De onde vem a paixão?
 
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De onde vem a paixão?

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Nuno TavaresA relevância da prática informal na cultura desportiva de um país é fundamental, até porque a paixão do jogo vem do jogo de rua e não do jogo de pavilhão. O basquetebol é um jogo que,

embora tenha sido criado para se jogar em pavilhão, conquistou milhões de praticantes, na rua, pelo mundo todo, especialmente por ser fácil de recriar.

Este jogo de rua, denominado como prática informal da modalidade, é responsável por criar uma paixão no praticante, pois ao contrário do jogo federado, no jogo de rua os jogadores têm a sua própria liberdade, sendo que esta não é condicionada por alguns fatores como o treinador, o árbitro, a rotação do banco, entre outros.

Nos países onde trabalhei, com exceção de Portugal, os equipamentos desportivos ao serviço da população são de excelência, especialmente nas grandes cidades.

Madrid foi uma das cidades que mais me surpreendeu, sendo uma grande capital com pouco mais de 3 milhões de habitantes, tem uma oferta desportiva inserida nos diversos parques da cidade, entre campos de basquetebol, vólei, futebol de cinco e de onze, zonas de corrida, entre outros.

É normal, ao fim do dia, ver-se muitas pessoas, das mais diversas idades, a praticar os diferentes desportos que têm ao seu dispor.

Nos Estados Unidos, país de excelência do basquetebol de rua, era normal encontrar grandes infraestruturas desportivas ao ar livre, tanto na modalidade de basquetebol como noutros desportos. Lá, campeonatos de basquetebol de rua são habituais, e as grandes marcas desportivas investem muito neste tipo de competições, um pouco à semelhança do que a FIBA está neste momento a fazer com a organização das etapas mundiais do circuito de streetbasket.

Por fim em Itália, onde vou para a minha segunda época consecutiva, existe uma prática comum que passa por se construir um campo de basquetebol de rua ao lado do pavilhão da cidade, aberto ao público, de modo a que, todos possam praticar, fazendo com que aos fins de semana os campos de rua se encontrem sempre com muitos atletas.

Em Portugal, embora existam melhoras, as grandes cidades foram mal construídas e continuam sem ter muita oferta desportiva gratuita. A pouca que existe, por falta de alguma cultura desportiva e/ou cidadania, por vezes encontra-se degradada por culpa de quem usa ou por culpa de quem gere.

A falta de investimento em melhores equipamentos desportivos na modalidade de basquetebol, faz com que a nossa modalidade perca um pouco de populismo e cultura desportiva. As grandes marcas também acabaram por se afastar do investimento do basquetebol jogado ao ar livre. Eu ainda sou do tempo do 3x3 da Sumol ou da Adidas, que percorria o país todo, e colocava milhares de jovens a praticar a modalidade (que em nada se compara com o atual Compal Air).

As instituições que gerem o nosso basquetebol deveriam apostar em diversificar mais, dentro da modalidade, a prática da mesma, fazendo uma aposta forte no basquetebol jogado de uma forma informal na escolas primárias, um pouco à semelhança do que se faz em Itália, de modo a que as crianças do 1º ciclo possam conhecer a modalidade desde muito cedo e, mais tarde, fidelizar-se.

Apostar na fidelização de jovens à modalidade, através da prática informal é uma aposta ganha em todos os sentidos, que necessita de pouco investimento, mas muita organização. As instituições, não só escolares, são excelentes polos de recrutamento de jovens praticantes, e nestas instituições posso incluir as juntas de freguesia.

Por experiência própria, trabalhando num dos projetos MVP, as juntas de freguesia das grandes cidades têm muita oferta a dar, visto que muitas delas gerem os parques escolares que estão inseridos logo têm acesso privilegiado.

Olhando para a cidade de Lisboa, e após um estudo que foi feito pelo Campos MVP, os clubes da cidade estendem-se pela periferia da mesma, sendo que mais de 6 freguesias não possuem qualquer equipa de basquetebol mas, no entanto, têm várias escolas de 1º e 2º ciclo. Será aqui que se deve, então, começar a incutir a prática informal da modalidade (nestas freguesias que não possuem equipas).

O basquetebol é uma modalidade muito popular entre as pessoas, no entanto cada vez mais tende em ser esquecida se não for constantemente recordada.

Nuno Tavares
+351 968 341 414
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