Há figuras e pessoas do basquetebol regional, que ultrapassam fronteiras e são conhecidas, e acima de tudo reconhecidas, no universo do basquetebol nacional no país inteiro.
Atrevo-me a dizer que o amigo António Sena é uma dessas figuras marcantes do basquetebol nacional. Quando resolvi escrever este elogio ao meu amigo Sena, ainda pensei pedir-lhe os dados mais significativos do seu curriculum desportivo para enriquecer e ilustrar o meu texto. Acabei por não o fazer, porque muito para além dos seus êxitos e méritos desportivos, resolvi centrar-me nas suas extraordinárias qualidades humanas. A minha admiração e amizade com o Sena não nasce dos títulos, nasceu e cresceu das suas enormes qualidades humanas.
O Sena não é o Sena. O Sena é a família Sena, uma família exemplar, unida e com uma ligação umbilical ao basquetebol. O Sena não é o Sena, o Sena é a Odete, a filha Cláudia, os netos Gustavo e Laura e o genro Paulo. É uma família que respira basquetebol por todos os poros.
Quantos treinadores do país, depois de terem uma longa carreira como diretores técnicos de uma associação, no caso a Associação de Basquetebol de Castelo Branco, continuam com a disponibilidade de envolver toda a família para ajudar e colaborar nas grandes iniciativas da formação desportiva, como as Festas do Basquetebol e a Festa do Minibásquete? Quantos de uma forma dedicada e desinteressada dão o seu contributo bem longe das luzes da ribalta, nesses eventos?
O Sena nunca necessitou de andar nos bicos dos pés, sendo baixo ele é enorme, e sempre amigo dos seus amigos.
Há um ano em 2024, foi com emoção que eu vi pela televisão nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o Sena de boina na cabeça, sentado numa viatura militar, porque ele tinha sido, um dos que, comandado por essa figura extraordinária o capitão Salgueiro Maia tinha saído de Santarém para libertar o país.
Como é evidente não estou a comparar os feitos do Salgueiro Maia com os feitos do Sena, mas seguramente posso comparar os valores que ambos representam: Solidariedade, dedicação, entrega, amizade e acima de tudo ausência de necessidade de estar nas luzes da ribalta.
Não foi seguramente pelo facto de a família Sena estar a passar um momento delicado, (motivo pelo qual a Odete não esteve este ano em Albufeira), que me levou a escrever estas palavras para o amigo Sena. O que me levou a elogiar o amigo Sena é que uma vez mais, tanto quanto sei desde a primeira edição, o Sena esteve novamente a dar o seu melhor nas Festas do Basquetebol Juvenil. Poder dizer que o Sena é meu amigo é um privilégio. Obrigado, Sena por tudo o que tens dado à modalidade que nos uniu. O Sena não é o Sena é um ser de enorme dimensão humana.