Nas primeiras 17 jornadas da Zona Sul do CNB1 só 2 jogos terminaram com diferença de 1 ponto. Pois na jornada 18 houve mais 2. Curioso é o facto de o Imortal ter participado em 3 dos 4 e ter vencido os 3.
O que não significa de forma nenhuma que a vitória do Imortal por 1 ponto em casa do Estoril (48-49) tenha alguma coisa de lisonjeiro. Antes pelo contrário, um candidato aos primeiros lugares sentir tamanha dificuldade diante de um dos últimos da classificação só confirma a irregularidade que os algarvios têm evidenciado ultimamente.
Diferente foi a vitória, também por 1 ponto, do Moscavide na visita ao Montijo. Na margem sul do Tejo defrontaram-se dois conjuntos em luta pela melhor posição possível na zona média da tabela e que partilham algumas características, como seja o facto de nem um nem outro disporem de jogadores com as características de peso e altura típicas das posições interiores, e ambos já terem demonstrado a capacidade de montar defesas eficazes. O encontro foi marcado por alternâncias de domínio. No 1º quarto foi o Moscavide que levou a melhor. A defesa hxh dos locais foi completamente ultrapassada pelas penetrações levadas até ao fim ou terminadas com assistências por parte dos visitantes, que ainda alternaram com alguns lançamentos de meia distância, para terminarem com uma vantagem surpreendente (7-23). No 2º período, com a mudança da defesa para zona por parte do Montijo, o jogo mudou. O Moscavide foi forçado a usar principalmente o lançamento exterior, na maior parte dos casos com oposição, e a percentagem de concretização baixou claramente. O final da 1ª parte terminou com os da casa a recuperar (23-34), tendência que se intensificou no 3º período, concluído com o resultado já equilibrado (36-38). Com apenas 15 pontos marcados em 2 períodos, valeu aos visitantes terem mantido a concentração na sua defesa hxh para não deixarem os da casa fugir no marcador. Tudo em aberto à entrada do último quarto, o mais equilibrado. A diferença nunca passou dos 3 pontos e a concretização alternada de cestos foi uma constante ao longo dos 10 minutos. Como é regra nestas situações a serenidade e concentração nos momentos finais decidem o resultado. Faltando 7 segundos para jogar o Montijo vencia por 1 ponto, e ainda houve tempo para duas posses de bola com reposições no meio campo atacante. Em 3 segundos o Moscavide concretizou 2 pontos, e nos 4 segundos restantes o Montijo falhou o seu lançamento deixando o resultado nos (56-57) finais.
O equilíbrio do marcador está reflectido nas percentagens de lançamento. O Montijo esteve um pouco melhor nos lançamentos de campo (44%-40%), com o Moscavide particularmente mal nos triplos (19%), ao passo que nos lances livres foram os da casa que falharam demasiado (40%-71%). No que diz respeito à luta pela posse da bola os visitantes levaram vantagem nos turnover, com apenas 8 perdas de bola contra as 14 do Montijo, o qual compensou parcialmente esta desvantagem com algum domínio nos ressaltos.
Como a Academia não compareceu ao encontro com o Micaelense, realizaram-se apenas mais 3 encontros, com a maior surpresa a vir dos 42 pontos de diferença na vitória fora do Seixal sobre o Basket Queluz (49-91). Sem surpresas o Benfica bateu em casa o Ginásio Olhanense (85-48) e o Atlético foi ao Tramagal vencer a equipa local (80-94).
Os resultados da jornada não alteraram os lugares da frente, mas no que diz respeito ao preenchimento das posições 4 a 7 de acesso ao Play-Off, as vitórias de Moscavide e Seixal vieram aumentar as hipóteses em aberto e deixam antever disputa acesa até ao fim. Na jornada 19 são os dois encontros de sábado no Algarve que mais influência poderão ter nesta luta.
Sábado, 3 de Março
Imortal-Montijo às 15:30h no Pav. Desp. Albufeira
Atlético-Basket Queluz às 16:45h na Tapadinha
Seixal-Benfica às 17:00h na Sede Seixal
Moscavide-Tramagal às 18:00h no Pav. Moscavide
Ginásio Olhanense-Micaelense às 18:30h no Pav. Gin. Olhanense
Domingo, 4 de Março
Academia-Estoril às 15:30h na Esc. Sec. Lumiar
