O minibásquete existe para servir as crianças, não existe para os adultos e certamente, que as crianças não existem para servirem o minibásquete. Nasce nesta ideia, uma das máximas orientadoras de todo o meu pensamento e accão.
No minibásquete o mais importante são as crianças, todas as crianças. Gosto muito da minha modalidade, considero-a quando bem conduzida, duma enorme riqueza, e acredito que para o basquetebol nacional, a principal função do minibásquete, é ter a capacidade de atrair, captar e fidelizar muitas crianças, bem mais importante que encontrar, por cópia dos modelos dos adultos “campeãozinhos”. Com a utilização da expressão “campeãozinhos”, lá vem outro dos mitos: - Lá está ele contra a competição. Contudo este artigo não visa desmistificar essa ideia pré concebida.
Por alguma razão, praticamente todas as federações europeias e também de outros continentes, tem regulamentos técnico-pedagógicos. Com regulamentos diferentes, desde as federações com maior poderio, até às federações menos fortes no universo do basquetebol, a grande maioria acaba por elaborar regulamentos técnico-pedagógicos. Contudo apesar desta quase unanimidade, há sempre quem ponha em causa a existência destes regulamentos. Resta saber, quais as verdadeiras e íntimas razões, pelas quais o fazem. Quantas vezes, conforme os seus interesses, e não os princípios, já vi e ouvi as mesmas pessoas, conforme as circunstâncias defenderem ou atacarem os regulamentos técnico-pedagógicos.
Como diz a curiosa expressão italiana: “Non è vero, ma bene trovato”. Quantas vezes na nossa vida, não nos apercebemos, que os argumentos evocados até podem ter alguma razão de ser, mas não são os verdadeiros?
Para finalizar, e respondendo à pergunta do meu artigo anterior, é minha profunda convicção, que os regulamentos técnico-pedagógicos são elaborados por causa dos comportamentos dos adultos e não por causa dos comportamentos das crianças. As razões da sua existência ficam para a semana que vem.