Poderíamos ser nós a apurar
 
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Poderíamos ser nós a apurar

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altTel Aviv (Israel) – Não constituiu surpresa o facto de termos fechado esta fase de qualificação do EuroBasket Feminino 2015 sem termos saboreado a alegria de uma vitória,

que faz sempre falta nestas coisas do desporto. Aprendemos desde pequeninos que é preciso saber ganhar, respeitando os vencidos e saber perder, felicitando os vencedores. É assim que mandam as regras… mas sabe sempre bem ir coleccionando de vez em quando, um ou outro êxito, porque eleva a auto-estima e transmite-nos mais confiança na abordagem para futuros desafios.

Soubemos das notícias durante a nossa estadia em Tel Aviv. Com estes avanços tecnológicos das redes sociais, a informação propaga-se com uma rapidez impressionante e chega a todo o mundo num ápice. Particularmente as más notícias. Fez ontem uma semana que faleceu subitamente, na região de Aveiro, vítima de ataque cardíaco, uma antiga praticante da modalidade, natural da Madeira, que jogou em todos os 3 clubes do Funchal que chegaram a participar em simultâneo no campeonato da Liga Feminina, há alguns anos atrás (Nacional, União e CAB Madeira). Odília Rodrigues, assim se chamava, deixou-nos prematuramente (ainda não tinha 40 anos) e quem andou ligado a estas coisas do basquete recorda-se perfeitamente, digo eu, pelas características singulares (baixa estatura e terrível triplista). Talvez a jogadora sénior mais baixa a jogar no 1º nível do basquete feminino português, tal como Clara Silvestre (formada no Académico FC, da Cidade Invicta), temível atiradora também, que mais tarde jogou no CIF (anos 90), nos tempos de Sharon Deal, Xana Condinho, Paula Mirandela da Costa, Teresa Pais, entre outras. Odília antes de abandonar a modalidade, ainda representou a AD Vagos e esteve ligada ao GD Gafanha (?), pensamos nós, fixando depois residência na região de Aveiro. Que descanse em paz. Os nossos sentidos pêsames, em nome pessoal e da FPB, a todos os familiares, amigos, antigas companheiras de equipa e responsáveis dos clubes que ela representou.

Outra notícia que nos deixou a todos preocupados foi o acidente de viação de que foi vítima, na passada 6ª feira (?), a jovem internacional Mafalda Barros (Sub-16 e Sub-18), madeirense também, que este ano não jogou (veio prosseguir os seus estudos no Porto), mas que representou nas últimas épocas o CAB Madeira, jogando pelo Marítimo (clube satélite) na 1ª Divisão Feminina. A primeira informação foi de que Mafalda Barros estava em coma (o acidente nos arredores do Porto fora grave), mas felizmente soubemos ontem, através de Carla Freitas, que já tinha saído do estado de coma, embora o seu estado ainda inspirasse cuidados. Desejos de rápidas melhoras, Mafalda, são os votos de toda a comitiva aqui em Israel.

Mas vamos ao jogo que fechou esta campanha europeia de 2013. Portugal perdeu (56-59) mas caiu de cabeça erguida. Com honra. A 46,6 segundos do termo Vera Correia encostava de novo o resultado (56-57), para Israel. A fortuna não quis nada connosco nesse lapso de tempo e Michal Epstein provocou a sua 10ª falta e na linha de lance livre, com 7,4 segundos para jogar, não tremeu, convertendo as duas tentativas (56-59). De imediato Ricardo Vasconcelos esgota os descontos de tempo (o 3º), as israelitas fazem uma falta inteligente (a quarta) sobre Carla Freitas… e já não houve tempo para mais. Israel fez o pleno de vitórias mas as coisas estiveram muito tremidas, frente às guerreiras lusas.

As comandadas de Ricardo Vasconcelos jogaram de igual para igual durante os 40 minutos. Ganharam dois períodos, o 2º (15-13) e o último (17-12), tendo perdido o inicial (12-16) e o 3º (12-18). Partida quase sempre muito equilibrada, com a maior vantagem a ser de 9 pontos para as anfitriãs, por duas vezes: 36-45 no minuto 29 (final do 3º período) e 39-48 no arranque do derradeiro quarto (minuto 31). Nos últimos 10 minutos, as diferenças oscilaram entre os 8 pontos (42-50) e a diferença mínima (56-57), mas quase sempre entre os 2 e os 5 pontos. Portanto jogo em aberto, à distância de um ou dois triplos, com as nossas representantes a correr atrás do prejuízo.

Ricardo Vasconcelos no final do encontro fez a sua habitual análise: “Penso que montar uma equipa que perdeu 7 jogadoras (das quais 5 interiores) do ano passado para este ano, em 3 semanas, sendo que na 1ª semana ainda tínhamos a final da Liga Feminina a decorrer (não contámos com o grupo todo) seria difícil pedir muito mais.

Esta sensação de que perdemos o jogo que tínhamos competência para ganhar, juntamente com a forma excepcional como nos batemos contra equipas com muito mais soluções que nós (jogadoras que jogam a Euroliga) é uma sensação agridoce irritante. Por um lado sentir que estamos quase lá e por outro a sensação de que nos falta algo essencial para mudar o rumo das coisas: confiança e auto-estima mais elevadas. É decisivo acreditarmos no nosso trabalho!”.

O seleccionador nacional comentou de seguida como viu o jogo: “Quanto ao jogo, perdemos contra um Israel fortíssimo, na forma como joga o bloqueio directo e high-low game (poste alto-poste baixo) obrigou-nos d ponto de vista defensivo a ter uma estratégia muito clara na forma como a bola não poderia circular. Fomos competentes nessa estratégia durante 70% do tempo de jogo e obrigados a mudar para defesa zona nos últimos 5 minutos, devido a estarmos carregados de faltas, nomeadamente os dois postes com 4 faltas cada. Fico com a sensação de que se tivéssemos hoje uma percentagem de 3 pontos à imagem dos jogos anteriores, poderíamos ter levado de vencida uma equipa que vai disputar a meia-final com a Grécia.”.

