Este artigo vem com uma semana de atraso, mas como diz a sabedoria popular, mais vale tarde do que nunca. Vem com uma semana de atraso porque ficaria bem melhor ter sido publicado no Dia da Mulher. O basquetebol é feito para os jogadores e pelos jogadores.
Contudo, o basquetebol não vive apenas dos praticantes, quando a modalidade se organiza muitos elementos tornam-se imprescindíveis, treinadores, árbitros, dirigentes, psicólogos, preparadores físicos, fisioterapeutas, jornalistas, espectadores, amantes da modalidade, etc…
Contudo assim como num espetáculo musical é decisivo ter bons músicos e cantores, mas a qualidade da sua atuação depende entre outros dos técnicos de som, o bom funcionamento a organização da modalidade necessita duma retaguarda administrativa da qual raramente falamos. O meu grande conhecimento da retaguarda do basquetebol permite-me dizer que em Portugal esse trabalho fundamental, mas invisível ao grande público, é maioritariamente assegurado por elementos femininos.
Quer na Federação, quer nas Associações e assim e apenas de cabeça, estou a falar entre outras de Santarém, Lisboa, Aveiro, Alentejo, Viseu, São Miguel, Faial e Pico essa retaguarda é assegurada por mulheres.
Nos meus últimos três anos ligado, através da Associação de Basquetebol da Madeira, ao basquetebol institucional, tive o privilégio de poder contar com o apoio da Sara Silva. A Sara é o rosto da retaguarda do basquetebol madeirense. A sua competência, a sua dedicação, inteligência, delicadeza e educação a falar com todos os que diariamente a abordam a pedir esclarecimentos ou para resolver situações administrativas é inexcedível. Assim sendo, quero publicamente agradecer à Sara o facto de ter tornado a minha vida na Madeira ainda mais agradável, e através do seu exemplo, elogiar todas as mulheres que na retaguarda, longe das luzes da ribalta, tudo fazem pelo bom funcionamento da modalidade.
P.S. Para a semana que vem retomo o tema da construção dos exercícios.