Com a idade devo estar a ficar nostálgico e agora que estou há quase dois meses fora do país, primeiro no Brasil e depois na Argentina, cada vez mais tenho a certeza que o melhor que o basquetebol me deu foi conhecer pessoas excepcionais e fazer amigos.
Quando trabalhei para a Federação fiquei a conhecer melhor o Prof. Eliseu Beja. A nossa proximidade nunca chegou ao ponto de sermos visita de casa, mas fez aumentar consideravelmente a consideração e admiração que já tinha pelo Eliseu.
Nunca me poderei esquecer que foi o Eliseu, explicando-me que a valsa, não era mais que um trabalho de pés e ritmo, tão necessários no basquetebol, e se disponibilizou a ensinar-me a mim e a vários membros da minha família, como se dançava a valsa, por ocasião do casamento da minha filha Rita. Já lá vão 15 anos.
Aqui em Buenos Aires era impossível não me lembrar do amigo Eliseu, era pior que ir a um jogo de basquetebol que não tivesse cestos. Assisti atuações de tango portenho, quer na rua, quer em sala de espetáculos e obrigatoriamente me lembrei do Eliseu.
Mesmo em terras da América do Sul, pelo facebook fui sabendo que o Jorge Fernandes, (parabéns Jorge pelo trabalho desenvolvido na Escola Nacional de Basquetebol, tinha sido rendido pelo companheiro João Cardoso, a quem desejo os maiores êxitos), mas logo houve pessoas a relembrar o excelente trabalho desenvolvido pelo Eliseu Beja. Como ninguém faz nada sozinho, e com a simplicidade e humildade que o caracterizam logo o Eliseu Beja mencionou em comentário o trabalho do seu antecessor o Prof. Pinto Lopes.
Quem quiser conhecer um pouco das qualidades humanas do Prof. Eliseu Beja é simples, basta consultar na sua página do facebook o post, “Conhecer Eliseu Beja, treinador, professor e formador de altíssimo nível.” Não vou aqui mencionar nomes dos muitos companheiros a amigos que tiveram o cuidado de referenciar, para além da sua competência profissional, acima de tudo as suas qualidades éticas.
Diz o ditado: “Homem pequenino velhaco ou dançarino”. Não é por ser um excelente dançarino de tango, que o Eliseu não tem absolutamente nada de velhaco, e tem tudo de honestidade intelectual e qualidades humanas que aprendi, com a convivência que tivemos, a admirar. Fazer verdadeiros amigos e conhecer pessoalmente seres humanos como o Eliseu foi o melhor que o basquetebol me deu.