Eslovénia foi mais forte
 
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Eslovénia foi mais forte

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Carla NascimentoKranjska Gora (Eslovénia) - O primeiro dos jogos de preparação com a Eslovénia, realizado nesta localidade toda virada para o turismo (o hotel onde estamos está cheio de turistas da 3ª idade),

saldou-se pela 3ª derrota da selecção portuguesa nesta digressão antes da fase de qualificação do Europeu de 2015, agendada para Israel, de 7 a 9 deste mês.

Entre jogos oficiais e particulares realizados entre os 2 países, a nível de selecções seniores femininas, este foi o 5º encontro e a única vitória portuguesa aconteceu em 23 de Setembro de 2005 (61-64), em Maribor, curiosamente também uma estância de desportos de inverno, sob o comando de José Leite. Nas outras partidas as eslovenas foram superiores, ainda que com vantagens pouco expressivas: 4 pontos (duas vezes), 5 pontos (hoje) e 13 pontos (esta em Junho de 2011, a contar para o EuroBasket 2011, Divisão B).

Se as eslovenas se podem queixar da falta que fazem a capitã Maja Erkic (lesionada), a base Nika Baric, a extremo/poste Eva Komplet e a poste Taja Gortnar (de novo lesionada), ausentes da fase de qualificação que irão disputar em Samokov (Bulgária) com a selecção anfitriã e a Suiça, também o seleccionado luso pode utilizar o mesmo argumento ao não poder contar com 7 jogadoras que fizeram a campanha de 2012, por motivos diversos desde o abandono da modalidade a lesões e impedimentos de natureza profissional, a que se juntou a ausência da poste Sónia Reis, que não estava em condições de competir, de acordo com relatório clínico.

No quarto inicial (21-16), após um período em que o equilíbrio foi a nota dominante (11-8), no minuto 5, com alternâncias de comando, Portugal conseguiu impor um parcial de 0-7, finalizado com o único triplo de Mª João Correia a fazer 11-15 no minuto 7. Depois aconteceu um bloqueio das nossas representantes, que estiveram 3 minutos e meio sem marcar pontos em lançamentos de campo, consentindo um parcial de 10-1. Só da linha de lance livre a poste Sofia Carolina, outra vez uma das mais valiosas do seleccionado luso, conseguiu acertar com o cesto, no minuto 10. Deficiente recuperação defensiva, por um lado, a permitir situações de contra ataque e ineficácia no lançamento ao cesto, estiveram na génese desse período de desnorte.

No 2º período (14-12) uma má entrada das comandadas de Ricardo Vasconcelos permitiu um parcial de 8-0 por parte da Eslovénia, até se atingir a maior diferença até então (29-16), no minuto 14. A falta de eficácia das nossas jogadoras durou mais de 6 minutos sem acertar com o cesto. O ponto de viragem surgiu no minuto 17 quando a entrada da base Inês Faustino para o lugar da capitã Carla Nascimento que estava em campo desde o apito inicial, necessitando por isso de descansar, marcou o início da recuperação lusa. Um parcial de 0-8, iniciado com um duplo de Sofia, seguido de 2 triplos consecutivos (Mª João Andrade e da própria Inês Faustino) reduziu o prejuízo para 5 pontos (29-24) no minuto 18, com o treinador esloveno Tomo Oresnik a parar o cronómetro logo que caiu a 1ª bomba (Mª João Andrade), ainda decorria o minuto 17. O carregar de faltas por banda das portuguesas permitiu que a Eslovénia (na 1ª parte fez 15/17 da linha de lance livre) aumentasse a vantagem para 7 ao intervalo (35-28).

A superioridade nas tabelas (22-10 ressaltos), com destaque para o 1,97m de Sandra Pirsic (7 ressaltos sendo 4 ofensivos) e o maior número de faltas provocadas (13-8), com direito a lançamento livre (17 tentados contra apenas 8), explicavam a diferença no final da 1ª parte.

Na etapa complementar (24-26) o filme do jogo foi diferente, nomeadamente no 3º quarto (13-14). Um triplo de Vera Correia logo no minuto 21 (35-31), no primeiro ataque da nossa equipa, deu o mote para um período de boas movimentações, sob a batuta de Carla Nascimento, hoje a nossa pedra mais valiosa, a servir bem as suas companheiras, que culminou com a igualdade (39-39) conseguida precisamente pela capitã, ao converter os 2 lances livres a que teve direito depois de ter sido travada em falta, no minuto 26. Nesse parcial de 0-8 a base lusa que completou a sua 97ª internacionalização, esteve em foco ao acertar o seu 1º triplo (39-34), à entrada do minuto 25 e depois ao assistir Sofia Carolina para uma jogada de 2+1 (39-37), no minuto seguinte. Mas novo período de menor acerto por banda da equipa das quinas, depois de ter passado para a frente (41-42, no minuto 28), permitiu que as anfitriãs se distanciassem de novo (48-42), através de duas jogadas de contra ataque e de uma bomba de Teja Oblak, em cima da buzina do final do 3º período e quase da linha de meio campo.

