Mais um ano de transição em Philadelphia com baixas expectativas e poucas possibilidades de fuga aos últimos lugares da conferência Este.

A juventude abunda em Philly, mas por outro lado a experiência é praticamente inexistente numa equipa que optou claramente por um processo de renovação através do draft. Assim sendo, não se poderão esperar grandes resultados a curto prazo, contudo daqui por uns anos e caso os jovens talentos atinjam o nível que deles se espera, os 76ers deverão voltar à discusão pels lugares cimeiros da competição.

Pelo segundo ano consecutivo, os Sixers escolheram como a sua primeira opção o atleta mais promissor do draft e previamente apontado como 1ª escolha. Tanto Nerlens Noel (2013) como Joel Embiid (2014) eram apontados como possíveis escolhas #1 dos respectivos drafts, no entanto alguns problemas físicos acabaram por afastar outros potenciais interessados e tanto Noel como Embiid foram parar a Philadelphia. Noel não chegou a jogar na época passada e estima-se que o mesmo possa acontecer a Embiid, que possivelmente apenas daqui por um ano se poderá estrear com as cores dos Sixers. O croata Dario Saric é outro dos trunfos do conjunto de Philadelphia para os próximos anos, mas por enquanto continua a sua evolução na Europa. Resta aos Sixers o melhor rookie do ano passado, Michael Carter-Williams que terá a missão de liderar um conjunto que conta com o veterano Jason Richardson e ainda com a contribuição de alguns atletas de segunda ou terceira linha como Tony Wroten, Alexey Shved, James Anderson, Luc Mbah a Moute e Byron Mullens.

A figura: Michael Carter-Williams

MCW foi a maior revelação da temporada passada atingindo um feito que apenas dois atletas antes de si haviam alcançado: liderar todos os rookies em pontos (16.7 PPJ), ressaltos (6.3 RPJ) e assistências (6.2 APJ) na sua época de estreia na liga. Carter-Williams foi talvez o único ponto positivo dos Sixres na época passada, uma época em que a sua equipa nem sequer atingiu as 20 vitórias. E claro que é nele que os responsáveis de Philadelphia depositam grandes expectativas para esta nova temporada. Um base rápido de elevada estatura e envergadura, faltará a MCW evoluir nos capítulos do lançamento exterior e do controlo da posse de bola para se tornar num jogador de elite na competição.

O treinador: Brett Brown

É mais um dos discípulos de Gregg Popovich que bebeu do conhecimento e do sucesso do timoneiro dos San Antonio Spurs para assumir um lugar de treinador principal. Brown começou a sua carreira na Austrália e após alguns anos regressou a casa para integrar a estrutura dos Spurs. Mais tarde viria a ser promovido a treinador-adjunto de Popovich e quando a oportunidade certa surgiu, rumou a Philadelphia. Apesar do relativo insucesso em termos de resultados alcançados pelos Sixers na sua primeira temporada, Brown tem o tempo a seu favor, dado que ninguém espera que os Sixers alcancem seja o que for este ano. Cabe-lhe sim a responsabilidade de fazer crescer este jovem grupo de talentos promissores, que a manter-se juntos poderão tornar-se num caso sério daqui por uns 4 ou 5 anos.

Cinco inicial

Michael Carter-Williams
Jason Richardson
Luc Mba a Moute
Nerlens Noel
Byron Mullens

O joker: Nerlens Noel

Não sendo um jogador particularmente habilidoso ou tecnicamente evoluído, Noel é um atleta de excelência e assim consiga ultrapassar a grave lesão que o impediu de jogar no ano passado poderá tornar-se num elemento extremamente útil. Conhecido ao nível universitário pela sua capacidade defensiva e de ressalto, Noel terá tempo para crescer e para fazer valer alguns dos seus atributos físicos também no ataque.