A quem compete ensinar o jogo?
 
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A quem compete ensinar o jogo?

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San Payo AraújoAfinal ainda não é desta que termino este ciclo de artigos sobre resultados desnivelados. Atento aos pertinentes e oportunos comentários no PB de Pedro Martins

não resisti a tecer algumas considerações sobre o seu último comentário no artigo “Felizmente há bons exemplos”- de 12 de Janeiro de 2016 e que me levou a escrever este artigo, que passo a transcrever.

Há uns 3 anos, um jogo de mini10 do Guifões. A diferença era tanta que a treinadora do Guifões ordenou para defenderem com as mãos atrás das costas e atacarem sem drible. Pois o que aconteceu foi que a outra equipa, pais sobretudo, interpretaram essa atitude como humilhante para os seus jogadores. Desagradável. Depois disso, sempre que acontecia algo do género, defendiam passivamente não levantando os braços nem tentando interceptar a bola.

Não passa da minha opinião, mas pessoalmente não me agradam as soluções de passividade, nos jogos desnivelados. O jogo deve ser sempre dinâmico, haver empenho e tentativa de superação, essa é a para mim a melhor forma de aprendizagem. Atitudes de passividade são para mim mais desrespeitosas e acima de tudo levam a que ninguém aprenda muito com o jogo. Sinceramente, eu prefiro criar situações de condicionamentos, que aumentem as dificuldades às equipas mais fortes e possibilitem que a equipa mais fraca jogue, para que ambas as equipas estejam a aprender coisas do jogo.

Compreendo que muitas situações na vida dependem da forma como se comunica e atua, para clarificar estas opções de manipular/condicionar o jogo para que este permita a aprendizagem, quer da equipa que sabemos que vai sair vencedora, quer da equipa vencida sei que há situações que poderão ser mal compreendidas, no entanto se estas forem explicadas penso que terão aceitação.

Uma sugestão que poderá ajudar a obviar algum desconforto, e como Pedro Martins referiu principalmente de alguns pais, é estas medidas, serem tomadas de acordo entre ambos os treinadores e não por opção unilateral de apenas um treinador, sem uma prévia informação ao treinador da equipa adversária.

Penso que o acordo entre ambos os treinadores poderá acalmar os pais, pois nunca os treinadores poderão deixar, que o processo do ensino do jogo esteja dependente do incómodo de alguns pais. O processo do ensino do jogo é e será sempre uma competência dos treinadores. Os pais que não estejam satisfeitos da forma como o treinador do seu filho/a ensina o jogo terão sempre a solução do encaminhamento do seu filho/a para outro clube ou outro treinador.

Não me parece que a situação por mim relatada no meu artigo “Jogos desequilibrados - uma sugestão” de 15 de Dezembro de 2015 o jogo entre o Guifões e o CD Torres Novas, fosse de alguma forma humilhante para as crianças do Guifões. Aquilo que senti enquanto arbitrava o jogo é que as crianças de ambas as partes se estavam a divertir e mais importante ainda a aprender. As crianças do Guifões num esforço enorme para conseguirem marcar um cesto debaixo da pressão do tempo e as crianças do Torres Novas debaixo da pressão de recuperarem a bola o mais rápido possível, depois de um compasso de espera, para após recuperação da bola poderem fazer contra-ataque. Apesar de completamente condicionado o jogo teve uma grande dinâmica. Se explicadas as situações às crianças, estas não tem problema nenhum em aceitar as sugestões dos seus treinadores, como costumo dizer na formação desportiva dos jovens o problema nunca são as crianças são sempre alguns adultos, sejam pais, treinadores ou dirigentes.

Com tudo isto, e como poderão ler nos meus artigos já publicados, sobre a importância dos pais de dos quais passo a citar apenas alguns, “Os pais e as mães são a floresta” -24 de Fevereiro de 2009, “Atestado de menoridade”  - 31 de Dezembro de 2013 e “Horários escolares” -  de 15 de Abril de 2014; considero que os pais são uns verdadeiros heróis e volto a escrever “Temos de compreender que sem pais não há minibásquete, e os pais que proporcionam uma atividade desportiva aos seus filhos são uns verdadeiros heróis. Muitos têm que sair dos seus trabalhos para irem buscar os filhos à escola levarem-nos para os treinos num enorme dispêndio de tempo e energia. Se a este esforço associarmos o transporte aos fins-de-semana para os jogos e o facto de praticamente todos os praticantes de minis pagarem uma mensalidade, que ajuda a sustentar a existência dos clubes e do basquetebol, só podemos estar gratos aos pais."

Contudo essa gratidão, que os pais merecem, não lhes confere o direito de ensinarem o jogo. Podem e devem, não no dia dos jogos, pedirem explicações às opções tomadas, mas e repito a competência de ensinar o jogo é e será sempre do treinador.

 

Comentários 

 
+2 #1 Pedro Martins 19-01-2016 12:03
Obrigado pela referência. Não sei sequer se os meus comentários são pertinentes e oportunos, são simplesmente comentários de uma pessoa que praticou desporto e que não tem qualquer experiência, a não ser de seccionista, no minibasquete. E falo do que observo, muitas vezes perplexo com atitudes. que nem nos seniores são admissíveis.
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