O discurso e a prática
 
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O discurso e a prática

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San Payo AraújoAlbufeira, cidade que respira basquetebol, foi palco de 10 dias de intensa actividade. Começou no clinic internacional de minibásquete, onde contámos com as brilhantes intervenções

dos nossos vizinhos José Maria Silva e do António Carrillo, prolongou-se pelo excelente torneio de minibásquete organizado pelo Imortal, pelas actividades para os minis do Imortal e do Clube Basquete de Albufeira e terminou com o prato forte, que foi a Festa do Basquetebol. No meio disto tudo, ainda houve tempo para a tomada de posse da nova equipa do Comité Nacional de Minibásquete, formação para árbitros, clinic para treinadores com as intervenções do José Ricardo, António Paulo, palavras de grande significado do Prof. Hermínio Barreto e para a Assembleia Geral da Federação. Foram sem dúvida dez intensos dias de basquetebol.

Sobre o Clinic Internacional e o que nos transmitiram os amigos José Silva e António Carrillo falarei num dos meus próximos artigos. Hoje vou-me centrar no que é o meu universo, vou falar sobre o Torneio de Minibásquete. Este revela ano após ano cada vez maior qualidade, pelo que está de parabéns o Imortal. Contudo, como no melhor pano, também cai a nódoa, no penúltimo dia houve comportamentos, que apenas servem para desprestigiar a modalidade.

Na sequência de um estudo sobre o jogo, que o Mário Batista e eu realizámos durante o torneio, tivemos na véspera das finais do torneio de minibásquete, uma reunião com os treinadores das equipas presentes. Nessa reunião, antes de relatarmos uma síntese da nossa observação foi perguntado aos treinadores das equipas presentes o que era mais importante no MB? Concordei com todas as respostas dos treinadores presentes. Basicamente o que eles disseram foi, que o mais importante era formar jogadores e cidadãos, que as crianças se fidelizassem à modalidade e que para isso era importante que se divertissem, que fizessem amizades e que aprendessem de forma a evoluir como praticantes. Todas as respostas foram em torno destes conceitos e valores, ninguém mencionou que o mais importante era ganhar. A palavra vitória esteve ausente do discurso de todos, no entanto quando chegaram aos jogos o seu comportamento mudou nalguns casos radicalmente e a atenção ficou focada apenas nos árbitros e no resultado do jogo. Para quem diz ter preocupações com a educação e cidadania a focalização na actuação dos árbitros, revelando para jovens que também estão num processo de aprendizagem uma falta de “fair-play” total e comportamentos a raiar a falta de educação é no mínimo estranho. Para quem diz, relativamente aos jogadores estar preocupado com a sua evolução e formação, e apresenta soluções centradas no resultado, sem um mínimo de preocupação da aprendizagem dos jogadores, é no mínimo curioso. Como diria o amigo José Maria Silva estão mais preocupados em adestrar crianças, do que desenvolver a sua inteligência e capacidade de decisão.

Sei que fazer coincidir o pensamento, ao discurso e à prática não é tarefa fácil, mas quando do desfasamento é enorme no mínimo deve-nos levar a reflectir.

 

Comentários 

 
+1 #2 José Almeida 29-06-2015 16:20
De facto, este artigo do Cmdt San Payo Araújo "pôe o dedo na ferida" como alguém, algures, já disse.
Esta forma de estar da parte dos treinadores, principalmente no minibasquete, não apenas influencia o modo como estas crianças, futuros atletas, encararão a competição como está a passar uma mensagem aos pais que pode (certamente o faz) contribuir decisivamente para futuros comportamentos muito pouco dignos e de que nós, treinadores, tanto nos queixamos.
Concordo inteiramente com o comentário do Pedro Lemos.
Se calhar devíamos começar a "chamar os bois pelos nomes" como diz o provérbio. Não será esse o papel do Cmdt San Payo Araújo nestes artigos devido às duas funções no cenário nacional do minibasquete mas talvez seja o papel de todos nós, treinadores, quando falarmos publicamente destas situações.
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+4 #1 Pedro Lemos 08-04-2015 14:59
A esses treinadores deveria ser equacionada a progressão na carreira... porque depois eles até se vão servir desses resultados nos seus currículos como prova de que são "bons" treinadores...
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