Investir no minibásquete
 
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Investir no minibásquete

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Andrés Rodríguez-PoseNão sou geógrafo, mas desde criança que sempre gostei muito de geografia. Com a curiosidade natural dum jovem perguntei ao meu pai, porque é que distritos como Viana do Castelo, Bragança, Guarda, Vila Real e Beja nunca tinha tido um clube de futebol na primeira divisão.

Desde essa pergunta, feita há mais de meio século, até aos nossos dias a única alteração que houve foi do distrito de Vila Real, quando o Desportivo de Chaves subiu pela primeira vez à primeira divisão. Nos outros distritos esta realidade continua a ser um facto. A resposta do meu pai foi simples e de uma enorme evidência: a economia. É muito forte a correlação entre a economia de uma região e a existência de clubes de futebol na divisão mais elevada.

Para ilustrar o que me disse, deu-me os seguintes exemplos, o maior fulgor do Sporting da Covilhã, correspondeu ao período em que as fábricas de lanifícios estavam no auge da sua produção, os anos de ouro do Elvas foi numa fase em que o contrabando fazia circular muito dinheiro, o desaparecimento da primeira divisão dos clubes da península de Setúbal, como o Barreirense, a CUF e o Vitória de Setúbal corresponde à diminuição da importância industrial que esta região tinha no país. Muitos mais são os exemplos que poderia referir e alguns até bem mais recentes.

A evidência entre haver dinheiro numa região e o surgimento de clubes na divisão superior é um facto incontornável, contudo se queremos que a nossa modalidade tenha crescimento e desenvolvimento sustentável e expressão territorial nacional temos de falar abertamente sobre convergência regional e políticas de coesão. Sobre este tema e numa perspetiva muito mais abrangente chamou-me a atenção a entrevista no Jornal Público a Andrés Rodríguez-Pose, um cientista social e geógrafo económico e professor na London School of Economics.

Entre as muitas ideias que este cientista apresentou sobre os cuidados, as vantagens e os riscos uma regionalização mal conduzida, houve uma metáfora que me chamou particularmente à atenção e transcrevo: “Mas a situação em Portugal e Espanha é muito semelhante, tornaram-se líderes mundiais em infraestruturas de transporte, fundamentalmente por causa do apoio da política de coesão, mas durante muito tempo continuaram a ser dois países com o maior nível de abandono escolar no ensino secundário, em toda a Europa. Assim é muito difícil, quando se perde um terço do talento que nem acaba o secundário. É um problema sério, porque tivemos estratégias de desenvolvimento desequilibradas, com ênfase num pilar ou dois. O desenvolvimento é como uma mesa. Se só tens uma perna ou duas, é provável que não se aguente.

Como é perceptível, estratégias de desenvolvimento equilibradas, assentes em pilares decisivos, são necessárias. A metáfora de André Rodriguez-Pose fez-me pensar, em quais são verdadeiramente os pilares de desenvolvimento do basquetebol? De uma coisa eu não tenho dúvidas, um desses pilares é o minibásquete, e será que tem havido verdadeiramente investimento neste pilar?

 

 


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