EUA-França – parte II
 
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EUA-França – parte II

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EUA-FrançaContinuado da semana passada. No artigo da semana passada tentei fazer uma perspectiva comparada da evolução do basquetebol nos EUA e em França,

realçando influências e ascendências, mas também diferenças em vários aspectos de que se reveste a realidade cultural deste nosso desporto. Terminei pondo em paralelo algumas ideias diferentes sobre o ensino do basquetebol e a formação dos jogadores que tinham os treinadores americanos (Michel Rat, 1966; M. Rat & Grosgeorge, 2007) e um grupo muito activo de treinadores franceses que tenho vindo a estudar. Dava conta, no fim do artigo, das causas possíveis dessas dissemelhanças.

Existiu uma razão de fundo que levou o tal grupo de professores e treinadores franceses, de que falámos, a ter esse género de relação com a prática e com os seus praticantes. Tudo radicava também na sua concepção humanista e democrática da prática desportiva, tanto na escola como na sociedade em geral. Vendo o basquetebol como um meio formativo por excelência caso se reunissem e respeitassem um conjunto de condições, estes homens e mulheres visavam uma formação humana para além da formação técnica e, além disso, estavam preocupados com o grande número e não só com os melhores praticantes a seleccionar. E isso, na minha opinião, fazia toda a diferença.

Relativamente a França, pudemos ter acesso a um grande acervo de documentos que pensamos provarem estas nossas afirmações. Eles surgem a partir da década de 40 do século XX e daí em diante eles são cada vez mais abundantes e com maior qualidade, devido ao processo cumulativo com que foram realizados (Frezot, 1953; Mérand, 1947, 1959). Muitos desses autores, reunidos em vários colectivos com ligações entre si, foram elaborando, ano após ano, em publicações específicas das mais diversas, as ideias e as sínteses do que iam concebendo e aplicando (Brohm, et al., 1963; Herr, 1980; Mérand, 1967). Este processo de trabalho, persistente no tempo, auto-motivado, ancorado em organizações flexíveis que se auto-financiavam e auto-dirigiam, constitui um formidável campo de estudo para quem, como nós, aprecia as virtualidades do trabalho colectivo sem eixar de saber também acolher os contributos individuais como foi o caso. Desses colectivos de trabalho conseguimos aceder a algumas das publicações fundamentais onde estão vertidas as realizações e propostas práticas e as concepções teóricas a que chegaram (Astier, Pithon, Vandevelde, & Vedel, 1990).

Num dos próximos artigos iremos ilustrar estas nossas afirmações, designadamente através de traduções de alguns dos documentos que eles escreveram (Mérand, 1947). Dos aspectos mais inovadores de que daremos conta, constam uma nova concepção da essência dos desportos colectivos com consequências directas na forma do seu ensino/treino, uma visão renovada da actividade dos alunos e dos jogadores, e uma proposta de conteúdos de ensino diferente da tradicional.


Astier, J., Pithon, A., Vandevelde, M., & Vedel, F. (1990). Saute dans tes baskets. Alès: Association des enseignants d'EPS du secteur FPC d'Alés.
Brohm, J., Denis, Famose, Fittipaldi, Fumex, Morvant, et al. (1963). Étude critique du film: "A l'école du basket-ball".Unpublished manuscript, Paris.
Frezot, E. (1953). La conception nouvelle de l'entrainement en Basket-ball. Revue EPS, 15, 22-23.
Herr, L. (1980). Le basket-ball. évolution - technique - pédagogie (7.ª ed.). Paris: Editions Bornemann.
Mérand, R. (1947). L'évolution des sports collectifs. Vers le principe du corps obstacle. Notes techniques de l'ENSEP.
Mérand, R. (1959). Le basket-ball, jeu simple. Revue EPS(46), 41-43.
Mérand, R. (1967). Basket-ball. Problèmes de l'enseignement. L'Homme Sain(3), 144-150.
Rat, M. (1966). Enseignement d'un stage avec un entraîneur américain de Basket-ball. Revue EPS(78), 93-96.
Rat, M., & Grosgeorge, B. (2007). Une conception novatrice et toujours actuelle du basket-ball. In M. Vandevelde (Ed.), Éducation physique et basket-ball. Robert Mérand: un regard neuf sur l'activité de l'élève. Paris: Nouveaux regards / Editions Syllepse / Centre EPS et société.

 


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