A finalizar disse: “Penso que saímos de Lisboa com muitas dúvidas sobre o quanto iríamos se competitivos e vamos regressar a Lisboa com a sensação de que com dois ou três cestos a mais por jogo poderíamos ser nós a apurar…”.

Nas vencedoras destaque para a prestação de Michal Epstein, MVP do jogo (16,5 de valorização), segundo a estatística oficial, que fez um duplo duplo (14 pontos, 4/5 nos duplos, 3 ressaltos sendo 2 ofensivos, duas assistências, 2 roubos e 10 faltas provocadas, com 6/9 nos lances livres), seguida de Liron Cohen (9 pontos, 2 ressaltos defensivos, 10 assistências e 1 roubo), Katia Levitsky (12 pontos, 6/9 nos duplos, 5 ressaltos defensivos, uma assistência e 1 roubo) e Shay Doron (10 pontos, 5/8 nos duplos, 1 ressalto defensivo, 5 assistências, 1 roubo e 5 faltas provocadas).

Na selecção portuguesa, a mais valiosa foi a poste Sofia Carolina (13,5 de valorização na estatística oficial), mas que estava errada. Quem lançou os dados devia ter estado a ver outro jogo, porque de certeza que pelo menos os ressaltos dela (nº 14) estavam trocados com a sua companheira Carla Nascimento (nº 13). Terminou com 14 pontos, 7/13 nos duplos, 10 ressaltos sendo 2 ofensivos, 3 roubos, 1 desarme de lançamento e duas faltas provocadas. Feita esta correcção, a sua valorização passaria a ser 19,0, portanto seria com toda a justiça a MVP do encontro. Foi bem acompanhada por Vera Correia (11 pontos, 2/3 nos duplos, 5 ressaltos sendo 1 ofensivo, 2 roubos e duas faltas provocadas com 4/4 nos lances livres) e Mª João Correia, melhor anotadora do jogo (17 pontos, 3/6 nos duplos, 3/9 nos triplos, 1 ressalto defensivo, duas assistências, 1 roubo e 4 faltas provocadas, com 2/4 nos lances livres). A capitã Carla Nascimento que entrou mal no jogo (3 turnovers nos 3 primeiros ataques) acabou por se recompor, fazendo um jogo de sacrifício, com marcação cerrada à base contrária (a experiente Cohen), distinguindo-se nos passes decisivos que fez (3), capítulo onde Inês Faustino foi quem conseguiu mais assistências (4).

Resultados da 3ª e última jornada

  • Portugal 56-59 Israel
  • Alemanha 87-83 Macedónia (após prolongamento)

Na partida que encerrou a competição, foi preciso recorrer a prolongamento (75-75, no final dos 40 minutos). Nos 5 minutos extra a Alemanha soube aproveitar as desqualificações de Dimovska (27 pts, 7/13 nos triplos, 5 ass.) e de Givens (20pts/8 ress./6 ass.), pedras influentes nas opositoras, para chegar ao triunfo. Skuballa (25 pts, 5/10 nos triplos, 5 ress. e 4 ass.),  Fikiel (16 pts/ 18 ress./3 ass.) e Breitreiner (18 pts/4 ress./3 ass.) foram decisivas no êxito germânico.

Ficha de jogo
Arena de Elitzur Delek, em Ramla

Portugal (56) – Carla Nascimento (2), Carla Freitas (6), Ana Oliveira (2), Vera Correia (11) e Sofia Carolina (14); Inês Faustino (3), Mª João Correia (17), Lavínia Silva (1), Francisca Braga, Dora Duarte, Mª João Andrade e Joana Jesus

Israel (59) – Liron Cohen (9), Shani Levy,  Shay Doron (10), Michal Epstein (14) e  Katia Levitsy (12); Shiran Zairy (), Bar Galinski, Ekaterina Abramzon (2), Noa Ganor (6), Jennifer Fleischer, Naama Shafir e Dannielle Diamant (6)

Por períodos: 12-16, 15-13, 12-18, 17-12
Árbitros: Georgios Tanatzis (GRE), Maka Kupatadze (GEO) e Semen Ovinov (RUS)

Classificação final
1º Israel 3V-0D -199/169- 6 pts
2º Alemanha 2V-1D -210/210- 5 pts
3º Macedónia 1V-2D -199/215- 4pts
4º Portugal 0V- 3D -171/185-3 pts

Israel irá agora defrontar nas meias-finais, a duas mãos (casa e fora), o vencedor do Grupo A (Grécia). Polónia (Grupo B) e Bulgária (Grupo C) são os outros semifinalistas. Os dois apurados nas meias-finais discutirão, também a duas mãos, nos mesmos moldes, a única vaga, que terá direito a presença garantida no EuroBasket Feminino 2015.

A comitiva portuguesa regressa amanhã (2ª feira) a Portugal. Almoçamos ainda em Tel Aviv, no City Hotel, cedo (11H45), porque teremos de estar no Aeroporto Ben Gurion com cerca de duas horas de antecedência em relação à hora de partida (15H10 no voo LH 689) com destino a Munique, onde se prevê a chegada às 18H25 locais. Depois de uma escala curtinha (apenas 1H10) a partida às 19H35 (voo LH 1792) rumo a Lisboa, com chegada prevista ao Aeroporto da Portela pelas 21H50 portuguesas.

 

 


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