Promover a autonomia da criança
 
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Promover a autonomia da criança

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Promover a autonomia da criançaNo artigo anterior abordei o tema sobre, se os pais devem ou não assistir aos treinos. Dado o enorme interesse que o artigo suscitou, hoje quero ilustrar as minhas ideias e convicções com situações por mim vividas.

Enquanto coordenador e treinador de minibásquete, percebi que tinha uma criança Mini-10, que não conseguia estar no treino sem estar a olhar com enorme frequência para o pai que estava na bancada. Por rapidamente ter identificado a situação, no início do treino, quando dava as primeiras informações sentava os minis de costas para os pais. Contudo essa estratégia não resultava pois a criança em causa, para não dar muito nas vistas, tinha o cuidado de se sentar nas filas mais detrás e de volta e meia torcia-se todo para ver o pai. Por mais que eu dissesse olha para mim, sou eu que estou a falar, a criança acabava por se voltar para a bancada à procura do pai.

Nos treinos, temos que ser como dizia o John Wooden “sargento e avô”. Nos treinos de minis, mais avô do que sargento, mas contudo nunca deixar de ser sargento quando necessário. A criança em causa era por natureza ou por educação, um pouco conflituosa, de forma que às vezes tive que a castigar e logo vinha o olhar para o pai. Nestes casos, até para a criança perceber claramente, que ninguém lhe quer mal, tenho sempre a preocupação de também elogiar, quando vejo uma boa acção quer técnica, quer comportamental. Contudo associado ao elogio logo vinha o olhar para a bancada.

Compreendendo que dificilmente conseguiria, que a criança não dividisse a sua atenção, um certo dia tive o cuidado de falar com o pai e de uma forma educada explicar-lhe porque é que eu achava melhor que não assistisse aos treinos do filho. O senhor disse-me que concordava comigo, só que o que passou a fazer, foi deixar o filho e depois ir para a porta do pavilhão espreitar o treino. É evidente que o filho logo percebeu que o pai estava a espreitar e começou a olhar para a porta para ver se o pai estava a espreitar. Pior emenda que o soneto.

Esta estória acabou do seguinte modo, no ano a seguir já não era eu que estava a treinar directamente esta criança. Ainda antes do Natal já tinha desistido de treinar. Ainda abri ao pai a possibilidade de ele continuar a treinar comigo, mas como o pai considerou que era uma “despromoção” treinar equipa “b”, que era a que eu estava a acompanhar, não quis que o seu filho continuasse no minibásquete.

Curiosamente ou não, para quem já anda há tantos anos nestas andanças, anos mais tarde muitos da dita equipa “b”, por uma razão ou por outra, foram mais longe, que muitos da equipa “a”. Não promover gradualmente a autonomia duma criança é não a deixar crescer.

 

 


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