Um dos temas sobre o qual tenho escrito diversos artigos aqui no Planeta Basket, para além dos temas relacionados com o minibásquete, é sobre divisão geográfica e administrativa do basquetebol. Há muito tempo que defendo que a organização geográfica e administrativa baseada no conceito distrito já há muito que não faz sentido e nalgumas situações até é inibidora do crescimento e desenvolvimento da modalidade.
Contra factos, pode haver sonhos, mas não há argumentos, nomeadamente para fazer avaliações da evolução da modalidade por regiões. Esta terá de ser feita com base na organização atual da modalidade.
Desde 2021 que tenho observado o que eu chamo o quadro de honra das Associações que conseguem ter clubes nas duas principais ligas. Este quadro e a sua evolução permite-nos uma vez mais verificar que a região do país, onde a modalidade tem maior implantação social é claramente o distrito de Aveiro. Desde o número de concelhos envolvidos, ao número de equipas nas duas ligas até ao rácio de habitantes por número de equipas, em todos estes indicadores, Aveiro apresenta dados acima de todas as outras associações.
Quando observamos a evolução do quadro de honra desde 2021 verificamos o desaparecimento da região com largas tradições na modalidade como a região de Coimbra e o regresso de Setúbal ao quadro de honra. Quando olho para estes quadros outra pergunta baila na minha cabeça. Tenho sobre este tema algumas ideias, que não vou agora aqui expor, mas a pergunta sobre a qual talvez fosse importante refletir é a seguinte: Porque é que esta maior implantação social da modalidade na região de Aveiro, não se traduz em mais títulos nos escalões de formação?
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