No último período (11-12), que voltou a ganhar, Portugal tornou a conceder avanço ao adversário, permitindo um parcial de 11-2 em praticamente 7 minutos, já que o único triplo convertido pela espanhola naturalizada Helena Boada Xairo (casou com um jogador esloveno), caiu à entrada do minuto 38, colocando o marcador em 59-44, a maior diferença em toda a partida. Depois em 3 minutos as nossas representantes encheram-se de brios e responderam com um parcial de 0-10, em que Carla Nascimento e Inês Faustino bisaram da linha dos 3 pontos, obrigando o técnico anfitrião a pedir o seu 2º desconto de tempo no espaço de pouco mais de um minuto. Mas a vantagem de 5 pontos das eslovenas permitia-lhes selar o triunfo.

Resultado final: Eslovénia 59-54 Portugal

No final ouvimos a opinião do seleccionador Ricardo Vasconcelos: “Precisamos de minutos mais consistentes ao longo dos 40 minutos de jogo, porque os minutos bons são mais e melhores, mas os períodos maus ainda são muito significativos (muitas posses de bola para o adversário). No 1º período depois de estarmos a ganhar 11-15, tivemos mais de 3 minutos maus, consentindo um parcial de 10-0. No 2º quarto entrámos mal, sofremos um parcial de 8-0 e só conseguimos acertar com o cesto no minuto 17. Estivemos mais de 6 minutos sem marcar pontos. Claro que quem compete passando por esses desertos, é sinal de que os momentos bons são bem jogados. Houve contudo uma melhoria a nível dos turnovers, mas o mesmo não aconteceu ao nível dos ressaltos ofensivos, que continuam a ser pouco expressivos na tabela adversária, o que nos obriga a percentagens elevadíssimas e em alguns momentos do jogo nos dificulta a transição defensiva. De referir também que o jogo interior da Eslovénia é bastante forte (30 pontos na área pintada) e mais 17 pontos da linha de lance livre. (sem oposição). Mas amanhã é novo jogo…”.

Destaque nas vencedoras para a prestação da poste Sandra Pirsic, MVP da partida (19,0 de valorização), ao contabilizar 8 pontos, 12 ressaltos sendo metade ofensivos, uma assistência, 2 roubos e 3 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres. Foi bem secundada pela extremo/poste Tina Trebec (13 pontos, 5/8 nos duplos, 3 ressaltos sendo 1 ofensivo, duas assistências, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas, com 3/3 nos lances livres), pela base Helena Boada Xairo, melhor anotadora do encontro ex-aequo com Sofia Carolina (15 pontos, 1/2 nos triplos, 2 ressaltos defensivos, duas assistências e 7 faltas provocadas, com 4/8 nos lances livres) e pela base titular Rebeka Abramovic (10 pontos, 2 ressaltos defensivos, uma assistência, 1 roubo e 5 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres). Teja Oblak (7 pontos, 3 ressaltos defensivos, 5 assistências, 3 roubos e duas faltas provocadas, com 2/2 nos lances livres) viu a sua valorização ser penalizada pelos 5 turnovers cometidos.

No seleccionado luso a mais valiosa foi a capitã Carla Nascimento (16,0 de valorização) ao anotar 10 pontos, 2/4 nos triplos, 3 ressaltos sendo 1 ofensivo, 5 assistências, 1 desarme de lançamento e 5 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres. Foi seguida de perto por Sofia Carolina (15,5 de valorização), melhor marcadora da equipa e do jogo (ex-aequo com Helena Boada Xairo), ao conseguir 15 pontos, 6/10 nos duplos, 5 ressaltos defensivos, 1 roubo, 1 desarme de lançamento e 4 faltas provocadas, com 3/5 nos lances livres) e por Inês Faustino (10 pontos, 4/5 nos lançamentos de campo repartidos por 2/2 nos duplos e 2/3 nos triplos, 2 ressaltos defensivos, duas assistências e duas faltas provocadas).

A vitória da Eslovénia assentou basicamente na supremacia nas tabelas (38-23 ressaltos), tanto na defensiva (28-21) como na ofensiva (10-2), no maior número de faltas provocadas (21-19) e pela maior eficácia na linha de lance livre (81%-69%), ao falhar apenas 4 das 21 tentativas, contra as mesmas 4 mas em apenas 13 tentados, da nossa equipa.

Portugal foi mais eficaz não só nos duplos (46%-48%) como nos triplos (20%-29%) e cometeu menos erros (21-17 turnovers). Equilíbrio nos restantes indicadores, particularmente nas assistências (12 para cada), nos roubos (8-7) e nos desarmes de lançamento (1-2).

Ficha de jogo
Vitranc Gym, em Kranjska Gora

Eslovénia (59) – Rebeka Abramovic (10), Teja Oblak (7), Ziva Zdolsek (2), Tina Trebec (13) e Sandra Pirsic (8); Helena Boada Xairo (15), Martina Osterman (4), Tina Jakovina, Eva Lisec, Eva Rupnik e Klara Zupancic

Portugal (54) – Carla Nascimento (10), Carla Freitas (1), Ana Oliveira (3), Vera Correia (5) e Sofia Carolina (15); Lavínia Silva, Mª João Correia (3), Joana Jesus (2), Dora Duarte , Mª João Andrade (5) e Inês Faustino (10)

Por períodos: 21-16, 14-12, 13-14, 11-12
Árbitros: B. Krejic, M. Needovic e G. Cesen

Amanhã, domingo, as duas selecções voltam a defrontar-se no mesmo recinto, a partir das 16H00.

 

 


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