesto o que, em conjunto com uma defesa férrea e um bom controlo das últimas posses de bola do jogo, lhes permitiu assegurar a vitória (61-59).
Dois pontos foi igualmente a diferença que bastou ao Seixal para ir vencer fora o Estoril (62-64). No Tramagal, a Academia fez jus à sua condição de favorito e bateu a equipa local (52-59), ao passo que o Montijo, na recepção ao Ginásio Olhanense controlou bem os atiradores visitantes e venceu (76-64). Finalmente, o Micaelense-Basket Queluz não se realizou por falta de comparência da equipa de Queluz.
De acordo com a pontuação, Academia, Atlético e Benfica ocupam o 1º lugar (8v/2d), mas o Imortal em 4º também conta com 2 derrotas, embora uma delas por falta de comparência. Montijo e Moscavide mantêm-se na 5ª posição (6v/4d) e Seixal e Micaelense na 7ª (5v/5d). Nos últimos 4 também nada se alterou. O Ginásio Olhanense é 9º (3v/6d/1fc), o Tramagal 10º (1v/9d) e Estoril e Basket Queluz partilham o último lugar (1v/8d/1fc).
O campeonato sofre agora uma interrupção de duas semanas. A 11ª e última jornada da 1ª volta disputa-se a 7 e 8 de Janeiro, com a expectativa centrada em Albufeira onde se defrontam duas das equipas da frente, Imortal e Atlético.
7 de Janeiro
Imortal-Atlético às 16:00 no Pav. Desp. Albufeira
Seixal-Montijo às 17:00 na Sede Seixal
Gin. Olhanense-Tramagal às 17:00 no Pav. Gin. Olhanense
Basket Queluz-Estoril às 21:00h no Pav. Henrique Miranda
8 de Janeiro
Benfica-Micaelense às 14:30h no Pav. Império Bonança
Academia-Moscavide às 15:30 na Esc. Sec. do Lumiar
