Balde de água fria
 
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Balde de água fria

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Vincent ColletA jogar em casa, a Espanha foi eliminada nos quartos-de-final do campeonato do Mundo, ao perder com a França por 52-65. A Sérvia é a outra apurada para as meias.

Surpresa em Madrid com a derrota da Espanha às mãos da França. A mesma França que no ano passado havia já desempenhado o papel de carrasco dos espanhóis na altura em jogo a contar para as meias-finais do Eurobasket. Desta vez e apesar da ausência de Tony Parker, a França voltou a vencer e a convencer perante um conjunto espanhol demasiado crente de que a vitória acabaria por cair para o seu lado. A falta de concentração com que os comandados de Orenga abordaram o jogo fez-se notar logo nos minutos iniciais, com um parcial de 0-8 sofrido a abrir. E com o passar do tempo foi notória a falta de empenho que os espanhóis colocavam em campo, ao contário dos seus adversários franceses que batalhavam por cada posse de bola como se da última se tratasse.

Espanha

A França dominou por completo a luta das tabelas, conquistando mais 22 ressaltos do que a selecção espanhola (28-50), factor que se veio a revelar decisivo para o desfecho da partida. Não menos decisivas foram as exibições de Boris Diaw (15 pts, 5 res e 3 ass) e Thomas Huertel (13 pts, 4 ass e 3 res), pelo seu esclarecimento e capacidade de decisão, sobretudo no último período. Do lado contrário viu-se uma Espanha desunida, a usar e abusar do lançamento longo, quando a sua maior vantagem estava nitidamente no jogo interior e na variedade de soluções que o trio composto pelos manos Gasol e por Serge Ibaka poderia oferecer à equipa. Destes três apenas Pau Gasol (17 pts e 8 res) esteve a bom nível e tendo em conta a paupérrima prestação dos atiradores espanhóis (L3: 2/22: 9%), pressionados e bem pela defesa francesa, assim se explica o desaire de nuestros hermanos. Em suma, a França fez mais, muito mais por merecer a passagem às meias-finais e deixa pelo caminho a mais forte candidata a competir com os EUA no jogo do título.

Na outra partida referente aos quartos-de-final, a Sérvia eliminou o Brasil de forma expressiva, voltando a demonstrar que não importa tanto como se começa, mas sim como se acaba. Há que relembrar que Brasil e Sérvia se haviam encontrado na primeira fase, com vitória para os canarinhos por 81-73. Desta vez, a história foi bem diferente, com os sérvios a realizarem um terceiro período de sonho que lhes permitiu fugir no marcador a caminho de uma vitória confortável. Depois de uma primeira parte dividida, os Sérvios voltaram dos balneários determinados e extremamente concentrados, e os seus lançamentos começaram a cair a um ritmo alucinante. Mesmo alguns lançamentos contestados, que pareciam condenados ao fracasso e sobre o apito dos 24 segundos teimavam em encontrar o caminho do cesto para desespero dos brasileiros. O base Milos Teodosic (23 pts, 4 ass e 3 res) foi a grande figura da partida.

Sérvia e França voltam a entrar em campo na próxima sexta-feira para disputar um lugar na final. Antes disso, já esta noite EUA e Lituânia disputam a outra vaga.

 

 


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