Ritmo elevado, muita energia e grande velocidade são as imagens de marca dos Denver Nuggets, uma das equipas mais excitantes da competição.

Com vários dos seus principais elementos fustigados pelas lesões na época passada, os Nuggets esperam manter-se saudáveis este ano para poderem regressar aos lugares de acesso aos playoffs. A estrutura base da temporada transacta mantem-se praticamente intacta, já que apenas o suplente Evan Fournier abandonou Denver. Nada de preocupante para a rotação do conjunto sobretudo porque para o seu lugar, entraram Arron Afflalo e Alonzo Gee, que até deverão dar mais consistência à equipa. Mas o principal reforço dos Nuggets é o italiano Danilo Gallnari que após ter falhado toda a temporada 2013-14 espera recuperar o tempo perdido e voltar à forma evidenciada no ano anterior. Ty Lawson e Kenneth Faried são o coração e a alma deste grupo, que apesar de não contar com qualquer superestrela é composto por vários atletas de grande valia individual e com potencial para derrotar qualquer adversário, principalmente nos jogos disputados em casa e onde a elevada altitude também desempenha o seu papel. A profundidade do plantel é talvez a maior mais-valia desta equipa que além dos já mencionados Lawson, Faried, Gallinari, Afflalo e Gee conta também com as contribuições de Nate Robinson, Randy Foye, Wilson Chandler, J.J. Hickson, Timofey Mozgov e JaVale McGee.

A figura: Kenneth Faried

Se Ty Lawson é o motor da equipa e o elemento que impõe os ritmos de jogo, Kenneth Faried é claramente a alma do conjunto. A sua capacidade física e a intensidade que coloca em campo em cada jogada torna-o num verdadeiro quebra-cabeças para qualquer adversário, que sempre que o enfrenta sabe que terá de deixar tudo em campo para não ser esmagado pelo “Manimal”. As suas exibições tanto ao serviço dos Nuggets, como da selecção norte-americana que se sagrou campeã do mundo este verão, deram-lhe não só um novo estatuto dentro da liga, como um novo contrato no valor de 50 milhões de dólares para as próximas quatro épocas.

O treinador: Brian Shaw

Após 14 temporadas na NBA enquanto atleta e com três títulos conquistados ao serviço dos Lakers, Shaw fez a transição para o banco e tornou-se adjunto de Phil Jackson. Ao longo das seis temporadas na sombra de Jackson, Shaw bebeu dos conhecimentos do treinador com mais títulos conquistados na história da liga e quando este anunciou a sua retirada em 2011 perfilava-se como um dos mais sérios candidatos a suceder-lhe no cargo de treinador principal. Shaw acabou por não ser escolhido, mas nem por isso ficou sem trabalho, já que logo de seguida assumiu o cargo de treinador-associado dos Indiana Pacers. Dois anos volvidos, chegou finalmente a oportunidade de comandar uma equipa, os Nuggets. A primeira temporada não correu de feição, em parte devido às múltiplas lesões que assolaram a sua equipa, mas este ano e com um plantel mais vasto à sua disposição, poderá fazer muito melhor.

Cinco inicial

Ty Lawson
Arron Afflalo
Danilo Gallinari
Kenneth Faried
Javale McGee

O joker: Danilo Gallinari

Uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em Abril de 2013 levou a que o jovem italiano, na altura com apenas 24 anos, perdesse o remanescente dessa temporada e toda a época seguinte. Foi um duro golpe para as aspirações dos Nuggets, que perderam aquele que era na altura um dos seus melhores marcadores (16.2 PPJ). Hoje, aos 26, Gallinari é ainda um jovem e caso consiga recuperar totalmente a sua condição física poderá voltar a ganhar o protagonismo que perdeu devido a esta paragem forçada. Marcador de pontos por natureza e lançador de excelência, Gallinari sabia também utilizar o corpo e era capaz de explodir para o cesto quando poucos esperavam que o fizesse. A ver vamos o que conseguirá fazer após a recuperação desta devastadora lesão.