Os anos passam e os Kings continuam na senda de resultados menos positivos, algo que os novos proprietários da equipa de Sacramento pretendem mudar rapidamente.

Longe do fulgor do início da década passada, em que os Kings liderados por Chris Webber, Vlade Divac e Peja Stojakovic estiveram à beira de um título, seguiram-se oito temporadas de resultados negativos e de ausência dos playoffs. Em 2013, os Kings foram comprados por um grupo liderado pelo empresário indiano Vivek Ranadivé que manteve a equipa em Sacramento, acabando com a especulação em torno da mudança para outra cidade. Esta nova sensação de estabilidade é algo que tem faltado aos Kings nos tempos mais recentes e a construção do novo pavilhão que deverá ser utilizado a partir de 2016 poderá ajudar a consolidar o projeto.

Dentro do campo e apesar dos resultados não serem os melhores, os Kings continuam a não deixar ninguém indiferente, mas com DeMarcus Cousins como capitão de equipa não poderia ser de outra forma. Campeão do mundo pelos EUA este verão, Cousins entra nesta época com uma nova alma e não é o único King neste estado, já que Rudy Gay também se sagrou campeão do mundo, apesar de nem ter sido pré-selecionado. Gay é outro atleta com um potencial tremendo mas que tem ficado aquém do que dele se esperava. Durante o defeso, os Kings viram partir o seu anterior base Isiah Thomas e foram buscar o mais experiente Daren Collison, de quem esperam uma condução mais colectiva do jogo ofensivo da equipa. A completar o leque de opções às ordens de Michael Malone, os Kings contam ainda com os promissores Ben McLemore, Nik Stauskas e Derrick Williams e com a experiência de Carl Landry, Jason Thompson, Reggie Evans e Omri Casspi.

A figura: DeMarcus Cousins

Cousins é indiscutivelmente a grande figura da equipa mas a sua falta de maturidade tem-no impedido de atingir o nível que o seu potencial antecipava. Felizmente para si e para os Kings, Cousins integrou a selecção norte-americana que se sagrou campeã do mundo em Espanha e essa experiência poderá ajudá-lo a explodir no bom sentido enquanto jogador de elite. Na época passada obteve números impressionantes (22.7 PPJ e 11.7 RPJ) e a manter esse nível deverá atingir o estatuto de All-Star já este ano. Mas independentemente das estatísticas, aquilo que lhe falta verdadeiramente é maturidade e capacidade de liderança para conduzir a sua equipa às vitórias.

O treinador: Michael Malone

Filho de peixe sabe nadar. Pelo menos é o que esperam os responsáveis dos Kings de Michael Malone. Michael é filho de Brendan Malone, actual treinador-adjunto de Stan Van Gandy nos Detroit Pistons, clube onde se distinguiu enquanto adjunto de Chuck Daly e especialista defensivo dos então Bad Boys. Michael Malone pertence à nova geração de jovens treinadores que assumiram a posição de técnico principal nos últimos anos. Com mais de uma década de experiência na NBA enquanto adjunto, Malone parte para esta segunda temporada enquanto treinador principal com a difícil tarefa de meter este grupo de talentosos atletas a funcionar como uma equipa.

Cinco incial

Daren Collison
Ben McLemore
Rudy Gay
Derrick Williams
DeMarcus Cousins

O joker: Ben McLemore

Um dos mais promissores rookies da temporada transacta, McLemore teve um primeiro ano algo complicado, em virtude da própria conjuntura em torno da equipa. As suas capacidades físicas e o potencial ofensivo foram aparecendo a espaços, alternando com períodos de inconsistência, perfeitamente naturais a um rookie perdido numa equipa sem liderança. Ultrapassado o ano de estreia na liga, é de esperar uma evolução significativa e uma maior consistência tanto defensiva como ofensiva, até porque com a saída de Isiah Thomas, McLemore terá de assumir um papel ainda mais relevante no jogo exterior do conjunto.