Dois anos após a partida de Dwight Howard para Los Angeles, os Orlando Magic continuam à procura de um novo rumo que os recoloque no topo da conferência Este.
Até aqui o percurso não tem sido fácil como o comprovam as escassas 43 vitórias em duas temporadas regulares. Claro que a pobre performance desportiva se traduziu em escolhas altas no draft, pelo que na teoria os Magic são uma das equipas mais promissoras da competição. À excepção de Luke Ridnour, Ben Gordon, Willie Green e Channing Frye, todos os outros membros do plantel têm menos de 25 anos, sendo que vários foram escolhidos em posições elevadas no draft. Victor Oladipo (2ª escolha em 2013) é um dos mais explosivos bases da competição e Aaron Gordon (4ª em 2014) irá trazer a sua capacidade explosiva para as zonas próximas do cesto. Elfrid Payton (10ª em 2014), Maurice Harkless (15ª em 2012), Nikola Vucevic (16ª em 2011), Tobias Harris (19ª em 2011), Andrew Nicholson (19ª em 2012) e Evan Fournier (20ª em 2012) completam um vasto grupo de jogadores escolhidos entre os 20 primeiros dos respectivos drafts.
Este verão, os Magic viram partir o seu melhor marcador do ano passado Aaron Afflalo e ainda o veterano Jameer Nelson, cortando em definitivo os laços que restavam da equipa que marcou presença nas Finais de 2009. Para o seu lugar chegaram Luke Ridnour, Ben Gordon, Willie Green e Channing Frye, quatro elementos com créditos firmados na NBA e que deverão oferecer algum poder de fogo ao jogo exterior dos Magic. Mas até que ponto serão eles capazes de contribuir com a sua experiência para ajudar os mais novos a competir a um nível superior? Caso o consigam os Magic deverão superar a fasquia das 20 e poucas vitórias na fase regular, no entanto o atingir dos playoffs é ainda um patamar difícil de alcançar.
A figura: Victor Oladipo
Escolhido na 2ª posição do draft passado, Oladipo ficou também no 2º lugar na votação para rookie do ano, logo atrás de Michael Carter-Williams (Sixers). Oladipo não é um base puro e não teve uma formação específica nessa posição ao longo da sua carreira universitária, mas devido à sua relativa baixa sua estatura viu-se obrigado a adaptar-se à posição 1 para conseguir jogar na NBA. Claro que as suas capacidades atléticas lhe permitem adaptar-se facilmente à posição 2 e superar algumas diferenças de peso e altura perante alguns adversários. No seu ano de estreia obteve números interessantes (13.8 PPJ, 4.1 RPJ e 4.1 APJ) e é expectável que os consiga subir neste ano de sophomore.
O treinador: Jacque Vaughn
Após 12 épocas a competir na NBA, Jacque Vaughn abraçou a carreira de treinador, fazendo uma rápida transição do campo para o banco dos San Antonio Spurs após a sua retirada em 2009. Foram apenas necessárias duas épocas enquanto treinador-adjunto de Gregg Popovich nos Spurs, que se seguiram às três temporadas enquanto jogador, para que Vaughn recebesse a sua primeira oportunidade a solo. Nestas duas primeiras épocas, o pecúlio não foi nada favorável (43V-121D), e dificilmente irá piorar. Resta ver até onde conseguirá Vaughn levar o seu grupo, que é sem dúvida o mais equilibrado de que dispôs desde que chegou a Orlando.
Cinco inicial
Victor Oladipo
Maurice Harkless
Tobias Harris
Channing Frye
Nikola Vucevic
O joker: Channing Frye
Longe de ser um jogador de elite, o experiente Frye é por estes dias um jogador extremamente valioso e que se pode constituir como um reforço importante para estes Magic. A sua capacidade de lançar com eficácia de longa distância torna-o num perigo constante para as defesas contrárias, obrigando os jogadores interiores adversários a terem de vir cá fora contestar os seus lançamentos. Tal abre ainda vários espaços na defesa oposta que poderão e deverão ser aproveitados pelos seus companheiros mais jovens e bem mais explosivos.
