O Exemplo do Treinador
 
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O Exemplo do Treinador

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altA leitura do artigo desta semana do San Payo Araújo, sobre a relação entre um apoio fanático e entusiasmado apoiante, conduz o meu raciocínio no presente artigo não para a última parte do Jogo Sucessivo, mas para aquele que considero,

em quase todos os domínios do desenvolvimento desportivo, o agente da mudança – O Treinador.

Conforme aprendi com o Prof. Jorge Araújo, o Treinador é líder de opinião, na medida em que possui a capacidade de influenciar positivamente o processo onde está inserido. A sua liderança é tanto mais mobilizadora, quanto os seus actos e a sua conduta derem coerência ao que verbaliza. É claro que, se analisarmos aquilo que são os propósitos da alta competição, entendemos perfeitamente que o treinador procurará influenciar todos aqueles que integram o processo, visando alcançar o sucesso. Motivar os jogadores, conseguir mobilizar os dirigentes para aquilo que é necessário na construção de uma estrutura sólida de clube, envolver os treinadores adjuntos numa determinada filosofia de trabalho para preparar e potenciar a equipa, são algumas das áreas em que o treinador deverá procurar influenciar positivamente. Será este o caminho que o treinador deverá percorrer na direcção do sucesso desportivo.

Também na conduta em competição, na direcção do jogo, o Treinador exerce uma influência forte sobre o público, que o respeita e o vê como o timoneiro capaz de dirigir os jogadores para o sucesso do clube. O facto de contestar permanentemente as decisões da arbitragem, ou assumir uma atitude agressiva de intervenção, contagia os que os rodeiam, potenciando uma massa critica associada ao protesto, à atribuição causal (como defende a psicologia do desporto).

E na formação? Que papel exerce um treinador jovem, recém formado, com uma grande necessidade (legitima diga-se) de reconhecimento do seu trabalho? Nalguns contextos o único capaz de manter a modalidade viva. Associando este drama aos comportamentos fanaticamente praticados por quem tem a responsabilidade de transmitir bons exemplos aos seus educandos, constatamos que o ambiente no desporto infanto-juvenil é frágil quanto aos bons exemplos a transmitir se não for alicerçado em bons exemplos de quem o dirige e orienta – O Treinador.

Mas o cenário pode, naturalmente e conscientemente modificar-se, contribuindo o treinador, mesmo jovem, para alterar esse cenário. Nessa medida, a principal ferramenta para que o Treinador construa uma liderança forte será sempre o seu exemplo. As acções do treinador, em treino, em competição, na sua relação com os Pais, Dirigentes e Atletas irão falar muito mais alto do que aquilo que eventual possa falar, defender ou argumentar verbalmente.

Considero que este caminho é difícil, ao alcance de pessoas genuinamente capazes e dotadas para exercer uma liderança formativa de elevado nível, mas difícil, pois as tentações são imensas. Exige do Treinador, permanentemente uma auto-reflexão e um auto controlo  das suas acções e emoções. Investimento permanentemente na sua formação contínua, partilha de conhecimentos com outros treinadores. Nesse sentido, parece haver, na formação inicial consenso para seja dada importância à aprendizagem do que significa ser treinador e das suas responsabilidades.

A esperança é a de que o futuro nos traga também outra sabedoria e nos direccione para outra forma de entendermos e valorizarmos o papel do desporto na educação de uma criança e jovem. A utopia da que possamos, num futuro mais próximo do que possamos imaginar, valorizar mais os princípios éticos associados ao desporto do que obcessivamente valorizar o resultado, deverá acompanhar-nos na nossa actividade. Ter consciência das nossas fragilidades, imperfeições constituem matéria mais do que suficiente para que haja motivos para uma atitude de permanente aperfeiçoamento.

Querer ser melhor contagiando os que nos rodeiam a darem o seu melhor e a superarem-se para que possa haver progressos, deverá prevalecer sobre a ideia de querer ser o melhor seja de que forma for.

Se todos nós Treinadores dermos um pouco de nós a esta causa, poderemos ser mais do que julgamos ser na defesa de boas condutas e bom espírito desportivo. Seremos certamente mais do que pensamos ser na procura de caminhos que fomentem o bom espírito desportivo e semeiem uma cultura desportiva mais evoluída, menos agressiva e violenta, capaz por ela própria de fidelizar os praticantes à prática de actividade física desportiva.

Traçado e iniciado esse caminho, serão muitos mais os Pais que defenderão a prática organizada de actividade desportiva, conscientes do seu valor educativo.

O Exemplo do Treinador será sempre o Farol para que todos se orientam e se reposicionem nas suas reais convicções. A conduta exemplar do treinador será, lentamente e progressivamente, o grande contributo para que a actividade desportiva nunca deixe de ser reconhecida e valorizada e possa ser um contributo substancial na educação, com acompanhamento e supervisão dos principais agentes de educação – Pais, Professores e Treinadores.

 

 


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