O que o Alex quer saber é se é positivo ou negativo o facto de apenas 4 jogadores nos masculinos e 7 jogadoras nos femininos terem permanecido na selecção nacional entre as selecções de Sub-16 de 2015 e as selecções de Sub-20 de 2019. Não é por acaso que o título do artigo se chama “Motivo de reflexão”. Não sei se é bom ou mau, porque o que me parece é haver uma ausência de metodologia, para avaliar se é bom ou mau. Salvo melhor opinião só com objectivos e uma metodologia bem definida é que poderemos fazer essa avaliação.
A este nível do conhecimento que tenho, das reuniões do Fiba-Europa em que estive presente a federação espanhola está francamente muito à frente de todas as outras federações europeias. A federação espanhola tem todo este processo, passo a passo, muito bem estruturado, o que lhes permite ao longo dos tempos fazer a avaliação dos resultados de todo o processo.
Contudo voltemos à nossa realidade. Na abordagem que fiz na semana passada, por uma questão de justiça, há outro factor a considerar, é que as selecções de formação, envolvem dois anos de nascimento e como tal, também teremos de ver quem foram os jogadores, que estiveram presentes na selecção de Sub-16 no ano de 2016, e que este ano fizeram parte da selecção de Sub-20. Neste caso chegamos a mais três jogadores o Gustavo Teixeira, Miguel Correia e o Lamine Banorá. Por outras palavras na selecção nacional de Sub-20 deste ano estavam 7 jogadores, que fizeram parte das nossas selecções de Sub-16.
Para melhor compreensão e avaliação de todo este processo dei-me ao trabalho, de fazer o levantamento das nossas selecções, para poder verificar quando surgiram nas selecções os jogadores presentes no último europeu de Sub-20. O quadro em baixo permite-nos entre outras fazer as seguintes observações:
- Quantos foram os jogadores que jogaram na selecção de Sub-16 e nunca mais aparecem nas selecções subsequentes?
- Quantos foram os jogadores que jogaram na selecção de Sub-16, jogaram na de Sub-18, mas já não jogaram na selecção de Sub-20.
- Quantos foram os jogadores que jogaram na selecção de Sub-16 e posteriormente jogaram nas selecções de Sub-18 e Sub-20.
Mas também poderemos fazer a leitura inversa.
- Quantos jogadores surgiram na selecção de Sub-18 e continuaram na selecção de Sub-20
- Quantos jogadores apenas surgiram na selecção de Sub-20 tendo estado ausentes nas selecções de Sub-16 e Sub-18?
Para a semana que vem vou levantar mais questões, que nos devem levar a reflectir e apresentar o quadro evolutivo das selecções femininas no mesmo período temporal.
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Sub 16 |
Sub 18 |
Sub 20 |
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Nomes |
2014 |
2015 |
2016 |
2016 |
2017 |
2018 |
2018 |
2019 |
2020 |
Vladislav Voytso |
x |
x |
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x |
x |
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x |
x |
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David Dias |
x |
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Tiago Tavares |
x |
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x |
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Pedro Costa |
x |
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x |
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x |
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Gonçalo Madureira |
x |
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x |
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x |
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Daniel Dias |
x |
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Airton Fernandes |
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Miguel Pinto |
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Diogo Carvalho |
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x |
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Rodrigo Lima |
x |
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Tomás Domingos |
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x |
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Pedro Teixeira |
x |
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Diogo Oliveira |
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Paulo Caldeira |
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x |
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x |
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Pedro Lança |
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x |
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x |
x |
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João Guerreiro |
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x |
x |
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a) |
João Pinto |
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x |
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João Marçal |
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x |
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Francisco Amarante |
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x |
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x |
x |
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x |
a) |
Alexandre Fatuda |
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x |
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Henrique Barros |
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x |
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Miguel Moriés |
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Joaquim Oliveira |
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Gustavo Teixeira |
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x |
a) |
Miguel Correia |
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a) |
Diogo Peixe |
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Miguel Reis |
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Vicente Jardim |
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Ricardo Neves |
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Pedro Oliveira |
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Lamine Banora |
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x |
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x |
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Rodrigo Soares |
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x |
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Ruben Nobre |
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x |
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Vasco Catarro |
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x |
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Pedro Dias |
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x |
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Gonçalo Delgado |
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x |
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x |
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Ricardo Dias |
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x |
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Nemias Queta |
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x |
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x |
x |
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Josimar Cassamá |
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x |
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x |
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Lamine Banora |
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x |
x |
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a) |
Henrique Alves |
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x |
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Hugo Ferreira |
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x |
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Jorge Embaló |
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x |
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x |
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Bruno Araújo |
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x |
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Rafael Lisboa |
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x |
x |
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Alexandre CruZ |
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João Malheiro |
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x |
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João Neves |
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x |
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Rui Palhares |
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x |
a) |
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12 |
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12 |
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Comentários
Não percebi muito bem!
É preciso que os pais, treinadores, clubes, associações, e federação percebam que um jogador deve representar a seleção (mesmo sendo uma seleção de segunda linha deveria ser um dos pontos altos da carreira de qualquer atelleta) pelo seu mérito desportivo, dedicação, esforço e atitude e não por outro factor qualquer.
Pela minha experiência como pai de um atleta, acho que o trabalho realizado no minibasket é de muito bom nível mas depois algo se perde quando sobem de escalão... Talvez seja o início da competição a sério que transforma as pessoas!
Não querendo entrar num diálogo exagerado, dois pontos retenho do seu novo artigo: 1. que não existe uma avaliação do que corre bem e menos bem, o que é bastante mau, passa a ser o chamado "deixa andar" e que 2. em Espanha tudo é diferente para melhor. Pena estarmos tão perto e não aproveitamos esse factor tornando a de Espanha também a nossa realidade. Imaginando que a relação entre as federações é boa, porque não tentar uma parceria de forma a aprendermos como as coisas são feitas no país campeão do mundo?
Sem saber, antevejo que esse trabalho em Espanha seja feito através das associações das diversas províncias. Cá também poderíamos aproveitar as associações distritais.
Pela minha experiência como pai de um atleta, acho que o trabalho realizado no minibasket é de muito bom nível mas depois algo se perde quando sobem de escalão... Talvez seja o início da competição a sério que transforma as pessoas!
Seria interessante nessa sua tabela acrescentar uma coluna com o clube do jogador para se perceber o equilíbrio, ou não, entre associações e os próprios clubes.
Não querendo entrar num diálogo exagerado, dois pontos retenho do seu novo artigo: 1. que não existe uma avaliação do que corre bem e menos bem, o que é bastante mau, passa a ser o chamado "deixa andar" e que 2. em Espanha tudo é diferente para melhor. Pena estarmos tão perto e não aproveitamos esse factor tornando a de Espanha também a nossa realidade. Imaginando que a relação entre as federações é boa, porque não tentar uma parceria de forma a aprendermos como as coisas são feitas no país campeão do mundo?